Citi inicia cobertura de Braskem e Ultrapar diante de cenário positivo para o setor

Ciclo de alta nos spreads está para acontecer e deve durar até 2013, indicam; recomendação é de manutenção dos papéis

Fernando Ladeira

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SÃO PAULO – Em uma avaliação otimista sobre o setor químico, o Citi revela que estamos a beira de um ciclo de alta nos spreads dos polímeros, em um movimento que pode durar até 2013, já que não há adições de capacidade significantes projetada até então, escrevem em relatório Pedro Medeiros e Fernando Valle.

Neste cenário, o Citi iniciou a cobertura para os papéis da Braskem (BRKM5) e da Ultrapar (UGPA4), com preços-alvo de R$ 29 e R$ 30, respectivamente, o que indica um potencial teórico de valorização de 16% e de 12,78%, na ordem.

No entanto, a recomendação é de manutenção de ambos os papéis em carteira, enquanto a preferência é pelos da Braskem, com um valuation interessante relativo ao desempenho histórico e com uma chance de upside na hipótese de os preços do petróleo perderem força durante o final de 2011 e início de 2012. Para a Ultrapar, enquanto a perspectiva também é positiva, a ação já precifica a projeção de alto crescimento da demanda, justificam.

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Spreads
“De longe, o driver mais relevante para o setor químico brasileiro”, escrevem, é o comportamento do ciclo químico e, em particular, o do etileno. Medeiros e Valle indicam que as principais projeções são de melhora nos spreads entre o polietileno/polipropeno e a nafta e entre o glicol e o etileno, que são os principais drivers para o resultado da Braskem e para o negócio químico da Ultrapar, respectivamente.

Em adição à essa perspectiva, as margens acima da média para o etileno deve se manter sustentável para os próximos dois ou três anos, uma vez que os produtores anunciam novas adições de capacidade em linha, revelam.

Sem exageros
Os analistas defendem que as projeções não sinalizam uma visão exageradamente otimista, enquanto que os modelos preveem um spread estável no médio-prazo. Ademais, os spreads globais dos polímeros tiveram uma performance muito melhor do que o previsto no decorrer dos últimos dois anos, destacam.

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Entre os efeitos negativos para o setor, chamam a atenção para o câmbio – uma vez que as empresas são exportadoras ou pelo fato de que as margens possuem correlação com a precificação internacional.

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