Recomendações: Citi corta preço-alvo da Gol (GOLL4), BBI eleva Nubank (ROXO34) e JPMorgan mantém compra para Hypera (HYPE3)

Início da semana é marcado por recomendações que movimentam mercado

Lara Rizério

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A semana começou com diversas revisões de recomendações que movimentam o mercado.

O Citi cortou o preço-alvo para as ações da Gol (GOLL4), mantendo recomendação neutra/alto risco, enquanto o JPMorgan também cortou preço-alvo para Hypera (HYPE3), mas manteve recomendação overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra).

Já o Bradesco BBI elevou a recomendação para as ações negociadas em Nova York do NU (NU), que controla o Nubank (ROXO34).

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Confira abaixo mais detalhes das recomendações:

Gol (GOLL4)

O Citi cortou o preço-alvo para os ADRs (recibo de ações negociado na Bolsa de Nova York) da Gol de US$ 4,20 para US$ 3,30, reiterando recomendação neutra/alto risco para os papéis.

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O ajuste do preço-alvo das ações ocorre de forma a incorporar os preços mais elevados de combustíveis, rendimentos esperados de passageiros ( valor da receita de passagens por passageiro-quilômetro voado) ligeiramente maiores e crescimento mais suave da receita de carga em seu modelo.

Os analistas do banco avaliam ainda que os investidores da Gol enfrentam a complexidade adicional de tentar prever como a holding Abra poderá se financiar no longo prazo e quais são as implicações para os minoritários.

“Além dos planos da aérea de emitir bônus de subscrição, a estabilidade financeira de longo prazo da Gol poderia depender do poder de permanência operacional da Abra e de sua capacidade de emitir capital”, aponta.

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Cabe destacar que as ações da Gol vêm registrando forte queda desde que a companhia anunciou a emissão de emissão bônus de subscrição, devendo levar a uma diluição dos acionistas minoritários (veja mais clicando aqui).

Nu Holdings (NY:NU)

O Bradesco BBI elevou a recomendação para os ativos da NU Holdings, que controla o Nubank, de underperform (desempenho abaixo da média do mercado, equivalente à venda) para neutro. O preço-alvo foi atualizado de US$ 4,50 para US$ 8, ou um potencial de alta de 17% frente o fechamento da última sexta-feira.

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A revisão nas projeções foi impulsionada pela dinâmica positiva de lucros de curto prazo, o que reflete uma melhoria estrutural, segundo a equipe de análise. Isso leva o banco a incorporar premissas agressivas em seu modelo em relação ao longo prazo, à medida que reconhece a capacidade da fintech de ganhar participação de mercado e manter os custos controlados.

“As principais fontes de melhoria: alterar a remuneração dos depósitos, aumentar as taxas de juro quando necessário, concentrar esforços em cartões de crédito com prestações remuneradas e  implementar controlos rigorosos de custos”, avaliou.

A estimativa para  taxa de crescimento anual composta (CAGR) do lucro líquido para 2024-2027 é de 34% (de 31% anteriormente), enquanto o banco tem uma estimativa média de ROE, ou Retorno sobre o Patrimônio Líquido, de cerca de 30% (ante cerca de 25%), juntamente com uma projeção de crescimento de lucros de curto prazo de cerca de 70% para 2024, o que deve apoiar o valuation de 23 vezes o preço sobre lucro esperado para 2024.

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Os analistas aumentaram suas estimativas de lucro líquido para US$ 865 milhões (de US$ 661 milhões anteriormente) para 2023, US$ 1,4 bilhão (de US$ 992 milhões) para 2024, e com ROE de 15,7% e 21,7% (de 12,4% e 16,4%), respectivamente, para os próximos dois anos.

Hypera (HYPE3)

O JPMorgan cortou o preço-alvo para as ações da Hypera de R$ 60 para R$ 53, mas manteve recomendação overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra) para as ações.

Para o banco, o nível de ruído deve permanecer elevado em torno das ações da Hypera. De um lado, a ação cai 18% no acumulado do ano versus alta de 6% para o Ibovespa em meio a discussões sobre possíveis mudanças tributárias, como em relação às mudanças do ICMS e possível fim dos juros sobre capital próprio.

Do outro lado, o mercado parece ser mais desafiador do que inicialmente antecipado com 1) menor demanda por algumas de suas categorias principais (remédios para gripe, doenças respiratórias
e dor), refletindo o menor volume de casos de SARS este ano, e 2) preços de mercado mais agressivos em alguns genéricos convencionais.

“Nesse contexto, acreditamos que a projeção de faturamento para este ano de R$ 8,6 bilhões pode estar em risco, enquanto prevemos vendas líquidas de R$ 8,4 bilhões (+12% ano a ano). Ainda assim, neste ponto, continuamos a ver o Ebitda e o guidance de lucros sendo entregues este ano, já que a Hypera provavelmente racionalizará as despesas de marketing nas categorias com baixa demanda, enquanto os genéricos sob pressões significativas sobre os preços são provavelmente produtos com margens baixas”, avalia o banco.

Assim, apesar de diminuir as expectativas – reduzindo o lucro por ação em 4% em 2023 e em 6% para 2024, o que levou à redução do preço-alvo – o banco destaca que a Hypera continua sendo uma boa opção de ação, negociando a 10 vezes o preço sobre o lucro esperado para 2024.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.