CEO da Eletrobras (ELET6) diz que não há acordo, mas conversa com governo sobre conta de desenvolvimento energético (CDE)

A antecipação do pagamentos da CDE é uma das demandas do atual governo federal para declarar trégua contra a privatização da companhia

Augusto Diniz

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Falando a jornalistas após o Eletrobras Day, Wilson Ferreira Júnior, CEO da companhia, disse que nos encontros realizados com Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, o tema Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) tem sido tratado.

A antecipação do fluxo de pagamentos da CDE é uma das demandas do atual governo federal para declarar trégua contra a privatização da Eletrobras (ELET3), realizada no ano passado.

O governo quer que a empresa antecipe o pagamento da CDE que se refere à modicidade tarifária (que na prática significa a redução da tarifa de energia) no valor total de R$ 32 bilhões a ser pago ao longo de 25 anos.

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O executivo acrescentou, no entanto, que o aporte adicional dependeria das condições de crédito do mercado.

Ele citou que a obtenção de crédito no sistema financeiro estava bem restrito, mas que melhorou nesse meio de ano.

Wilson Ferreira Júnior foi taxativo, contudo, de que não há acordo sobre a antecipação da CDE com o governo federal.

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Eletrobras reduz quadro de funcionários

Entre outros temas tratados, esteve a redução drástica de pessoal. Segundo a empresa, já foi reduzido um total de 30,3% do quadro desde o primeiro trimestre do ano passado até agora.

Isso representa que o número de funcionários caiu de 12,1 mil para 8,5 mil colaboradores.

Em junho, foi lançado mais um novo programa de demissão voluntária (PDV) e a expectativa é de adesão de 1,5 mil colaboradores.

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Investimentos

A empresa destacou que o plano de capex prevê aportes de R$ 16 bilhões até o final do ano de 2027, o que inclui operações de fusão e aquisição, expansão e projetos greenfield.

A companhia afirmou ter 11 processos de fusão e aquisição de geração em andamento – representando 14,3 GW – e 4 em transmissão, envolvendo 6.338 mil quilômetros de linhas de transmissão.

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Por outro lado, a empresa espera arrecadar R$ 1,5 bilhão com a venda de coligadas. A Eletrobras reafirmou que negocia a venda da usina termelétrica a carvão de Candiota (RS) e que as negociações seguem avançando.

Por outro lado, citou a importância de concluir a usina Angra 3 para dar garantia de energia aos grandes estados consumidores do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo.

A Eletrobras informou ainda que atuação no setor de hidrogênio verde é foco da companhia, mas que serão necessários investimentos na melhoria da infraestrutura de energia no país.

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