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As ações ordinárias da C&A (CEAB3) recuaram quase 4% na sessão desta terça-feira (17), movimentação que ocorreu após a Lojas Renner (LREN3) negar que está negociando a compra da companhia. Com a negativa, os ativos CEAB3 caíram 3,69%, a R$ 2,61.
“A companhia esclarece que não procedem as informações de que a Lojas Renner estaria negociando a compra da operação brasileira da varejista de moda C&A”, afirmou companhia.
Ontem, os papéis da C&A fecharam em alta de mais de 11% – longe, porém, das máximas do dia, uma vez que os ativos chegaram a saltar mais de 28%.
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A notícia sobre o suposto M&A aconteceu no final de semana, feita pela coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo, que citou “conversas preliminares”. Ontem, porém, Paulo Correa, presidente da C&A no Brasil, já tinha dito ao jornal Valor Econômico que a informação “não procedia”.
Cabe destacar que uma possível oferta da Renner pela C&A estava no radar dos investidores e analistas de mercado desde 2021, quando a primeira companhia realizou um aumento de capital bilionário.
Na ocasião, analistas da XP haviam apontado que uma potencial combinação de Lojas Renner e C&A seria positiva estrategicamente.
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Em primeiro lugar, porque ambas atenderiam o mesmo público alvo (classes A-/B/C+), o que mitigaria o risco de execução em relação a entender um novo tipo de consumidor.
Além disso, viam duas grandes fortalezas na C&A: (i) velocidade de lançamentos de coleções e forte atuação em novas tendências, inclusive através de collabs (associação com outras marcas ou nome de personalidades para fornecer diferentes serviços ou produtos para um certo público), que complementariam o portfolio da Lojas Renner; e (ii) atuação no digital, através do marketplace Galeria C&A e do social commerce, um complemento à visão da Renner de se tornar um ecossistema de moda e lifestyle.
Já a principal lacuna em que a C&A tinha trabalhado era a melhora da sua operação logística, o que é uma fortaleza da Lojas Renner e que poderia ser rapidamente endereçada sob a gestão da companhia, afirmaram, mas destacando na época que não havia “nenhuma informação concreta para ter uma opinião melhor fundamentada”.
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A Lojas Renner, anteriormente, já defendeu porém que prefere impulsionar seu canal digital em vez de adquirir novas marcas.
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