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SÃO PAULO – Uma briga entre Rússia e Ucrânia pode comprometer o suprimento de gás europeu e estimular a disparada das cotações internacionais do combustível. É essa a percepção derivada da crise instalada neste início de 2006.
O fato é que a estatal russa Gazprom reduziu a oferta nos gasodutos que atravessam a Ucrânia. Justificativa? Roubo. Segundo os russos, seus vizinhos estão se apropriando do gás natural direcionado à Europa, pois consideram um reajuste de preços proposto como abusivo.
Do lado dos ucranianos, o argumento é outro. Antes de tudo, negam qualquer crime. E então afirmam que a idéia de aumentar em mais de 300% as cotações praticadas tem cunho político. Retaliação pelos contatos da Ucrânia com o Ocidente.
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Atrás de uma solução urgente
Entre os países diretamente atingidos pelo corte da Gazprom, potências européias. Alemanha e França planejam uma reunião de emergência ainda nesta semana, visando solução. Enquanto isso, outras nações afetadas – como Áustria, Hungria e Polônia – começam a pensar em fontes alternativas.
A preocupação diante do problema é potencializada por fatores climáticos. A demanda por gás natural – amplamente usado para aquecimento – costuma pressionar os preços durante o inverno europeu.
Problemas continentais
Sanar definitivamente a questão não é tarefa fácil. Já há algum tempo, analistas alertam para os riscos associados à dependência do continente em relação ao suprimento russo. Em complemento, vale lembrar que os gasodutos usados para transporte do GN cruzam diversos países da Europa; são muitos interesses econômicos e políticos entre a exploração e o consumidor final.
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