BRF reverte prejuízo e lucra R$ 191 mi; B3, Suzano e outros balanços, avanço para privatizar Eletrobras e mais destaques

Confira os destaques corporativos desta sexta-feira

Equipe InfoMoney

Bandeja de carne vermelha (Shutterstock)
Bandeja de carne vermelha (Shutterstock)

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No Radar InfoMoney desta sexta-feira (9) destaque para Eletrobras com o avanço da privatização e aos balanços de BRF, de B3 com lucro 9,6% menor e Suzano que reverteu prejuízo em lucro de R$ 700 milhões. Confira esses e outros destaques:

BRF (BRFS3)

A BRF registrou lucro líquido de R$ 191 milhões nas operações continuadas no segundo trimestre nas operações revertendo prejuízo de R$ 1,466 bilhão do mesmo período do ano passado. Segundo a empresa, o lucro líquido societário total ficou em R$ 325 milhões no segundo trimestre deste ano.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 1,547 bilhão, alta de 333,9% na comparação anual, incluindo um ganho líquido de R$ 328 milhões referente a ações tributárias. Sem esse ganho, o Ebitda ajustado totalizaria R$ 1,219 bilhão.

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A margem Ebitda ajustada encerrou o segundo trimestre em 18,6%, alta de 13,6 pontos porcentuais. Sem o ganho líquido das ações tributárias, a margem Ebitda ajustada é de 14,6%.

A receita líquida somou R$ 8,338 bilhões no segundo trimestre, alta de 18,0%. A empresa encerrou o segundo trimestre com uma alavancagem líquida (dívida líquida/Ebitda ajustado) de 3,74 vezes, ante 5,69 vezes de um ano antes.

A BRF informou ainda que, como resultado da implementação do seu plano de reestruturação operacional e financeira e das perspectivas futuras para o mercado de proteínas, atualiza a estimativa de alavancagem financeira líquida, representada pela razão entre a dívida líquida e o Ebitda ajustado dos últimos 12 meses, a qual deverá se situar em torno de 3,15 vezes ao final de 2019.

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Para o final de 2020, a companhia estima que este mesmo indicador será de aproximadamente 2,65 vezes. “A BRF reitera o seu compromisso com a recuperação de suas margens operacionais, bem como com a trajetória declinante de sua alavancagem financeira”, afirmou a empresa em comunicado.

Para o Itaú BBA, o resultado da BRF foi “muito positivo” e “impressionantes à primeira vista”, sendo o melhor em quatro anos. “Existem vários fatores não recorrentes que é preciso analisar de forma mais atenta, mas nosso primeiro olhar é que mesmo o Ebitda com ajuste ficou 20% acima do consenso”, destaca o analista Antonio Barreto. Segundo ele, o destaque especial são os mercados internacionais, com margem Ebitda de até 20% em alguns segmentos.

B3 (B3SA3)

Operadora da bolsa brasileira, a B3 registrou um lucro líquido atribuído aos acionistas de R$ 654,8 milhões no segundo trimestre, uma queda de 9,6% em relação ao mesmo período do ano passado.

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A queda do lucro na relação anual, de acordo com a companhia, por conta das despesas relacionadas à alta do preço da ação, com encargos sociais, trabalhistas e provisões. Além disso, a B3 destaca que no segundo trimestre do ano passado houve uma redução da base fiscal por conta de distribuição de juros sobre capital próprio, o que afeta a base comparativa.

Enquanto isso, a receita líquida cresceu 13,6% em um ano, para R$ 1,42 bilhão, resultado, segundo o presidente-executivo da B3, Gilson Finkelsztain, da alta do volume negociado na bolsa e de ofertas de ações.

Já o resultado operacional medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) recorrente cresceu 2,9%, para R$ 999,1 milhões.

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Para o Bradesco BBI, os destaques do balanço da B3 foram a performance sólida em “cash equities e futuros”; descontos para o programa do Tesouro Direto, que impactaram a receita negativamente em 3%, e o guidance de despesas, revisado para cima em R$ 30 milhões para incorporar aquisições recentes. Segundo a instituição, o volume no mercado de capitais tem sido impulsionado pelo varejo, por meio de “discount brokers”, aumentando a competição nesse segmento.

“Dessa forma, acreditamos que a oferta crescente de ‘free trade’ pode criar uma pressão por parte dos fundos na B3 para diminuírem os ‘fees’ padrão”, destaca o Bradesco BBI. “Acreditamos que esse impacto seria net positive para a companhia, mas que não consideramos esse cenário no nosso modelo atualmente”, destacou. Foi mantida a recomendação Outperform, com preço-alvo de R$ 38,00.

Burger King (BKBR3)

O Burger King reverteu seu lucro líquido de R$ 8,6 milhões do segundo trimestre de 2018 para um prejuízo de R$ 600 mil entre abril e junho deste ano. O Ebitda, por sua vez, atingiu R$ 89,8 milhões no segundo trimestre deste ano, alta de 96,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Já o Ebitda ajustado chegou a R$ 95,1 milhões, avanço de 92,2% em um ano.

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De acordo com relatório de resultados apresentado pela empresa, excluindo os efeitos na adoção da norma IFRS 16, em vez de prejuízo haveria lucro R$ 6 milhões, comparado com um lucro de R$ 9 milhões no segundo trimestre de 2018, refletindo uma maior alíquota efetiva de imposto de renda devido aos efeitos da consolidação das controladas, principalmente as adquiridas em abril de 2018 e que serão incorporadas a partir do terceiro trimestre deste ano.

No segundo trimestre deste ano, a receita operacional líquida do Burger King Brasil atingiu R$ 676 milhões, o que representa um crescimento de 25,9% em relação ao segundo trimestre de 2018.

Suzano (SUZB3)

A produtora de celulose Suzano teve lucro líquido de R$ 700 milhões no segundo trimestre, revertendo o prejuízo de mais de R$ 2 bilhões de um ano antes. Já o Ebitda ajustado ficou em R$ 3,1 bilhões no período, queda de 24% – e acima das expectativas da Bloomberg.

Além do balanço, a Suzano divulgou uma redução em sua projeção de investimento em 2019, que passou de R$ 6,4 bilhões para R$ 5,9 bilhões. De acordo com a empresa, a mudança se deu pelo “menor volume de colheita de madeira dado o menor volume de produção em 2019; e da disciplina financeira da companhia visando a gestão de sua alavancagem”.

CCR (CCRO3)

A empresa de concessões CCR encerrou o segundo trimestre com lucro líquido de R$ 347,7 milhões, alta de 25,1% sobre o mesmo período de 2018, quando os números foram afetados pela greve dos caminhoneiros.

Enquanto isso, o Ebitda ajustado ficou em R$ 1,38 bilhão no mesmo período, o que representa uma alta de 28,9% em um ano. O Ebitda ficou abaixo das expectativas da Bloomberg.

MRV Engenharia (MRVE3)

A MRV teve lucro líquido de R$ 190 milhões entre abril e junho deste ano, uma alta de 15% em um ano, em linha com as expectativas dos abalistas da Bloomberg. Já a geração de caixa medida pelo Ebitda avançou 3,8%, para R$ 257 milhões.

A construtora teve receita líquida de R$ 1,55 bilhão no segundo trimestre, uma alta de 20% sobre o mesmo período de 2018. Já a relação das despesas gerais e administrativas sobre a receita líquida recuou de 6,6% para 6,1%, enquanto as despesas comerciais caíram 3,8%, para R$ 143 milhões.

Cyrela (CYRE3)

A Cyrela reportou um lucro líquido de R$ 114 milhões no segundo trimestre, revertendo o prejuízo de R$ 28 milhões um ano antes. 

Enquanto isso, a geração de caixa ficou em R$ 196 milhões, ao passo que o número de lançamentos entre abril e junho subiu 75%, para 21. As vendas contratadas, por sua vez, subiram 81%, para R$ 1,9 bilhão.

Tecnisa (TCSA3)

A Tecnisa teve prejuízo de R$ 144,140 milhões no segundo trimestre deste ano, cifra 67,9% acima da reportada no mesmo período do ano passado.

O Ebitda ajustado ficou negativo em R$ 122,347 milhões, piora de 170% sobre o mesmo período doa no passado.

A receita operacional líquida recuou 18,1%, para R$ 47,305 milhões. Os distratos no período somaram R$ 20 milhões, queda de 60% na comparação anual.

BR Malls (BRML3)

A BR Malls registrou lucro líquido ajustado de R$ 148,9 milhões no segundo trimestre, um aumento de 17,1% na comparação com o mesmo período do ano passado.

O Ebitda ajustado totalizou R$ 242,6 milhões, representando uma alta de 9%, com uma margem de 73,6% (estável na comparação anual).

O FFO ajustado cresceu 17,9%, para R$ 154,1 milhões, com margem de 46,8% (+3,6 p.p.). A receita líquida somou R$ 329,6 milhões, aumento de 9%.

Tenda (TEND3)

A Tenda apresentou um lucro líquido de R$ 73,0 milhões no segundo trimestre, um crescimento de 41,4% com relação ao ano anterior.

O Ebitda ajustado totalizou R$ 95,3 milhões, uma expansão de 39,4%, com uma margem de 19,5% (+2,4 p.p.). A receita líquida somou R$ 489,1 milhões, incremento de 22,6%.

Lojas Americanas (LAME4)

A rede varejista Lojas Americanas registrou um lucro líquido consolidado de R$ 112,7 milhões no segundo trimestre deste ano, desempenho 22 vezes superior ao lucro de R$ 5,1 milhões de igual período do ano passado.

O Ebitda ajustado somou R$ 832 milhões, uma alta de 26,7%, com uma margem Ebitda de 18,9% (+1,7 p.p.). A receita líquida somou R$ 4,411 bilhões, representando uma expansão de 15,6%.

Para o Bradesco BBI, o resultado da receita veio em linha, mesmo com as vendas mesmas lojas semestrais (+4,4%) pouco abaixo da reportada nos quatro primeiros meses do ano passado (+4,9%). No entanto, o Ebitda veio acima. O lucro, sem B2W, ficou acima das expectativas.

“Em geral, os números vieram em linha com a inflação, apesar da expansão significativa das lojas”. A expectativa do Bradesco BBI é de que a desaceleração das vendas mesmas lojas possa se manter. A recomendação foi mantida Neutra, com preço-alvo de R$ 21. 

B2W (BTOW3)

A B2W registrou um prejuízo de R$ 127,6 milhões no segundo trimestre, um desempenho 15,1% superior às perdas no resultado líquido de R$ 110,9 milhões de igual período do ano passado.

O Ebitda ajustado atingiu R$ 110,2 milhões, crescimento de 16,2%. A margem Ebitda ajustada ficou em 7,5%, ante 6,4% de um ano antes. A receita líquida totalizou R$ 1,477 bilhão, alta de 0,1%.

A B2W reportou resultados melhores do que o esperado para o trimestre, com GMV, receita e EBITDA superando as estimativas, segundo o Bradesco BBI. A expectativa é de que a empresa continue crescendo o GMV (+26% no segundo semestre), entretanto ainda abaixo do que Mercado Livre e Magazine Luiza têm entregado.

“Além disso, mercado deve continuar mirando na geração de caixa da empresa, o que é uma boa notícia, dado que após esse resultado o guidance de R$ 200 milhões parece fazer sentido agora”. O Bradesco mantém a recomendação Neutra, com preço-alvo de R$ 43.

Marisa (AMAR3)

A varejista Marisa teve prejuízo de R$ 28,282 milhões no segundo trimestre deste ano, melhora de 23,6% sobre as perdas do mesmo período do ano passado.

O Ebitda ajustado total somou R$ 95,4 milhões no segundo trimestre, alta de 39,2% em comparação ao mesmo período do ano passado. Em base ajustada e pro-forma, o Ebitda ajustado somou R$ 39,2 milhões, queda de 19,7%.

A receita líquida do varejo avançou 1,9%, para R$ 542 milhões, enquanto as vendas mesmas lojas subiram 5,1%.

CVC (CVCB3)

A CVC reportou um prejuízo de R$ 15 milhões no segundo trimestre, por conta de despesas extraordinárias de cancelamentos de voos da Avianca no montante de R$ 81,8 milhões.

Sem esse efeito, a empresa teve um lucro líquido ajustado de R$ 41,1 milhões, representando uma alta de 16,3%.

O Ebitda recuou 39,9%, para R$ 63 milhões, enquanto o Ebitda normalizado Brasil subiu 28,4%, para R$ 125,7 milhões. A margem Ebitda ficou em 34,8% (+3,9 p.p.).

Ser (SEER3)

A educacional Ser teve lucro líquido de R$ 59,0 milhões no segundo trimestre, uma redução de 15,9% na comparação com o mesmo período do ano passado.

O Ebitda ajustado dos efeitos não-recorrentes alcançou R$ 88,4 milhões, apresentando uma redução de 16,2% em relação ao segundo trimestre. A margem Ebitda ajustada ficou 4,5 p.p. inferior, atingindo 26,6%.

A receita líquida da empresa recuou 1,9%, para R$ 332,6 milhões.

Triunfo (TPIS3)

A concessionária Triunfo registrou prejuízo de R$ 103,5 milhões no segundo trimestre, uma perda 155% maior na comparação com o mesmo período do ano passado. Considerando o desempenho pro-forma, o prejuízo foi 111% superior.

O Ebitda ajustado somou R$ 86,053 milhões, uma queda de 19,6%. No critério pro-forma, a queda foi de 11,2%. A receita líquida ajustada recuou 13,8%, para R$ 221,3 milhões, sendo no critério pro-forma uma alta de 1,9%.

Eletrobras (ELET3;ELET6)

O Valor Econômico traz entrevista com ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque em que garante que o governo vai perder a posição de acionista controlador da Eletrobras. Segundo a publicação, essa é a primeira vez que o ministro reconheceu que a capitalização será acompanhada de perda de posição majoritária da União. O desenho da privatização, ainda em segredo, terá sete etapas, envolvendo Congresso, Tribunal de Contas da União e, por fim, a capitalização.

Qualicorp (QUAL3)

A Rede D’Or São Luiz anunciou a assinatura de contrato para comprar aproximadamente 10% das ações ordinárias da administradora de planos de saúde Qualicorp, pertencentes ao fundador da companhia, José Seripieri Filho, mais conhecido como Júnior.

Até a conclusão da operação, o executivo permanecerá como CEO e membro do conselho da companhia. Depois disso, deixará a administração da Qualicorp e seguirá, como acionista indireto, detendo ações representativas de cerca de 9,9% do capital da empresa.

Por fim, será ainda estabelecido acordo de acionistas que irá regular o exercício dos direitos de voto nas assembleias.
“Caso o negócio de compra e venda venha a se consumar, a Rede D’Or informa que pretende atuar ativamente junto à companhia, o que poderá resultar na alteração da composição de órgãos de administração da Qualicorp”, destacou a Qualicorp, em comunicado ao mercado.

Após a notícia, o JPMorgan elevou a recomendação para as ações da companhia de neutra para overweight (exposição acima da média do mercado), com preço-alvo de R$ 35. 

(Com Agência Estado e Bloomberg)

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