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SÃO PAULO – O Ibovespa tem uma sessão de ganhos nesta quinta-feira (13), com os investidores à espera do parecer da reforma da Previdência e repercutindo o novo dia de alta das commodities.
O radar corporativo também é movimentado, com destaque à nova proposta da Magazine Luiza pela Centauro, Petrobras com revisão de periodicidade de reajuste nos preços e repercutindo a disparada do petróleo e à Braskem que teve pelo STJ liberação para distribuição de dividendos.
Frigoríficos reagem positivamente ao anúncio da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, sobre o fim do embargo das carnes para a China.
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Confira esses e outros destaques corporativos.
BRF (BRFS3), Marfrig (MRFG3), Minerva (BEEF3) e JBS (JBSS3)
As ações de frigoríficos sobem após a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmar pelo Twitter que o Brasil voltará a emitir certificados sanitários e exportar para o país asiático. A emissão dos certificados estava suspensa após caso de vaca louca
em Mato Grosso.
A exceção entre as altas fica com a JBS, que vê seus papéis caírem após ter a recomendação reduzida para neutra pelo JPMorgan, com preço-alvo de R$ 22.
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Bradesco (BBDC3;BBDC4), Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3)
Os destaques de queda ficam com os bancos, com o mercado de olho na apresentação do relatório da reforma da Previdência.
A proposta contém o aumento da alíquota de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) dos bancos para compensar as perdas na economia decorrentes de alterações na proposta apresentada pelo Ministério da Economia ao Congresso. Estimativas conservadoras no parecer apontam para uma arrecadação de R$ 50 bilhões em 10 anos com um aumento da alíquota da
Contribuição Sobre o Lucro Líquido para bancos, reestabelecendo níveis que vigoraram até o final de 2018.
Magazine Luiza (MGLU3) e Centauro (CNTO3)
Em meio à disputa por seu controle, Netshoes reafirmou o seu apoio à proposta da Magazine Luiza. Segundo a empresa, após a elevação da proposta pela Centauro, anunciada na véspera, uma nova oferta foi feita pela Magazine Luiza, elevando sua proposta para US$ 3,70 por ação.
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“O Conselho da Netshoes aprovou por unanimidade (com a abstenção do Sr. Marcio Kumruian em conselho) a Emenda ao Acordo de Incorporação e unanimemente reafirma sua recomendação de que os acionistas da Netshoes votem em a favor das transações contempladas pelo Acordo de Incorporação (com Magazine Luiza).”
Ontem, o Cade, órgão antitruste do país, havia decidido que iria apreciar a proposta de compra do e-commerce esportivo Netshoes pela concorrente Centauro por meio de rito sumário. A decisão era considerada uma vitória para a Centauro – que tinha como um dos principais pontos fracos de sua proposta o prazo de aprovação do negócio no Cade. A Netshoes vai deliberar sobre a proposta do Magazine Luiza na próxima sexta-feira (14).
O Magalu em fato relevante publicado pela manhã confirmou que celebrou com a Netshoes um aditivo ao Agreement and Plan of Merger que regula a Operação, através do qual o preço por ação ofertado foi elevado para US$ 3,70. “O Conselho de Administração da Netshoes reiterou, por unanimidade, sua recomendação de que os acionistas da Netshoes votem favoravelmente à aprovação da Operação”, destacou a varejista brasileira.
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A Operação será submetida à deliberação dos acionistas da Netshoes em assembleia convocada para amanhã, dia 14 de junho, e, caso aprovada, deverá ser concluída até o dia 19 de junho 2019.
Petrobras (PETR3;PETR4)
A Petrobras informou em relação aos desinvestimento em águas rasas dos Polos Enchova e Pampo, localizados na Bacia de Campos, que recebeu, em 05 de junho de 2019, ofertas finais de potenciais interessados na aquisição dos referidos ativos.
O preço ofertado pelos Polos Enchova e Pampo supera US$ 1 bilhão, considerando pagamentos firmes e contingentes. “Entretanto, a transação ainda será submetida à aprovação pelos órgãos competentes da Petrobras e as etapas subsequentes do projeto serão divulgadas ao mercado tempestivamente”, esclareceu a empresa, em comunicado ao mercado.
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A companhia ainda informou ontem à noite que sua Diretoria Executiva aprovou a revisão na periodicidade de reajustes nos preços de óleo diesel e gasolina comercializados em suas refinarias. Segundo a empresa, a partir de agora, os reajustes de preços de diesel e gasolina serão realizados sem periodicidade definida, de acordo com as condições de mercado e da análise do ambiente externo, “possibilitando a companhia competir de maneira mais eficiente e flexível”.
“A aplicação imediata desta revisão permitirá à Petrobras, no momento, reduzir os preços do diesel acompanhando as variações dos preços internacionais observadas nos últimos dias”, diz o comunicado. “Ficam mantidos os princípios que balizam a prática de preços competitivos, como preço de paridade internacional (PPI), margens para remuneração dos riscos inerentes à operação, nível de participação no mercado e mecanismos de proteção via derivativos”, acrescenta.
A empresa anunciou ontem ainda um corte médio de R$ 0,10 no litro de diesel nas refinarias. O reajuste tem vigência a partir de hoje. Com o corte, o preço médio do diesel cai de R$ 2,166 por litro para R$ 2,066, queda de 4,616%. O anúncio da empresa veio pouco após comunicado de que a diretoria executiva aprovou a revisão acabando com a periodicidade de reajustes.
Na noite de segunda-feira, a estatal havia informado queda de 3% no preço médio da gasolina nas refinarias, com vigência a partir da terça-feira. Na ocasião, a Petrobras não modificou o valor do diesel. Segundo comunicado divulgado pela empresa, a aplicação imediata da revisão permitirá à Petrobras, no momento, reduzir os preços do diesel “acompanhando as variações dos preços internacionais observadas nos últimos dias”.
Ainda sobre petróleo, destaque para a disparada no preço do produto nesta manhã, com relatos de explosões de petroleiros no Golfo de Omã perto do litoral iraniano. A causa do incêndio ainda não está clara, mas provocou temores de ataques e vem apenas algumas semanas após a suposta sabotagem de navios na região.
Além disso, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) cortou hoje a previsão de alta na demanda global de petróleo para este ano, em 70 mil barris para 1,14 milhão de BPD (barris de petróleo por dia).
Vale (VALE3)
As ações da Vale e de siderúrgicas, como CSN (CSNA3), Usiminas (USIM5) e Gerdau (GGBR4) registram uma sessão de ganhos acompanhando a nova alta das commodities. O contrato futuro do minério de ferro negociado em Dalian registra alta de 2,48%, a 785,50 iuanes.
Azul (AZUL4)
O presidente da Azul, John Rodgerson, disse em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo que a crise na Avianca rachou o setor e feriu o sonho da companhia de disputar as rotas Rio-São Paulo com a Gol e a Latam. Para ele, ao fazerem propostas sincronizadas, pela Avianca, queriam apenas atrapalhar os planos da Azul de operar no aeroporto de Congonhas, na capital paulista.
Braskem (BRKM5)
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) acolheu o oferecimento de um seguro garantia da Braskem e suspendeu uma decisão que impedia a realização de uma assembleia geral para a distribuição de dividendos da empresa. Segundo o STJ, a suspensão da liminar está condicionada ao oferecimento do seguro garantia no valor integral dos dividendos a serem distribuídos, aproximadamente R$ 2,6 bilhões.
No caso analisado, o Ministério Público de Alagoas (MPAL) e a Defensoria Pública do Estado de Alagoas ajuizaram ação civil pública com pedido de liminar, para que fosse apurada a responsabilidade da Braskem pela calamidade ocorrida em diversos bairros de Maceió em 2018. Segundo o MPAL, a exploração de jazidas de sal-gema pela Braskem teria causado tremores de terra em pontos da capital alagoana.
De acordo com o STJ, no curso do processo, o juízo responsável pela demanda determinou a indisponibilidade de bens da Braskem até o limite de R$ 100 milhões. Em abril, o desembargador relator do caso no Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) determinou a suspensão da assembleia geral convocada para aquele mês, cuja finalidade era a distribuição de dividendos entre os acionistas da empresa.
De acordo com o ministro Noronha, os fatos e argumentos apresentados pela Braskem evidenciam que a decisão do desembargador do TJAL provoca grave lesão à economia pública, situação que justifica a suspensão da liminar.
Oi (OIBR3;OIBR4)
A Oi poderá receber duas propostas para vender a participação de 25% no capital na Unitel, maior operadora de telefonia móvel de Angola, segundo o jornal O Estado de S.Paulo.
Uma das propostas teria partido de uma das mulheres mais ricas da África, Isabel dos Santos, que também possui 25% da operadora angolana – o valor seria de US$ 850 milhões. A outra proposta partiu da Sonangol, estatal angolana do ramo petrolífero e também dona de 25% da operadora. O lance seria de US$ 1 bilhão, à vista.
As propostas teriam sido levadas ao conselho de administração da Oi pelo diretor financeiro e de relações com investidores, Carlos Brandão, em reunião em 29 de maio.
A Oi afirmou, ontem, que não recebeu proposta da estatal Sonangol. A companhia disse ainda que tem conversado com potenciais interessados.
Via Varejo (VVAR3) e GPA (PCAR4)
A família Klein, fundadora da Casas Bahia, poderá retornar ao comando da rede varejista Casas Bahia, controlada pela Via Varejo. O GPA deverá vender sua participação, amanhã, em leilão a ser realizado das 10h30 às 11h30, na B3. A aquisição das 469 milhões de ações do GPA na Via Varejo deve movimentar pouco mais de R$ 2,2 bilhões.
Eletrobras (ELET3;ELET6)
A Eletrobras informou ontem, sobre o julgamento desta quarta-feira pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que decidiu, por 5 votos a 4, contra a empresa em ação que discute empréstimos compulsórios, que não há elementos para que a decisão altere os valores já provisionados referentes aos processos sobre o tema. “Segundo entendimento da área jurídica da Eletrobras, o julgamento de hoje (quarta) afeta somente o processo em questão, não tendo efeito automático para os demais processos provisionados”, diz a empresa, comunicado.
A Eletrobras entende que os créditos foram pagos nos termos da legislação. “A companhia informa que prosseguirá na discussão judicial por meio dos recursos cabíveis.
O STJ decidiu nesta quarta que devem ser aplicados juros remuneratórios nos créditos decorrentes de empréstimos compulsórios da Eletrobras até a data do efetivo pagamento desses recursos. A decisão foi tomada pela Primeira Seção do STJ, em um processo da empresa Decoradora Roma, que contestava a correção dos valores. O caso envolve recursos que eram recolhidos de forma compulsória de empresas, por meio das tarifas de energia, para financiar investimentos da Eletrobras entre 1976 e 1993.
CSN (CSNA3)
O jornal Valor Econômico informou que a CSN Cimentos programa investir em uma nova fábrica de cimentos, em Campo Largo (Paraná). A unidade poderá contar com 3 milhões de capacidade de produção e investimentos de R$ 1,5 bilhão.
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(Agência Estado e Bloomberg)
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