BRF (BRFS3): JPMorgan rebaixa recomendação para neutra à espera de um melhor ponto de entrada; ação cai mais de 4%

Ação subiu 78% no acumulado do ano, levando as avaliações a se aproximarem do preço-alvo, refletindo em grande parte o sentimento positivo

Felipe Moreira

No Brasil, a BRF é líder de mercado em todas as categorias em que atua. (Foto Divulgação)

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O JPMorgan rebaixou a a recomendação para ação da BRF (BRFS3) de compra para neutro após o papel subir 78% no acumulado do ano, levando as avaliações a se aproximarem do preço-alvo, com base em estimativas acima do consenso. Com isso, as ações BRFS3 caíram 4,34%, a R$ 13,88, na sessão desta quarta-feira (6).

Segundo o banco, a recuperação da BRF está ocorrendo em um ritmo sólido, com a oferta subsequente deste ano ajudando a melhorar a estrutura de capital e resultando em custos de dívida mais baixos, enquanto o programa de eficiência “BRF Mais” está colocando os indicadores-chave de desempenho da empresa de volta nos trilhos.

Além disso, as dinâmicas de mercado também são em grande parte favoráveis: os custos de ração estão em mínimos de vários anos (com a empresa recompondo estoques no ponto mais baixo do mercado), o fornecimento de frango in natura está atingindo o pico (os indicadores líderes mostram uma produção menor no Brasil e nos EUA em 2024), os preços de alimentos processados estão se mantendo bem, apesar da maior concorrência, levando as margens no Brasil a um nível saudável de dois dígitos altos.

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Diante disso, analistas acreditam que as avaliações da BRF já refletem grande parte desse sentimento positivo. Segundo cálculos do banco, a ação está sendo negociada com um rendimento de fluxo de caixa livre (FCF) de apenas 7,1% em 2024 (os pares estão na faixa de 13-15%) e 6 vezes Valor da Firma (EV)/Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) em comparação com os pares locais em 4,8 vezes e uma média de cinco anos de 6,6 vezes.

Com base nos fatores mencionados, o JPMorgan recomenda que os investidores aguardem um ponto de entrada com uma avaliação mais favorável ou maior visibilidade sobre as margens do negócio internacional de frango (onde analistas acredita que pode haver algum potencial de aumento em relação às estimativas).

Por enquanto, analistas veem 2024 como um ano de transição, em vez de um ano apertado/otimista em termos de equilíbrio entre oferta e demanda. O preço-alvo para dezembro de 2024 de R$ 15,5 ação permanece inalterado.

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