Bolsas mundiais e petróleo têm queda, ouro sobe conforme preocupações bancárias persistem; ação do Credit Suisse cai 8%

O apetite por risco diminuiu nesta sexta-feira, depois de mostrar sinais de recuperação na quinta.

Equipe InfoMoney

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O humor do investidor permaneceu frágil nesta sexta-feira (17), derrubando os principais índices de ações europeus e de Wall Street e levando os preços do ouro a seu nível mais alto desde abril, a caminho de sua maior valorização semanal em quatro meses.

Em uma crise que começou com o colapso do Silicon Valley Bank, com sede nos Estados Unidos, na última sexta-feira, os investidores perderam a confiança nos bancos regionais dos Estados Unidos e no Credit Suisse, da Europa.

O apetite por risco diminuiu nesta sexta-feira, depois de mostrar sinais de recuperação na quinta. O presidente-executivo do Credit Suisse disse nesta sexta que o banco está trabalhando duro para conter as saídas de clientes, embora isso possa levar tempo.

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Um rebaixamento dos ratings e um processo judicial nos EUA anunciados na quinta-feira compensaram parte do alívio decorrente da linha de liquidez de emergência que a instituição garantiu do banco central suíço na véspera.

A ação do Credit Suisse fechou esta sexta em queda de 8,01%, a 1,86 francos suíços, após dois dias de fortes oscilações, que viram suas ações subirem 20% na quinta-feira, após uma queda de 24% na quarta-feira, quando seu maior investidor disse que não seria capaz de aumentar sua participação. A volatilidade permanece alta.

Analistas dizem que as preocupações com uma possível crise bancária estão longe de terminar, apesar de um grupo de grandes bancos ter injetado US$ 30 bilhões em depósitos no First Republic Bank, um banco norte-americano de médio porte, na quinta-feira.

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Em Wall Street, o índice S&P 500 perdeu 1,10%, a 3.916,64 pontos, enquanto o Dow Jones caiu 1,20%, a 31.858,89 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq Composite recuou 0,74%, a 11.630,51 pontos.

O índice pan-europeu STOXX 600 caiu 1,26%, a 436,09 pontos.

No mercado de câmbio, o índice do dólar -que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas – caiu 0,52%, a 103.872.

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O euro tinha alta de 0,54%, a US$ 1,0662. A libra apreciava 0,53%, a US$ 1,217.

O dólar australiano, muitas vezes tido como uma “proxy” de demanda por risco, valorizava-se 0,45%, a US$ 0,6684.

Na renda fixa, o rendimento do Treasury de dez anos – referência global para decisões de investimento – recuou a 3,406%, de 3,5818%.

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O yield do Treasury de dois anos – que reflete apostas para os rumos das taxas de juros de curto prazo, teve baixa a 3,833%, de 4,1823%.

Já entre as commodities, o petróleo Brent para maio recuou 2,31%, a US$ 72,97 por barril; na semana, caiu 11,9%. O petróleo dos Estados Unidos (WTI) para maio caiu 2,3%, a US$ 66,93 por barril, em baixa de 12,8% na semana.

O ouro à vista ganhou 3,05%, a US$ 1.981,70 a onça troy.

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(com Reuters)

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