Bolsas fecham sem tendência definida na Europa, avaliando indicadores econômicos

Investidores ponderam dados negativos do Employment Report; referências corporativas também ditam rumo dos negócios

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – As principais bolsas europeias encerraram sem tendência definida nesta sexta-feira (6), com os investidores avaliando os dados do Employment Report norte-americano e o leading indicators divulgado pela OCDE.

Indicadores econômicos

Um dos principais indicadores do mercado de trabalho dos EUA, o Employment Report decepcionou as projeções, com corte de 190 mil postos de trabalho, ante consenso de 175 mil vagas fechadas, e a taxa de desemprego atingiu 10,2%, o maior número em 26 anos.

Entretanto, os dados de agosto e de setembro foram revisados para cima, e o número de temporários subiu pela terceira vez consecutiva. Além disso, os dados piores do que o esperado indicam que o Fed deve demorar mais para retirar os estímulos à economia norte-americana.

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Já o Leading Indicators, indicador composto divulgado pela OCDE, mostra fortes sinais de crescimento para Itália, França e Inglaterra, enquanto para os EUA e Japão e outras economias da OCDE os sinais de recuperação já seriam claros.

Commodities

Após registrar ganhos na véspera, as empresas de matérias-primas fecharam o pregão em baixa, com os preços das principais commodities também recuando. As ações da BG caíram 1,55% e a Royal Dutch Shell viu seus papéis caírem 0,74%.

Já as mineradoras, que operaram em baixa durante o pregão, se recuperaram no final e conseguiram avançar. Os papéis da Xstrata se valorizaram 0,84%, enquanto os da Anglo American subiram 1,79%. Rio Tinto (1,50%) e BHP Pilliton (+0,21%) também avançaram.

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Bancos sobem

As ações dos bancos estiveram entre as maiores altas nas bolsas da Europa. O estrategista Giuseppe-Guido Amato, da Lang & Schwarz, acredita que o setor está “subindo de uma forma proporcional em relação ao mercado. No entanto, isso sugere que ainda há mais risco para essas ações do que o mercado está reconhecendo”.

Os papéis do Royal Bank of Scotland subiram 5,57%, a segunda maior valorização dentro do índice FTSE 100. Ainda em Londres, as ações do HSBC (+2,14%), Lloyds (+2,07%) e Barclays (+1,49%) tiveram um pregão positivo.

Em Paris, Credit Agricole (+3,31%) Societe Generale (+2,10%) tiveram a terceira e quinta maior alta no índice CAC 40. Na contramão, o Deutshe Bank viu as ações de desvalorizarem 0,43% em Frankfurt.

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Destaque de alta

A British Airways teve a maior alta no índice FTSE 100, subindo 6,23%, mesmo após registrar prejuízo líquido no primeiro semestre. A companhia afirmou que o tráfego premium caiu 1,4% em outubro, ante declínio de 7,9% em setembro. Além disso, as receitas por passageiro agora estão estáveis.

Cotações de fechamento

 O índice FTSE 100  da bolsa de Londres  apresentou leve alta de 0,33% e atingiu 5.143 pontos, acumulando no ano    forte alta de 15,98%.
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 Por outro lado,  CAC 40  da bolsa de Paris encerrou  em leve baixa de 0,04%, atingindo 3.707 pontos chegando a uma valoriza&ccedil;&atilde;o15,21% no ano.

A Bolsa de Frankfurt, apresentou uma leve alta de 0,13% , atingindo 5.488 pontos, acumulando uma forte valorização de 14,10%.

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%Var Dia Pontos %Var 30D %Var Ano
FTSE 100 +0,33 5.143 +0,66 +15,98
DAX 30 +0,13 5.488 -2,70 +14,10
CAC 40 -0,04 3.707 -1,31 +15,21
FTSE MIB -0,14 22.550 -3,69 +15,88