Bolívia revoga concessões e ameaça impor novo modelo de contrato até outubro

Objetivo é renegociar fórmulas de reajuste e termos impostos às petrolíferas pela nacionalização do setor de hidrocarbonetos

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Em mais um capítulo do complicado processo de nacionalização do setor de hidrocarbonetos boliviano, que agora está sendo questionado pelos partidos de oposição, Evo Morales revogou no último sábado (26) concessões petrolíferas e florestais de 20 parques nacionais.

Morales comunicou que haverá saneamento das terras e que o trabalhador camponês e a defesa ao meio ambiente serão prioridades nos locais.

Não foi divulgada a relação de empresas afetadas pela medida, mas vale citar que Petrobras, Repsol YPF e Total possuem concessões de exploração em parques nacionais bolivianos.

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Conflito e renegociação de contratos

Em relação aos contratos firmados com petrolíferas estrangeiras, o governo boliviano sinalizou que um novo modelo poderá ser imposto até o mês outubro deste ano. O objetivo é renegociar as fórmulas de reajuste dos preços do gás natural e os termos impostos às petrolíferas pela nacionalização do setor.

Na última sexta-feira, os escritórios de uma filial da Repsol YPF foram revistados pela promotoria boliviana, que averigua denúncias de supostas irregularidades de ajuste de preços em contratos firmados com a Petrobras.

Um diretor da companhia petrolífera hispano-argentina Repsol-YPF chegou a ser detido acusado de envolvimento na assinatura de um contrato supostamente irregular de ajuste de preços sobre o gás vendido ao Brasil, mas já foi liberado. O grupo petroleiro Repsol YPF anunciou que considera a invasão de seus escritórios ilegal e que tomará as medidas cabíveis.

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