Bolívia deve anunciar reajuste de 47% no gás importado pela Argentina

Kirchner e Morales devem anunciar termos do acordo na quinta-feira; Petrobras está atenta ao decidido entre os países

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Segundo declarações do embaixador boliviano na Argentina, Ortiz Mercado, ambos os países devem assinar na próxima quinta-feira (29) um acordo visando ajustar preços e volumes do gás natural importado da Bolívia pelos argentinos.

O acordo viria como resultado de diversas rodadas de negociação, marcadas por encontros do presidente argentino Néstor Kirchner com o presidente boliviano Evo Morales. Seus termos interessam diretamente ao Brasil, já que servem de referência para as conversas entre Petrobras e YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos).

GN mais caro

Ortiz Mercado disse à agência de notícias Reuters que os argentinos passarão a pagar cerca de US$ 5 por milhão de BTU (British Thermal Units). O valor representa um reajuste de 47% frente aos US$ 3,4 por milhão de BTU pagos atualmente.

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Ao mesmo tempo, a Argentina deve aumentar, ao longo dos anos, o volume de suas importações de gás boliviano de 5,5 milhões de metros cúbicos ao dia para 20 milhões de metros cúbicos ao dia.

Petrobras atenta

No final de maio, Evo Morales chegou a sinalizar a intenção de uma tarifa de US$ 7,5 por milhão de BTU referente ao GN boliviano direcionado ao Brasil. Valor 91% maior que os US$ 3,93 por milhão de BTU a serem aplicados a partir do próximo sábado (1º).

A proposta do governo boliviano foi encarada como absurda pela Petrobras, que lembrou do respeito aos reajustes previamente acordados em contrato. Desde então, as negociações entre Bolívia e Brasil estão paralisadas.

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