BNDES fornecerá ao TCU dados sobre suas operações, disse Luciano Coutinho

Segundo Coutinho, com a decisão tomada duas semanas atrás de divulgar informações individualizadas sobre operações no exterior, o BNDES se tornou a instituição mais transparente do mundo entre seus pares

Estadão Conteúdo

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O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, disse durante o seminário “Uma Agenda para Dinamizar a Exportação de Serviços”, na manhã em São Paulo, que o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a instituição a fornecer ao Tribunal de Contas da União (TCU) dados sobre suas operações que estariam sujeitos ao sigilo bancário. E o banco de fomento fará isso.

“Tínhamos algumas dúvidas sobre a segurança (dos dados), mas elas foram sanadas e nós vamos trabalhar com o TCU. Não resta nenhuma dificuldade”, disse Coutinho.

Segundo Coutinho, com a decisão tomada duas semanas atrás de divulgar informações individualizadas sobre operações no exterior, o BNDES se tornou a instituição mais transparente do mundo entre seus pares. Mesmo assim, ele deixou claro que o movimento para ampliar a transparência do banco é anterior à atual polêmica.

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“Fizemos tudo na fronteira do cuidado, para não expor segredo comercial, estratégia de negócio do cliente. Isso é matéria do sigilo bancário que precisa ser preservado”, comentou. “Temos um grau de transparência absolutamente inédito”, acrescentou.

De acordo com ele, é impossível qualquer tipo de ingerência nas decisões do banco, especialmente política, já que todas as decisões são técnicas e tomadas por órgãos colegiados. “Isso explica a excelência e a reduzidíssima inadimplência em todas as operações do BNDES, que no caso dos empréstimos soberanos é zero, até mesmo em função das garantias colocadas”.

Coutinho também defendeu a atuação do BNDES no financiamento à exportação. Segundo ele, o papel do setor público no Brasil nessa área é muito menor do que em outros países, com apenas 2,9% das exportações financiadas pelo BNDES. “Numa conjuntura onde precisamos elevar as exportações, tornar as políticas ainda mais restritivas é uma postura pouco inteligente. Nós deveríamos cogitar é reforçar o sistema de apoio ao comércio exterior”, afirmou.

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O presidente do BNDES não quis adiantar detalhes, mas revelou que esse é um dos tópicos do plano nacional de exportações, que deve ser lançado pelo governo ainda este mês.

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