B3 (B3SA3) lucra R$ 1,09 bi no 2º tri de 2022, queda de 8,5%; eleva projeção de alavancagem

Queda do lucro reflete baixa nas receitas e o aumento nas despesas, informou a operadora da Bolsa nesta quinta-feira

Equipe InfoMoney

B3  Bovespa  Bolsa de Valores de São Paulo  (Germano Lüders/InfoMoney)
B3 Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo (Germano Lüders/InfoMoney)

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A B3 (B3SA3) teve lucro líquido atribuído aos acionistas de R$ 1,0922 bilhão no segundo trimestre de 2022, queda de 8,5% na comparação anual, refletindo a queda nas receitas e o aumento nas despesas, informou a operadora da Bolsa nesta quinta-feira (11).

Excluindo os itens não recorrentes destacados acima, o lucro líquido teria atingido R$ 1,2212 bilhão no trimestre, em
linha com o mesmo período do ano anterior. Adicionalmente, se ajustado pelo benefício fiscal resultante da amortização
do ágio relativo à incorporação da Cetip, o lucro líquido teria totalizado R$ 1,3408 bilhão, queda anual de 0,7%. Por fim, excluindo a Neoway, o lucro líquido teria totalizado R$ 1,3606 bilhão, destaca, alta anual de 0,7%.

A receita líquida apresentou uma queda anual de 7,3%, atingindo R$ 2,2416 bilhões.

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O consenso Refinitiv com analistas projetava lucro de R$ 1,16 bilhão e receita de R$ 2,195 bilhões no trimestre.

As despesas somaram R$ 842,5 milhões, aumento de 12,4%. As despesas foram de R$ 307,3 milhões com pessoal e encargos, aumento de 11,7%, explicado principalmente (i) pela inclusão da Neoway nesta linha de despesas, (ii) por novas contratações e pela correção anual (dissídio) do valor dos salários. Excluindo Neoway, a comparação mostra queda de 2,0%. O aumento de despesa foi de 41,4% em processamento de dados, a R$ 127,7 milhões.

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Ativos totais

A B3 encerrou o trimestre com ativos totais de R$ 47,4 bilhões, queda de 9,8% frente a dezembro de 2021. As linhas de
Disponibilidades e Aplicações financeiras (circulante e não-circulante) totalizaram R$17,8 bilhões. A posição de caixa
inclui (i) R$360 milhões em juros sobre o capital próprio; e (ii) R$ 413 milhões em dividendos, ambos pagos em
julho de 2022.

Em relação aos passivos, no final do 2T22, a B3 possuía endividamento bruto de R$ 12,8 bilhões (75% de longo prazo
e 25% de curto prazo), correspondente a 1,9 vez o Ebitda recorrente dos últimos 12 meses.

O patrimônio líquido no final do segundo trimestre de 2022 era de R$ 20,7 bilhões, composto, principalmente, pelo capital social de R$ 12,5 bilhões e pelas reservas de capital de R$ 7,9 bilhões (versus R$ 8,3 bilhões em dezembro de 2021).

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Durante o trimestre foram realizados investimentos de R$ 29,4 milhões, principalmente para atualizações tecnológicas
em todos os segmentos da B3 e para o desenvolvimento de novos produtos. No acumulado do ano, o capex totalizou
64,9 milhões.

Revisão de projeções

A B3 ainda reapresentou suas projeções para 2022 em função dos impactos do cenário econômico nos resultados da companhia, com revisão da projeção de alavancagem financeira para o final do ano de até 1,6 vez para até 1,9 vez a relação entre dívida bruta e Ebitda recorrente dos últimos 12 meses.

As outras projeções foram mantidas, como destacado no quadro abaixo:

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