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Na primeira semana de julho e do segundo semestre de 2023, os investidores vão acompanhar o desenrolar de pautas importantes no Congresso Nacional. O projeto de lei que cria o novo arcabouço fiscal retorna à Câmara depois da aprovação no Senado.
A versão mais recente incluiu algumas alterações, como a exclusão do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) do teto de gastos.
Em paralelo, correm as discussões sobre a proposta de Reforma Tributária. O texto apresentado pelo relator Aguinaldo Ribeiro unifica três tributos federais (PIS, COFINS, IPI), um estadual e um municipal (ICMS e ISS, respectivamente) em um IVA (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) denominado IBS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).
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Líderes partidários e o presidente da Câmara, Arthur Lira, manifestaram a intenção de votar o projeto na próxima semana, antes do recesso parlamentar, que começa em meados de julho.
Na terça-feira (4), a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado realiza audiências de confirmação dos novos diretores do Banco Central – Gabriel Galípolo, para o Departamento de Política Monetária; e Ailton Aquino, para o Departamento de Fiscalização.
Dados de inflação e de atividade econômica completam a agenda
A inflação do IGP-DI de junho será divulgada na sexta-feira (7). O Itaú prevê queda mensal de 1,10%, levando a taxa anualizada para -7,1%, de -5,5% em maio.
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“Tanto os preços no atacado industriais quanto os agrícolas podem apresentar alguma deflação refletindo a queda nos preços do diesel e da soja, respectivamente”, diz relatorio assinado pelo economista-chefe do banco, Mario Mesquita.
A produção Industrial de maio será divulgada na terça-feira (4). O consenso Refinitv aponta um avanço mensal de 0,3% e de 1,1% em bases anuais. O Itaú estima crescimento de 0,6% ante abril.
“O segmento de mineração/extração provavelmente fornecerá a maior contribuição, expandindo 1,5% no comparativo mensal [+12,3% no comparativo anual], em meio às fortes exportações de minério de ferro”, afirma Mesquita.
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Para o setor manufatureiro, o economista projeta ligeiro avanço de 0,2% na comparação mensal e de 0,7% na anual.
A semana também vai trazer dados da indústria automotiva. Na sexta-feira, saem os números de produção e exportação da Anfavea, referentes a junho. Também para os próximos dias, está prevista a divulgação de emplacamentos, pela Fenabrave.
Nas contas externas, a balança comercial de junho será divulgada já nesta segunda-feira.
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“Esperamos superávit de US$ 9,3 bilhões, abaixo do superávit de US$ 11,4 bilhões de maio e um pouco acima do superávit de US$ 8,9 bilhões de junho de 2022”, diz o Itaú.
Nos cálculos do banco, as exportações devem chegar a US$ 29,7 bilhões devido aos melhores números da soja e do petróleo, enquanto as importações devem chegar a US$ 20,5 bilhões.
Com isso, o superávit comercial em 12 meses deve chegar a US$ 71,9 bilhões (de US$ 61,5 bilhões em 2022).
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Ata do Fomc e payroll são destaques da agenda internacional
Nos Estados Unidos, a semana vai ser mais curta. As Bolsas fecham mais cedo nesta segunda-feira em função do feriado da Independência, na terça, e só reabrem na quarta. Mas a agenda está carregada de importantes dados econômicos que podem fornecer mais evidências sobre os próximos passos do Federal Reserve.
A ata da última reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc), que pausou o ciclo de alta de juros, vai ser divulgada na quarta-feira. O documento deve trazer detalhes sobre a percepção do colegiado a respeito dos núcleos de inflação.
Também vai ser uma semana marcada pelos principais dados do mercado de trabalho. Os dois primeiros saem na quinta-feira (6). Para o relatório JOLTS, o Consenso Refinitiv prevê 9,9 milhões de vagas em maio, número menor que o de abril (10,1 milhões). Já a pesquisa ADP deve mostrar a criação de 235 mil empregos no setor privado em junho, de acordo com a média das projeções do mercado.
Para o payroll do mês de junho, a ser divulgado na sexta-feira (7), a previsão é que o numero de postos de trabalho fique em 225 mil, desacelerando em relação aos 339 mil de maio. A taxa de desemprego deve permanecer em 3,7%.
Ainda olhando para o exterior, a semana vai trazer mais números da atividade chinesa.
O foco agora se voltará para o PMI de manufatura da Caixin, de pequenas e médias empresas, a ser divulgado nesta segunda-feira. Os mercados esperam que o indicador tenha ficado praticamente estável, em 50,2 no mês de junho, contra 50,9 registrados em maio.
O PMI de serviços da Caixin será divulgado na quarta e previsão é de desaceleração para 56,5 em junho (ante 57,1 em maio). Os dados devem reforçar a urgência de implementação de novas medidas de estímulo fiscal na China.
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