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Após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central cortar a Selic em 0,5 ponto percentual (p.p.), para 12,75% ao ano, e sinalizar cortes na mesma magnitude nos encontros seguintes, os próximos dias trarão divulgações importantes para os próximos passos da política monetária.
O Banco Central publicará a ata do Copom na terça-feira (26) e o Relatório Trimestral de Inflação na quinta (28). “Os agentes de mercado esperam análises sobre o impacto das taxas de juros mais altas no cenário global e o grau de ociosidade na atividade doméstica (hiato do PIB), entre outros temas”, aponta a XP.
No campo de indicadores econômicos, no mesmo dia da ata do Copom será divulgado o IPCA-15 de setembro.
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O Itaú espera que o IPCA-15 acelere para 0,34% (de 0,28% em agosto), com pressões de alta vindas dos preços administrados (especialmente da gasolina devido aos recentes aumentos de preços da Petrobras PETR4).
“É digno de nota que a taxa anual provavelmente subirá para 5,0%, ante 4,2% em agosto, devido à base de comparação mais baixa após os cortes de impostos do ano passado. Em relação ao núcleo da inflação, esperamos desaceleração adicional na margem, com crescimento subjacente dos serviços e da indústria”, aponta a equipe econômica do banco.
Além disso, o IGP-M de setembro será divulgado na quinta-feira. O banco espera um aumento mensal de 0,29%, levando a taxa anual para -6,0%, ante -7,2% em agosto. Os preços no atacado industrial poderão acelerar, refletindo o reajuste dos preços da Petrobras, enquanto os preços no atacado agrícola deverão apresentar alguma deflação, aponta o Itaú.
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As principais estatísticas do mercado de trabalho também serão divulgadas na semana. O Caged será divulgado na quinta e, conforme aponta a XP, deve apresentar ritmo moderado de geração de vagas formais em agosto (projeção da casa de 168 mil), enquanto a casa aponta que a Pnad Contínua (a ser divulgada na sexta (29) provavelmente exibirá queda adicional – embora modesta – da taxa de desemprego no mês passado (de 7,9% para 7,8%).
Já o Itaú espera, para o Caged, uma criação líquida de 189 mil empregos formais, contra 142 mil em julho. Com ajuste sazonal, a expectativa é de uma criação de empregos formais chegará a 68 mil, contra 93 mil no mês anterior. Em relação à taxa de desemprego apresentada pela Pnad, espera que atinja 7,7% (de 7,9%), caindo para 7,7% de 7,8% com ajuste sazonal.
Além disso, a agenda traz os resultados do setor externo na segunda, mercado de crédito na quarta e contas fiscais em agosto. Em relação ao último, a XP estima déficits primários de R$ 24,3 bilhões para o governo central (na quinta) e R$ 24,1 bilhões para o setor público consolidado (na sexta).
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Ao longo da semana, também serão divulgadas as pesquisas de confiança empresarial e do consumidor da FGV referentes a setembro.
Por fim, a política continuará em destaque, embora a agenda do Congresso da semana passada não tenha tido grandes avanços, avalia o Itaú. A votação sobre medidas de aumento de receita foi suspensa porque o presidente Lula esteve no exterior esta semana, mas o ministro Alexandre Padilha se reuniu com representantes do Partido Progressista na última quarta-feira (20) para acelerar as discussões. Entretanto, os meios de comunicação locais indicam que o ministro das Finanças, Haddad, e a equipe econômica continuam a apoiar a meta de déficit zero em 2024 e é pouco provável que a alterem no curto prazo.
Agenda internacional
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Na agenda internacional, dirigentes do Federal Reserve (Fed) e do Banco Central Europeu (BCE) discursarão publicamente ao longo da semana, podendo dar pistas adicionais sobre a condução da política monetária adiante. Em destaque, está o discurso de Jerome Powell, presidente do Fed, na quinta.
Também na quinta, as atenções estarão voltadas à divulgação da leitura final do PIB do 2º trimestre nos Estados Unidos. A segunda estimativa registrou crescimento de 2,0% ante o trimestre anterior (em termos anualizados e dessazonalizados).
Os principais eventos da semana se concentram na sexta: índice de preços ao consumidor da zona do euro referente a setembro e inflação medida pelo núcleo do deflator das despesas de consumo pessoal (PCE) nos Estados Unidos relativa a agosto.
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Na China, as sondagens de atividade de setembro também serão publicadas na noite de sexta-feira.
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