Armac (ARML3) desaba 14%, Valid (VLID3) e Frasle (FRAS3) saltam 9% e mais repercussões de resultados do 1º tri

Temporada de balanços ganha força e leva a mais uma sessão de "extremos" na Bolsa

Lara Rizério Felipe Moreira

(Getty Images)

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A temporada de balanços segue movimentada e também levou a um novo dia de extremos na B3 nesta quarta-feira (10).

Enquanto a Yduqs (YDUQ3) apareceu como o grande destaque de alta da sessão, com ganhos de 23,80%, poucas ações de empresas que soltaram balanço tiveram baixa. Mas o grande destaque entre as quedas fica com a Armac (ARML3), com queda de 14,29%, a R$ 12,00.

As ações da Camil (CAML3) também registraram perdas, de 2,84%, a R$ 7,19, mas se afastaram fortemente das mínimas de R$ 6,72 (queda de 9,19%), enquanto BrasilAgro (AGRO3) caiu 3,37% (R$ 22,66).

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As altas, por sua vez, foram mais generalizadas, com avanços de Valid (VLID3, R$ 13,10, +9,17%), Frasle Mobility (FRAS3, R$ 10,60, +9,28%), Infracommerce (IFCM3, R$ 1,16, +5,45%]), CSU Digital (CSUD3, R$ 12,37, +7,19%), Minerva (BEEF3, R$ 9,45, +3,50%), Méliuz (CASH3, R$ 0,89, +1,14%), Enjoei (ENJU3, R$ 0,95, +1,06%]), Ecorodovias (ECOR3, R$ 6,77, +2,58%), Eternit (ETER3, R$ 9,90, +2,91%), Cury (CURY3, R$ 12,15, +0,66%) e Vivo (VIVT3, R$ 41,46, +1,17%).

Já CVC (CVCB3) passou a ter leves ganhos na reta final do pregão, fechando em alta de 1,25%, a R$ 3,23.

Confira as análises dos resultados:

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CVC Brasil (CVCB3)

A CVC Brasil (CVCB3) registrou um prejuízo líquido de R$ 128 milhões no primeiro trimestre de 2023, número 23,3% menor do que o prejuízo de R$ 166,8 milhões do mesmo período do ano passado.

A receita líquida da companhia de turismo, por sua vez, ficou praticamente estável na base anual, saindo de R$ 292,8 milhões para R$ 295,5 milhões – alta de apenas 0,9%.

O Bradesco BBI destaca que as reservas confirmadas consolidadas subiram 44% na comparação anual e ficaram 10% acima do estimado pelo banco, suportadas por reservas mais altas na Argentina (+77% em base anual e +45% acima de suas estimativas), além da maior disponibilidade da malha aérea.

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Embora as reservas tenham superado nossas estimativas, a take rate (parcela do que a companhia recebe que fica no negócio)  contraiu 2,30 pontos percentuais (p.p.) na comparação anual, para 7,4% (-2 p.p. abaixo do estimado pelo BBI), pressionada por mais produtos marítimos vendidos e pelo impacto da Black Friday na take rate.

A receita líquida, por sua vez, ficou cerca de 20% abaixo do estimado pelo BBI. Além disso, a margem Ebitda ajustada ficou 2,80 p.p. abaixo do consenso de mercado e 8 pontos abaixo do estimado pelo BBI, já que a alavancagem operacional ainda está se recuperando.

“De forma geral, o 1T23 foi outro trimestre difícil para a CVC”, avaliam os analistas ao apontarem que, nas operações, o principal destaque dos resultados foi a take rate abaixo do esperado, que levou a um crescimento estável da receita líquida e recuperação limitada da margem Ebitda.

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“No futuro, o principal tema a ser investigado é a posição de caixa da CVC que permaneceu sob pressão no 1T23: uma posição de caixa de R$ 426 milhões com um fluxo de caixa operacional negativo de R$ 200 milhões neste trimestre, enquanto o principal contribuinte para o balanço foi de R$ 853 milhões de pré-pagamento de recebíveis”, aponta.

Em 10 de março, a empresa anunciou um processo de reperfilamento de debêntures de R$ 900 milhões para reduzir o custo da dívida em relação às taxasde juros (CDI, Selic) para +5,5% abaixo da faixa de 6-6,5%. No entanto, o processo está condicionado a um aumento de capital de R$ 125 milhões até 30 de novembro deste ano e a uma oferta pública de aquisição de R$ 75 milhões.

Se ambos os processos não forem aprovados, diz o banco, um aumento de capital de R$ 200 milhões terá que ser feito. Em suma, a CVC continua enfrentando um constante trade-off (dilema) entre geração de caixa e crescimento para os próximos trimestres. Mas, na avaliação dos analistas, o cenário desafiador para a CVC está precificado.

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“A empresa está chegando ao fim de um ciclo de investimentos pesados e o reperfilamento da dívida é um passo na direção certa para a estabilidade de caixa até o final de 2023. Mantemos nossa recomendação neutra, mas reduzimos nosso preço-alvo para R$ 5,00/ação (de R$ 6,00 ) ao final de 2023, após ajustarmos nossas estimativas com base nos números do 1T23”, aponta o banco.

O JPMorgan, por sua vez, mantém recomendação underweight (exposição abaixo da média do mercado, equivalente à venda) para os ativos, destacou também o take rate abaixo do esperado, principalmente à luz de questões relacionadas a estoques não vendidos em produtos.

“Continuamos a ver a empresa navegando em um ambiente de consumo difícil, em meio à disponibilidade limitada de crédito ao consumo. E, apesar do reperfilamento da dívida, ainda vemos a empresa precisando de capital adicional para sustentar o crescimento, o que poderia manter as despesas financeiras elevadas”, aponta.

Minerva (BEEF3)

A Minerva (BEEF3) registrou um lucro líquido de R$ 114 milhões no primeiro trimestre de 2023 (1T23), praticamente estável (queda de 0,5%) na comparação com o último trimestre de 2022

Já o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) do 1T23 alcançou o patamar de R$ 531,9 milhões, uma queda ano a ano de 17,7%. Analistas projetavam Ebitda de R$ 525 milhões, segundo dados de analistas compilados pela Refinitiv.

A equipe da XP Investimentos destacou que, apesar do impacto negativo da China, a Minerva apresentou uma margem sólida de 8,3%, “estabelecendo uma referência elevada aos seus pares”. O país asiático fechou seu mercado para a carne brasileira por mais de um mês em fevereiro por conta de um caso atípico de Vaca Louca.

De toda forma, porém, os resultados do período entre janeiro e março foram vistos como pouco inspiradores pelos especialistas.

Leia também: Minerva: Crise de crédito faz companhia queimar caixa, mas margem avança e ações sobem 5%

“Como esperado, os resultados foram amplamente afetados pela proibição de exportações para a China, levando o Ebitda [lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês] a cair 18% no ano, para R$ 532 milhões, mas 3% acima da nossa projeção”, fala o time do BBA. “A Minerva apresentou resultados fracos para a divisão brasileira, amplamente esperados, com queda de 19% dos preços e de 27% da receita bruta no ano, para R$ 6,8 bilhões”.

O Santander destaca que a Minerva conseguiu, parcialmente, compensar o prejuízo do Brasil com melhores preços na Argentina e na Colômbia, bem como pelo resultado provindo da ALC – companhia que trabalha com cordeiros na Austrália adquirida em outubro do ano passado.

“Em nossa visão, o ritmo de ganhos deve começar a melhorar no segundo trimestre, impulsionado pela recuperação das exportações de carne bovina da América do Sul para a China (especialmente do Brasil, onde a disponibilidade de gado é ampla)”, falam os analistas do Santander, liderados por Rodrigo Almeida.

Méliuz (CASH3)

A Méliuz (CASH3) registrou um prejuízo líquido de R$ 11,9 milhões no primeiro trimestre de 2023. O número é 81% maior do que o déficit registrado no mesmo período do ano passado, quando a companhia, focada em cashback, perdeu R$ 6,5 milhões.

A alta do prejuízo vem a despeito de um avanço de 10% da receita líquida, que saltou de R$ 90 para R$ 98,7 milhões. E o avanço do faturamento acontece mesmo com o volume bruto de mercadorias (GMV, na sigla em inglês) no Shopping Brasil, principal braço da companhia, tendo recuado 17% no ano, para R$ 1,11 bilhão.

A XP destaca que, embora amplamente esperados, vê os resultados do 1T23 da Méliuz como negativos, em grande parte devido à queda maior do que o esperado nos volumes de mercadoria bruta (GMVs) no Brasil, sua maior linha de negócios.

No lado das despesas, os esforços da empresa para reduzir os custos provavelmente contribuirão para a preservação de caixa, permitindo que ela invista simultaneamente em seu negócio de cashback e aguarde o lançamento de sua, recém-anunciada, parceria com o BV, destinada a oferecer serviços financeiros.

“Portanto, vemos os resultados da Méliuz levemente pressionados até que a nova operação decole. Dito isto, a empresa reportou Ebitda e lucro líquido negativos no trimestre”, afirmam, mas apontando que os resultados do 1T23 devem ser deixados para trás e os investidores devem se concentrar no que a empresa será após o acordo com o Banco BV.

“Como resultado, apesar do trimestre negativo, reiteramos nossa visão construtiva de longo prazo em relação à empresa que surgirá após a parceria com o BV e nossa recomendação de compra”, conclui.

Já para o Itaú BBA, no geral, os resultados foram “suaves” e abaixo de suas  expectativas, embora o fraco desempenho possa ter sido pelo menos parcialmente esperado pelo mercado. O melhor controle das despesas foi, a nosso ver, o lado positivo do trimestre. Embora não tão rápido quanto o esperado, a empresa parece estar no caminho para se tornar lucrativa.

A Genial Investimentos seguiu com recomendação de manutenção dos ativos, avaliando que o  resultado da companhia ainda foi marcado por uma estrutura de custos pesada, não compensada por crescimento da receita, com uma forte desaceleração da contribuição do Bankly e uma vertical de shoppings retraindo na base anual.

Com a transferência da estrutura de custos de serviços financeiros ocorrendo apenas nas duas últimas semanas do 1T23 e tendo ainda que arcar com os custos do Bankly, a empresa ainda reportou nível de despesas operacionais que os analistas consideraram alto. Assim, veem um resultado operacional pressionado, com Ebitda negativo, apresentando piora tanto trimestral quanto anual, ainda longe do breakeven (ponto de equilíbrio) operacional almejado.

Telefônica Brasil (VIVT3)

A Telefônica Brasil (VIVT3) reportou lucro líquido de R$ 835 milhões no primeiro trimestre de 2023 (1T23), montante 11,3% superior ao reportado no mesmo intervalo de 2022, em função da forte evolução do EBIT (+17,0% a/a), que foi parcialmente compensado pelo maior nível de depreciação e amortização e das maiores despesas financeiras.

O Ebitda totalizou R$ 4,942 milhões no 1T23, um crescimento de 9,6% em relação ao 1T22.

Veja mais: 5G avança, mas ainda tem pouca participação no crescimento de receita da Vivo

Para o Credit Suisse, os resultados da Vivo subvertem a visão de que as empresas de telecomunicações não são capazes de crescer receitas acima da inflação. O faturamento, o Ebtida e o lucro líquido da companhia ficaram acima da estimativas do banco. O Credit destacou o crescimento de 12% das receitas e “bons números” tanto no segmento mobile quanto de telefonia fixa.

Excluindo as operações da Oi, o banco calcula que a receita de serviços móveis da Vivo tenha crescido 10% na comparação anual e 4% em relação ao quarto trimestre de 2022. “Vemos o forte crescimento orgânico da Vivo, bem acima da inflação, como um destaque muito positivo”, escreveram os analistas.

Os analistas do Bradesco BBI apontam os resultados como amplamente neutros para as ações, com os números operacionais em linha com as expectativas. “Embora não vejamos muito espaço para uma reclassificação de múltiplos, vemos VIVT3 oferecendo um bom rendimento de fluxo de caixa livre de dois dígitos, o que implica em um bom carregamento para os investidores”, avaliam os analistas.

A XP apontou que a Vivo reportou resultados sólidos e em linha com o esperado no 1T23. A empresa apresentou um forte crescimento na receita (+12% em relação ao ano anterior), com as receitas de serviços de fibra ótica e móvel crescendo +18% e +16%, respectivamente. No entanto, a margem Ebitda caiu 0,9 ponto percentual em relação ao ano anterior, devido a despesas operacionais mais altas do que o esperado. Já o lucro líquido foi 8% acima do esperado pela casa. “Com isso, mantemos nossa recomendação neutra e preço-alvo para o final de 2023 de R$ 49 por ação para a VIVT3”, apontam os analistas.

Ecorodovias (ECOR3)

A EcoRodovias (ECOR3) registrou lucro líquido de R$ 113 milhões no primeiro trimestre de 2023. A cifra é quase dez vezes maior do que a registrada um ano antes, de R$ 11,8 milhões.

O Ebitda foi de R$ 785,1 milhões no período, uma alta de 73,8% em relação ao primeiro trimestre de 2022.

O Credit Suisse avaliou como bons os resultados do primeiro trimestre da Ecorodovias, com destaque para o Ebitda ajustado, que ficou em R$ 805 milhões no período. Mas a grande surpresa positiva foi a Ecoporto, apresentando Ebitda de R$ 30 milhões no 1T23, mais que o dobro da geração usual de Ebitda por trimestre. Segundo os analistas, o aumento foi liderado pela maior demanda em frete geral, com um aumento de 86% nos volumes na base anual. “A desvantagem é que esse aumento da demanda não deve beneficiar a concessão por muito tempo, já que a concessão vence no próximo mês”, completam analistas.

O Credit Suisse reiterou recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) e preço-alvo de R$ 6.

Para Itaú BBA, os dados de tráfego divulgados anteriormente para o 1T23 sustentaram um bom trimestre para a Ecorodovias, que teve um importante crescimento tarifário em base consolidada, à medida que a empresa consegue aumentar rapidamente as concessões recentemente adicionadas. Isso, segundo BBA, sustentou uma melhora na margem Ebitda (receita sobre Ebitda) tanto no trimestre quanto no ano.

A equipe de research do BBA também ressalta a melhora na alavancagem financeira, medida pela relação dívida líquida/Ebitda da empresa, que caiu de 0,4 p.p. no trimestre para 3,9 vezes devido ao crescimento do Ebitda. O banco esperamos uma reação positiva na sessão desta quarta-feira (10), mas mantém classificação market perform (desempenho igual a média do mercado, equivalente à neutro) para o nome, com preço-alvo de R$ 5,50.

Na mesma linha que BBA, o Bradesco BBI pontua que a alavancagem da Ecorodovias melhorou com o forte desempenho operacional registrado no primeiro trimestre de 2023.

Na avaliação do BBI, o uso mais amplo da tecnologia de identificação automática de veículos nas operações ajuda a explicar o aumento da margem Ebitda ajustada de 7,2 p.p. na base anual (+3,8 p.p. na base trimestral), enquanto a provável adoção do sistema free-flow em futuras concessões deve trazer ganhos adicionais de eficiência para a empresa. O BBI mantém recomendação equivalente à compra e preço-alvo de R$ 13 para o ativo.

A XP vê resultados positivos, conforme esperado, destacando a tarifa média comparável +14% na base anual após uma série de reajustes positivos de pedágio e ramp-up de novas concessões suportando o crescimento do Ebitda.

Do lado negativo, analistas da XP destacam: (i) níveis de alavancagem ainda elevados reportados em 3,9 vezes a dívida líquida/Ebitda, refletindo o atual perfil elevado de capex da companhia (embora com desalavancagem versus 4,3 vezes no 4T22). A XP reitera recomendação neutra para a Ecorodovias.

Valid (VLID3)

A Valid (VLID3) registrou lucro líquido consolidado de R$ 59,6 milhões no primeiro trimestre de 2023. Assim, a companhia reverteu o prejuízo líquido de R$ 16,5 milhões obtido nos três primeiros meses do ano passado.

O Ebitda normalizado da companhia foi de R$ 149,2 milhões, crescimento de 99,1% na mesma base de comparação.

Na avaliação da Genial, o resultado do 1T23 da Valid revelou uma afável melhora operacional e financeira que deve se firmar ao longo do ano. O lucro líquido ficou 19% acima das suas projeções.

“Acreditamos que o resultado do 1T23 espelha melhor os desdobramentos do resto do ano. Ou seja, uma empresa com melhores margens, expansão de lucro, e resultados mais consistentes depois do turnaround, trazendo mais visibilidade na última linha (lucro)”, aponta, reiterando recomendação de compra, com um preço-alvo (PA) de R$ 15,30.

Armac (ARML3)

A Armac, empresa de locação de máquinas pesadas e equipamentos, registrou lucro líquido ajustado de R$ 26,2 milhões no primeiro trimestre de 2023 (1T23), montante 6,2% inferior ao reportado no mesmo intervalo de 2022.

No 1T23, a receita líquida atingiu R$ 291,5 milhões, expansão de 49,2% quando comparada com o 1T22. A receita líquida de locação atingiu R$ 256,0 milhões, crescendo 37,7% versus o 1T22.

Na avaliação do BBA, os resultados da Armac foram impactados pelas fortes chuvas que impediram a execução dos contratos, aumentando a ociosidade da frota.

Pelo lado positivo, a empresa mencionou que a demanda continua sólida e os novos contratos assinados no trimestre significarão R$ 80 milhões de receita adicional nos próximos trimestres. O BBA mantém classificação outperform e preço-alvo de R$ 20.

O BTG Pactual apontou que os números foram fracos, ainda que com a receita superando a expectativa do banco e o Ebitda em linha, mas com uma margem abaixo do esperado.

O Retorno sobre o capital investido (ROIC) ajustado foi fraco em 23% (-440 pontos-base ano a ano), refletindo maior capital investido e menor eficiência de capital de giro.

O BTG também destaca que os números do primeiro trimestre foram impactados negativamente por menores volumes devido ao forte período de chuvas, afetando principalmente os clientes dos setores de infraestrutura, mineração e agronegócio e levando a uma pior taxa média de utilização no trimestre (65%). Por outro lado, a Armac fechou novos contratos para os próximos trimestres, gerando mais de R$ 80 milhões/trimestre quando totalmente operacional e ainda relacionado ao forte capex implantado no ano passado (R$ 1,3 bilhão).

“Olhando para o futuro, esperamos que os investidores monitorem: (i) a evolução do capex; (ii) o cenário competitivo no setor de aluguel de linhas amarelas; (iii) tendências de yield; e (iv) produtividade da frota”, aponta.

O banco também lembra que, além dos resultados, a Armac também anunciou mudanças em sua equipe de gestão e Conselho de Administração. A empresa vai mudar a estrutura de co-CEO para um sistema de liderança única, elegendo Fernando Aragão como CEO, enquanto José Aragão se tornará o novo presidente do Conselho de Administração. O Presidente anterior, André Marafon, será o Vice-Presidente do Conselho de Administração. Os cargos de CFO e DRI serão ocupados por Cássio Castardelii (ex-CFO), e o novo COO será Renato dos Santos (ex-Diretor Nacional de Operações). Estas alterações, entram em vigor a 10 de maio.

Cury (CURY3)

A construtora voltada para imóveis populares Cury (CURY3) teve lucro líquido das atividades de R$ 94,1 milhões no primeiro trimestre de 2023 (1T23), um avanço de 48,4% na base de comparação com o 1T22.

O percentual atribuível à Cury (parte Cury) do lucro líquido foi de R$ 91,8 milhões, sendo 48,3% maior em relação ao 1T22. A margem líquida consolidada foi de 15,8%, enquanto a margem líquida reportada no 4T22 foi de 16,8% e de 14,2% no 1T22.

O Ebitda ajustado totalizou R$ 122,4 milhões no 1T23, um avanço anual de 51,9%. Já a receita líquida subiu 33% ano a ano, indo para R$ 595 milhões no 1T23.

O BBI avaliou os resultados como sólidos, mas em linha. A linha de receita da Cury chegou a R$ 595 milhões (+3% no trimestre, +33% no ano), 2% acima da estimativa do BBI, mas ficando 3% abaixo do consenso, impulsionada por fortes resultados operacionais devido à estratégia da empresa de concentrar uma maioria de seus lançamentos no primeiro semestre do ano.

A Cury lançou 4 empreendimentos em abril, com destaque para o “Rio Branco 220”, localizado na cidade de Niterói no Rio de Janeiro, totalizando R$ 257 milhões em VGV (Valor Geral de Vendas), com 711 unidades e 45% já vendidas.

A margem bruta atingiu 37,5% (-0,7 p.p no trimestre, +0,4 p.p em base anual), em linha com o consenso, mas superando a estimativa do BBI em +0,4 p.p. Além disso, a margem da carteira de pedidos ficou praticamente estável no trimestre, em 42% (+2,3 pp em base anual).

A Cury gerou R$ 1,8 milhão em caixa no 1T23 (-98,7% no trimestre, -89,8% em base anual). O modesto resultado pode ser atribuído a dois fatores: (1) chuvas acima do esperado no 1T23 reduziram a produção em 2,5% no trimestre; e (2) transferências de clientes para bancos caíram 12,6% no trimestre devido a gargalos com a Caixa Econômica Federal.

Segundo o BBI, o ponto de atenção no trimestre é uma diferença incomum entre o número de unidades vendidas (4,3 mil) mas não repassadas à Caixa (apenas 2,5 mil unidades repassadas), provavelmente consequência de algum descompasso de timing nos processos operacionais da Cury com a Caixa, e que os analistas esperam que seja normalizado nos próximos 1-2 trimestres.

“Ressaltamos, no entanto, que esse processo de transferência é uma característica fundamental na execução de alto nível da Cury e um dos principais pilares do modelo de negócios da empresa de rápido giro de ativos e geração recorrente de caixa. No geral, ainda gostamos da tese e vemos a Cury mantendo sua tendência positiva, mas precisamos monitorar a próxima decisão do STF sobre a remuneração do FGTS, que é fundamental para avaliar as perspectivas do programa MCMV nos próximos anos”, aponta.

A XP, por sua vez, aponta que os resultados foram excelentes, como esperado, com a receita líquida impulsionada por vendas líquidas recordes e a margem bruta mantendo uma performance resiliente. Além disso, destaca a margem a apropriar atingindo 42% (+10 pontos-base ano a ano), sugerindo uma perspectiva sólida de margem bruta olhando para frente. Assim, reitera a CURY3 como nossa principal escolha no segmento de baixa renda, com preço-alvo de R$ 17 por ação.

Camil (CAML3)

A Camil (CAML3) registrou lucro líquido de R$ 15,9 milhões no quarto trimestre do ano fiscal de 2022 (4T22), o que representa uma redução de 88,9% na comparação com o mesmo trimestre de 2021.

O resultado foi impactado negativamente pelo aumento das despesas financeiras em função da elevação de juros sobre financiamentos com aumento da taxa de juros no período.

O Ebitda ajustado totalizou R$ 157 milhões no 4T22, um crescimento de 7,7% em relação ao 1T22.

Para a XP, a Camil reportou um trimestre misto, com uma recuperação positiva em peixes enlatados, embora o ambiente de demanda difícil tenha impactado os volumes em todas as outras categorias.

“Embora não no trimestre, Massas, Café e Biscoitos & Bolachas encerraram um primeiro ano empolgante e devem ser incrementais para a Camil no médio prazo. A decepção veio da operação principal, com Grãos (Arroz, Feijão) e Açúcar com uma queda substancial no volume”, afirmam os analistas da casa.

De modo geral, os preços foram favoráveis, e o desempenho comercial no segmento internacional e as novas categorias são pontos positivos interessantes. No entanto, a alavancagem, a piora do capital de giro e a menor margem Ebitda da história da empresa (6,2%) levantam uma bandeira amarela, avaliam.

Para o Itaú BBA, a Camil divulgou resultados “suaves” no 4T22, com Ebitda de R$ 157 milhões, alta de 8% em relação ao ano anterior e apenas 2% abaixo de sua estimativa. A margem Ebitda foi de 6,2% (contra sua projeção de 6,4%), uma vez que a dinâmica mais lenta do sell-in reduziu os volumes de grãos (-18% na base anual no 4T22). No entanto, espera que a Camil apresente uma recuperação sequencial de margem daqui para frente, ajudada por uma demanda em recuperação em março (1T23 Fiscal) e o ramp up (início de produção) de seus novos negócios.

BrasilAgro (AGRO3)

A BrasilAgro (AGRO3) registrou prejuízo líquido de R$ 3,3 milhões no terceiro trimestre do ano safra 2022/2023 (3T23), revertendo lucro de R$ 81,7 milhões da mesma etapa do ano passado.

O Ebitda ajustado totalizou R$ 44,2 milhões no 3T23, um crescimento de 107% em relação ao 3T22.

Para os analistas, a companhia registrou números fracos, ainda que acima do esperado.

“A BrasilAgro reportou um trimestre fraco, embora em grande parte como esperado, com margens ligeiramente acima de nossas estimativas de 23,1% (+67 pontos-base versus a projeção)”, aponta a XP.

A forte base de comparação com o 3T22 (FY 1T22) deve pesar na leitura do trimestre, sobretudo devido à volatilidade das commodities e custos mais altos. “Conforme divulgado pela empresa em abril, a operação imobiliária continua a nos surpreender com preços de terras acima do esperado, apesar do ambiente de altas taxas de juros e da incerteza das perspectivas econômicas sugerirem o contrário”, avalia.

Os analistas da XP acreditam que os preços das principais commodities devem continuar em tendência de baixa, especialmente soja e milho, portanto pesando sobre o desempenho das ações, mas produção de cana-de-açúcar poderia ajudar a compensar esse impacto, embora a perda de produtividade em algumas áreas continue sendo um problema.

A Genial avalia que foi um trimestre fraco para a empresa, um pouco acima das suas expectativas, impactado pela estiagem de algodão (volume -40% inferior ao orçado), pelos preços mais baixos das commodities e pelo aumento dos custos.

“Apesar disso, entendemos que o ano de 2023 (ano calendário) será bom para a empresa. Porém, temos perspectivas negativas para as commodities agrícolas em 2024 (ano calendário). Sendo assim, mantemos nossa recomendação de compra, mas estamos cortando o nosso preço-alvo de R$ 40,00 para R$ 30,00”, destaca a casa.

Infracommerce (IFCM3)

A Infracommerce (IFCM3), empresa dedicada a serviços voltados ao e-commerce, reportou aumentou de 34,1% no prejuízo líquido no primeiro trimestre de 2023 em relação a igual período do ano passado, saindo de R$ 59,2 milhões para R$ 79,5 milhões. A margem líquida piorou 6,7 pontos percentuais, para 37,3%. Em termos ajustados, o prejuízo subiu 92,4% na mesma base de comparação, para R$ 61,4 milhões.

Por outro lado, a receita líquida da companhia avançou 10,1%, chegando a R$ 214,2 milhões, e lucro bruto de R$ 90,8 milhões (+11,2%). A margem bruta avançou 0,4 ponto, para 42,4%. O CFO da Infracommere, Fábio Bortolotti, afirma que a receita obtida no trimestre foi na contramão do mercado, que apresentou recuou no mesmo comparativo.

Para o Itaú BBA, os resultados foram negativos devido ao crescimento da receita mais fraco do que o esperado devido a uma decepção com o GMV e take-rate, mas foram parcialmente compensados por uma margem Ebitda melhor, em 12,1% (91 pontos-base acima do esperado pelo banco).

“Embora a empresa tenha atribuído o fraco desempenho de crescimento ao churn de clientes específicos, que ainda deve pressionar o 2T23, reiterou sua orientação para o ano de Ebitda ajustado (R$ 150-170 milhões) e capex (R$ 120-140 milhões). No entanto, o que mais nos preocupou foi o aumento da dívida líquida/Ebitda (nos últimos doze meses), para 4,4 vezes (ante 2,1 vezes no último trimestre), o que acreditamos ser um risco no curto prazo”, avaliam os analistas do banco.

Assim, os analistas do BBA mantêm uma visão conservadora sobre o caso, dado que o modelo de capital pesado provavelmente exigirá mais investimentos no futuro. A recomendação para o ativo é equivalente à neutra, com preço-alvo de R$ 6.

O Citi, por sua vez, tem recomendação de compra para os ativos, com preço-alvo de R$ 4,50, ainda que veja a ação como de “alto risco”. O banco aponta os destaques da tele da companhia, em que a companhia reiterou objetivo de melhorar a lucratividade e que continua confiante no cumprimento do guidance, levando em conta que o desempenho do primeiro semestre já está em linha com o seu plano inicial.

As ações para atingir o breakeven são acelerar as sinergias de fusões e aquisições, priorizar projetos de maior retorjno e ajustar a estrutura corporativa. A maior parte deles começou a ocorrer em abril, então a economia estimada entre R$ 120 milhões e R$ 140 milhões deve refletir no desempenho dos próximos trimestres.

“Como resultado, eles esperam alcançar maior lucratividade e gradualmente reverter as tendências de lucro, apesar das taxas de juros ainda elevadas. Portanto, não veem necessidade de qualquer aumento de capital no curto prazo”, afirmam.

Enjoei (ENJU3)

A Enjoei (ENJU3), empresa de marketplace voltada para venda de produtos usados, teve prejuízo líquido de R$ 9,03 milhões no primeiro trimestre de 2023 (1T23), perda 71% menor na comparação com igual período do ano passado (1T22).

A receita líquida avançou 17,7% na base de comparação anual, totalizando R$ 35,9 milhões.

A XP aponta que a Enjoei  divulgou bons resultados no primeiro trimestre, com uma forte expansão de margem bruta e o primeiro resultado trimestral com geração de caixa operacional. “Mantemos nossa recomendação Neutra, com preço-alvo de R$1,20/ação”, afirma.

O GMV total caiu 11% na base anual (quase estável no trimestre), já que a companhia tem otimizado os investimentos em marketing para focar na rentabilidade, embora deva-se notar que o GMV de moda aumentou 13% ano a ano. Apesar da desaceleração do GMV, a receita líquida cresceu +17%, suportadas por um take-rate mais alto, em 16,7% (+4 p.p.), novas linhas de receita do Enjubank e incentivos mais baixos.

A expansão da margem bruta foi o grande destaque, aumentando 13,2 pontos percentuais em relação ao ano anterior, atingindo o nível mais alto em 3 anos (44,4%), decorrente de ajustes comerciais, novas linhas de receita e controle de custos, com lucro bruto mais que suficiente (125%) para cobrir as despesas de SG&A (ex-marketing). O Ebitda ajustado (ex-plano de opção de compra de ações sem efeito caixa) foi de -R$ 5,6 milhões (em comparação com com a projeção da XP em -R$ 12 milhões) com menores investimentos em marketing e fácil base de comparação (1T22 com despesas não recorrentes).

“Interessante notar que i) a diretoria ainda vê espaço para uma maior expansão da margem bruta; enquanto ii) a empresa deve gradualmente retomar um novo ciclo de crescimento a partir do segundo trimestre, mantendo níveis saudáveis de margem bruta”, apontam os analistas.

O BBI vê os resultados como neutros, dadas as tendências fracas de crescimento que podem ofuscar os avanços na rentabilidade. “Somos também da opinião de que essa é abordagem correta: não acelerar os investimentos (e queima de caixa) até que o ponto de equilíbrio seja atingido)”, afirmam.

Do outro lado, a melhora sequencial do Ebitda, que não se reverteu em geração de caixa no 4T22, é mais visível na geração de caixa do 1T23 – métrica chave para o caso de investimento no estágio atual.

“Em suma, embora reconheçamos o bom trabalho feito em take rate e em margens, a desaceleração do GMV nos chamou a atenção, pois a escala continua sendo fundamental para que esse negócio gere retornos atraentes. Além disso, a penetração da moda – um dos principais impulsionadores da  take rate – parece ter interrompido sua expansão, pois agora representa cerca de 80% do GMV da Enjoei. No futuro, esperamos que a Enjoei continue dando pequenos passos para atingir o equilíbrio do Ebitda, já que o foco da administração em 2023 permanece na lucratividade e nas iniciativas de fluxo de caixa”, aponta.

Globalmente, a empresa continua a fazer progressos estratégicos, embora as atuais condições de mercado permaneçam claramente desfavoráveis para empresas deficitárias e/ou com falta de fluxos de caixa positivos. O BBI mantém recomendação neutra para a ação e preço-alvo de R$ 1,20.

Frasle Mobility (FRAS3)

A fabricante de autopeças Frasle Mobility (FRAS3), ex Fras-le, obteve lucro líquido de R$ 90,4 milhões no primeiro trimestre de 2023 (1T23), o que representa um crescimento de 224,4% na comparação com igual etapa do ano passado.

A empresa atribui o resultado a estratégia de compras do último trimestre protegeram a companhia de repasses de preços na cadeia de suprimento, variação do câmbio, inflação na Argentina e sinergias entre todas as empresas do conglomerado.

Os resultados foram considerados bastante positivos por analistas de mercado.

A XP Investimentos elevou a recomendação de Frasle Mobility de compra para neutra e introduziu um preço-alvo para o fim de 2023 de R$ 13,00 (+34% de potencial de valorização).

Após um conjunto considerado impressionante de resultados do 1T23 (Ebitda +41% versus nossas estimativas e +67% no ano) e um forte guidance reportado para 2023, os analistas da XP acreditam que o valuation agora está excessivamente descontado (40% abaixo de sua média histórica), reforçado pelo powerhouse de reposição da Frasle e pela sua contraciclicidade de receita – um modelo de negócios escasso em meio às empresas listadas.

Além disso, a XP vê iniciativas inovadoras, como Composs e potenciais fusões e aquisições como opcionalidades possíveis para o cenário base – nesse sentido, dada a posição confortável de balanço da Frasle, estima que aquisições adicionais poderiam levar o preço-alvo a até R$ 17,30 por ação, ou 78% de potencial de valorização em relação aos preços atuais.

O Bradesco BBI comenta que a Frasle Mobility surpreendeu o mercado com expressivo crescimento de margem bruta no primeiro trimestre deste ano.

De acordo com BBI, a elevação da margem foi fruto da reprecificação em algumas linhas de produtos da empresa, combinado com preços mais baixos de matérias-primas e custos de frete internacional, assim como uma inflação mais estabilizada nos mercados americano e europeu.

O Ebitda ajustado foi de R$177 milhões no período, superando as estimativas do BBI e do consenso de mercado em 30% e 35%, respectivamente.

Yduqs (YDUQ3)

A Yduqs (YDUQ3) reportou lucro líquido de R$ 149,5 milhões no primeiro trimestre de 2023 (1T23), montante 96,6% superior ao reportado no mesmo intervalo de 2022 e acima dos R$ 111,6 milhões previstos pelo consenso Refinitiv.

O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado totalizou R$ 484,4 milhões no 1T23, um crescimento de 21% em relação ao 1T22 e acima do consenso Refinitiv, que previa Ebitda de R$ 473,6 milhões.

A XP aponta que os destaques foram: (i) um aumento de receita de dois dígitos na base anual, com os segmentos Premium e Digital compensando a queda na receita do Presencial; (ii) a margem Ebitda em alta de 3,3 pontos percentuais (p.p.) na comparação anual, impulsionada pelo aumento contínuo da relevância do segmento Premium e pela aceleração do segmento Digital; e (iii) o índice de alavancagem estável da empresa, em 2,8 vezes, mesmo em meio a taxas de juros mais altas.

“Em nossa visão, os resultados foram sólidos e o guidance para o 2T23 aponta para uma aceleração do processo de recuperação”, avalia.

O Credit Suisse tem como principal destaque o reajuste de tickets próximo ou acima da inflação para todas as unidades de negócio, que pode indicar uma concorrência mais saudável (reajuste no presencial foi de 6% na media e para os novos alunos aumentou para 3,7%; no EAD foi de 3,2% e para novos alunos esta em 15%). Para os analistas, se as tendências atuais continuarem e a evasão não aumentar daqui para frente, a empresa pode dar início a um crescimento de receita, mesmo com as pressões no presencial. No entanto, o macro incerto pode continuar prejudicando a recuperação da base de alunos do presencial se o financiamento estudantil do governo não aumentar, pondera.

O Bradesco BBI aponta os resultados fortes e acima das estimativas do BBI (7% acima na linha do Ebitda ajustado; 70% no lucro líquido ajustado).

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Os principais destaques no trimestre para os analistas do banco foram: (i) o FCFE (fluxo de caixa ao acionista), de R$ 109 milhões (+37% em base anual) apesar do aumento de R$ 19 milhões no capex (o capex deve cair R$ 61 milhões no restante do ano); (ii) a receita cresceu 10% em base anual, com forte recuperação do ticket médio (15% em Ensino Digital impulsionado por captação via DIS, 4% em Presencial, 6,5% em Medicina), enquanto a captação caiu 19% no Ensino Presencial, mas cresceu 18% em Ensino Digital; e (iii) margem Ebitda em alta de quase 4 p.p. em base anual para 30% excluindo IFRS 16.

“Os resultados confirmam nossa visão positiva para 2023 e a recente revisão para cima nas estimativas. Reiteramos a Yduqs como nossa melhor escolha no setor de educação”, avaliam, citando o valuation, a dinâmica de ganhos e revisões para cima à frente e nenhum risco relacionado a incentivos fiscais e possível reforma tributária.

Mais resultados

Eternit (ETER3)

A Eternit (ETER3), em recuperação judicial, registrou lucro líquido de R$ 22 milhões no primeiro trimestre de 2023, uma queda de 48% na base de comparação anual (1T22), ainda que com um avanço de 56,8% frente o 4T22. Já o lucro recorrente foi de R$ 23,137 milhões, queda anual de 27,3%.

A receita líquida, por sua vez, foi de R$ 296,38 milhões, um avanço anual de 14,1%.

CSU Digital, ex-CSU Cardsystem, CSUD3

A CSU Digital, ex-CSU Cardsystem, reportou aumento de 30,7% no lucro líquido no primeiro trimestre de 2023 em relação a igual período do ano passado, saindo de R$ 15,5 milhões para R$ 20,2 milhões.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 43,5 milhões, alta anual de 11%. Isso levou a uma alta da margem Ebitda de 3 p.p. (pontos percentuais), para 32,8%.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.