Após IBC-Br, analistas apostam em crescimento mais forte para este ano

MCM Consultores e Votarantim Corretora acreditam que a atividade econômica deve entrar em trajetória favorável

Edilaine Felix

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SÃO PAULO – O Banco Central divulgou nesta manhã que a atividade econômica brasileira recuou em novembro, segundo dados do IBC-Br (Índice Mensal de Atividade do BC). Na avaliação da MCM Consultores, a recuperação do índice em novembro apoiou-se na maior atividade do comércio e da indústria. Contudo, em dezembro, a variação do índice será mais contida.

Para a MCM, é provável que o IBC-Br encerre o trimestre com variação nula ou ligeiramente positiva em relação ao terceiro trimestre do ano, “sugerindo comportamento semelhante para o PIB (Produto Interno Bruto) no mesmo período, compatível com crescimento de 2,8% em 2011 sobre 2010”, analisa.

Por sua vez, os analistas da Votorantim Corretora, Roberto Padovani, Alexandre Andrade e Bruno Surano, enfatizam que mesmo diante do resultado da atividade econômica, a corretora não fez revisões nas expectativas para o comportamento do PIB no quarto trimestre em 2011. “Continuamos com a expectativa de alta de 0,2% do PIB no quarto trimestre em relação ao terceiro, considerando dados com ajuste sazonal. Assim, em 2011, o PIB deve registrar expansão de 2,8%”.

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Atividade econômica mais forte em 2012
Na visão da MCM, embora não seja suficiente para impulsionar o desempenho do PIB no final de 2011, a retomada da atividade econômica nos últimos meses de 2011 reforça o cenário de crescimento mais forte este ano, “particularmente no segundo semestre, impulsionado pela política econômica pró-crescimento e pela retomada dos investimentos públicos”.

Os analistas da Votorantim concordam com essa avaliação e ressaltam que, apesar do avanço do PIB ser relativamente pequeno, o resultado é sustentado por uma recuperação na atividade da indústria, especialmente na de transformação, assim como em uma melhora nos indicadores de produção e vendas da indústria automotiva nacional.

“Isto, somado ao desempenho relativamente positivo que se espera para o varejo no final de 2011, deve garantir que a economia entre em 2012 numa trajetória mais favorável, em linha com o nosso cenário de resposta da atividade econômica às medidas de estímulo implementadas pelo governo”, acreditam os analistas da Votorantim.

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Desta forma, a MCM enfatiza que esta evolução certamente não será homogênea nos meses de 2012, porém apresentará diferenças setoriais importantes. A consultoria exemplifica que no setor automotivo, o crescimento mais lento das vendas e os estoques elevados deverão implicar produção em queda no início deste ano. “De qualquer forma, os últimos indicadores são compatíveis com nossa projeção de aumento de 3,2% para o PIB neste ano, sobre 2011”.

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