Após forte volatilidade, dólar tem leve queda e se aproxima da mínima do ano

Com Petrobras ainda em foco, investidores avaliaram discurso de Mantega, intervenção do BC e projeções de analistas

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Após operar predominantemente em alta durante a manhã e inverter essa trajetória durante a tarde, o dólar comercial manteve-se entre perdas e ganhos nos instantes finais de negociação, fechando esta segunda-feira (27) com leve queda de 0,06%, sendo cotado na venda a R$ 1,71, se aproximando ainda mais da sua mínima do ano, de R$ 1,708, alcançada no último dia 14.

Com a escassez de indicadores na agenda internacional e com a pauta doméstica trazendo apenas as novas projeções do mercado no relatório Focus – que voltou a mostrar maiores números para tanto para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) quanto para a inflação em 2010 -, o centro das atenções voltou a ficar com a Petrobras (PETR3, PETR4) e seu processo de capitalização, com as ações ofertadas pela petrolífera estreando na BM&F Bovespa.

Em meio à expectativa de que um forte fluxo de capital estrangeiro tenha entrado no País por conta dessa capitalização, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que espera uma “calmaria” no mercado cambial durante os próximos dias. Contudo, caso a moeda brasileira continue se valorizando, novas medidas poderão ser adotadas pelo governo. “Estaremos levando em consideração os instrumentos que temos para agir”, disse Mantega.

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Compra de dólares
O ministro ainda ressaltou  que o governo não permitirá a “sobrevalorização” do real, fazendo coro às medidas adotadas recentemente, tais como a dupla rodada de leilões diários de compra de dólar pelo Banco Central e a permissão do Fundo Soberano para operar com moeda estrangeira.

E por falar nessas intervenções, o Banco Central realizou apenas uma compra de dólares no mercado cambial à vista nesta segunda-feira. A operação ocorreu entre as 15h55 e as 16h00 (horário de Brasília), com uma taxa de corte aceita em R$ 1,7094.

Projeções divergentes para a taxa de câmbio
Segundo Sidnei Nehme, economista da NGO Corretora, “há indicativos de que poderemos ter que utilizar uma pequena parcela das nossas reservas cambiais para financiar o déficit, e este é um sinal que deve exercer pressão altista no preço da moeda norte-americana”. 

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Por outro lado, Miriam Tavares, diretora de câmbio AGK Corretora, afirma que “mesmo depois de encerrada a influência deste evento (capitalização da Petrobras), o câmbio deve continuar pressionado para baixo, uma vez que várias empresas se preparam para recorrer ao mercado para se financiar”. Ela acrescenta ainda que muitas operações desse mesmo tipo já estão programadas.

Dólar a R$ 1,71
O dólar comercial fechou cotado a R$ 1,7080 na compra e R$ 1,7100 na venda, leve baixa de 0,06% em relação ao fechamento anterior. Com esta queda, o dólar acumula desvalorização de 2,68% em setembro, frente à alta de 0,06% registrada no mês passado. No ano a desvalorização acumulada da moeda norte-americana já chega a 1,79%.

Dólar futuro na BM&F também fechou em queda
Na BM&F, o contrato futuro com vencimento em outubro  encerrou o dia cotado a R$ 1.712, leve baixa de 0,12% em relação ao fechamento de R$ 1.714 da última sexta-feira. O contrato com vencimento em novembro, por sua vez, também fechou em leve baixa, atingindo R$ 1.724 frente à R$ 1.726 do fechamento de sexta-feira.

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O dólar pronto, que é a referência para a moeda norte-americana na BM&F Bovespa, registrava R$ 1,7084000.

FRA de cupom cambial
Por fim, o FRA de cupom cambial, Forward Rate Agreement, referência para o juro em dólar no Brasil, fechou a 1,88 para novembro de 2010, 0,14 ponto percentual acima do que foi registrado na sessão anterior.

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