Após forte alta na véspera, dia poderá ser marcado por acomodação nos mercados

Impasse na Grécia segue no radar dos investidores; leilão de títulos europeus também deve ser considerado

Graziele Oliveira

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SÃO PAULO – Após o Ibovespa fechar em sua máxima desde maio de 2011, e com agenda de indicadores econômicos pouco movimentada, o pregão desta quinta-feira (2) dependerá da movimentação externa, segundo analistas.

“Na Europa segue o acompanhamento do caso da Grécia, após diversas informações darem conta que o acordo seria alcançado nos próximos dias. Nos EUA, véspera da divulgação dos dados do payroll, os investidores ficam de olho nas declarações de Ben Bernanke na Câmara, além do dado semanal de pedidos de auxílio-desemprego”, aponta a diretora da AGK Corretora de Câmbio, Miriam Tavares.

Além disso, o mercado de títulos também deve ser monitorado nesta data. “O mercado de títulos franceses tem se mantido estável nas últimas semanas e esperamos que o leilão seja relativamente bem recebido”, diz Frank Oland Hanse, economista-chefe do Danske Bank.

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E foi exatamente isso que aconteceu nesta manhã. A França vendeu títulos de longo prazo a taxas mais baixas e vem consolidando uma sólida demanda por parte dos investidores nas últimas semanas, mesmo depois da Standard & Poor rebaixar seu rating em janeiro.

O mesmo caminho foi traçado pelo leilão de títulos da Espanha, que também pagou aos investidores rendimento menores. A procura por dívida nos países da Zona do Euro está sendo apoiada pelo programa de empréstimos do BCE (Banco Central Europeu) de três anos, que conduziu uma operação em dezembro e a repetirá em 28 de fevereiro.

Resultados mistos e fusão de mineradoras
Porém, após a forte alta as principais bolsas europeias na véspera, estas operam sem trajetória definida nesta manhã, com destaques para as de Londres (-0,11%), Paris (+0,02%) e Frankfurt (+0,16%). 

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“Na Europa, as bolsas trabalham com resultados mistos, próximas a estabilidade, refletindo a divulgação dos resultados corporativos, que foram apresentados abaixo das expectativas e pela possibilidade de fusão entre as mineradoras Xstrata e Glencore. As ações destas mineradoras registram fortes altas no momento”, explica Roberto Indech da Rico Corretora.

Por fim, Miriam Tavares reforça a tendência do cenário interno nesta quinta-feira. “No Brasil, sem dados domésticos de peso, bolsa e câmbio ficam na dependência do cenário externo, mas é provável que haja alguma acomodação”, conclui.

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