Ânima (ANIM3): JPMorgan eleva recomendação para compra e coloca como top pick de educação; ação sobe 3,5%

Banco vê recuperação do negócio de campus em massa no segundo semestre devido a readequação dos custos, além de possíveis adições de novas vagas de Medicina

Felipe Moreira

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O JPMorgan elevou recomendação para a ação da Ânima (ANIM3) de neutro para overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra), além de destacar o papel como sua principal escolha no setor de educação (top pick).

Já o novo preço-alvo foi definido em R$ 6,50 para o final de 2024, o que representa um potencial de valorização de 77% frente a cotação de fechamento da última sexta-feira (25) de R$ 3,68.

Com isso, os ativos ANIM3 fecharam com ganhos de 3,53%, a R$ 3,81; na máxima do dia, chegaram a subir 7,88%, a R$ 3,97.

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A instituição financeira diz que sua recomendação é baseada na expectativa de recuperação do negócio de campus em massa no segundo semestre devido a readequação dos custos do corpo docente, aliada a reduções nas despesas gerais e administrativas e nas bolsas de estudo. Isso deve ajudar o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado a acelerar para 12% no 2º semestre.

Em segundo lugar, a Ânima deve se beneficiar de uma possível reformulação do FIES (programa de financiamento estudantil), uma vez que os campi em massa representam 65% de suas receitas, em comparação com 41% da Yduqs (YDUQ3) e 24% da Cogna (COGN3). O JPMorgan estima que sob um FIES, 150 mil contratos adicionais aumentariam as margens de campus em massa em 5 pontos percentuais e aumentariam seus volumes em 15%, elevando o preço-alvo para R$ 11 (alta de cerca de 200%).

Outro fator chave é a melhora do ambiente regulatório na área de Medicina e analistas acreditam que a Ânima pode conquistar novas vagas. A empresa de educação tem nove solicitações em estágio avançado no Ministério da Educação, das quais sete já receberam visitas técnicas. O JPMorgan espera que a Ânima poderia obter cerca de 100 a 300 vagas.

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Além disso, a recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) deve manter o equilíbrio entre oferta e demanda de cursos de medicina, restringindo a abertura de novas unidades apenas para o programa Mais Médicos, com exceção de solicitações avançadas.

O JPMorgan destaca ainda que a ação da Ânima ficou para trás em relação aos principais concorrentes no ensino superior, caindo 5% no ano, em comparação com +110% da Yduqs (YDUQ3) e +41% da Cogna (COGN3). A ação da Ânima é negociada com desconto em relação aos concorrentes, a 5,0 vezes Valor da Firma (EV)/ Ebitda em comparação com 5,9 vezes da Yduqs, 5,5 vezes da Cogna e 5,1 vezes da Ser (SEER3), apesar de possuir ativos de qualidade, especialmente na área de medicina, o que justificaria um pequeno prêmio.

Por outro lado, analistas pontuam que a Ânima é a empresa de ensino superior com maior alavancagem sob cobertura do JPMorgan, com uma relação dívida líquida/EBbitda de 4,4 vezes, e pequenas variações no valor da empresa causam grandes alterações no valor do patrimônio (embora esperem que desta vez isso beneficie o patrimônio).

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