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O corte de produção anunciado pelos integrantes da Opep+ e, como efeito, a apreciação do preço do barril no mercado internacional não devem ter efeitos imediatos sobre os preços de derivados praticados no Brasil pela Petrobras (PETR3;PETR4), na avaliação de Marcelo de Assis, analista de óleo e gás da Wood Mackenzie. Mas ele acrescenta que, com o novo quadro, “diminui bastante” o espaço para quedas de preços em refinarias, sobretudo no caso da gasolina.
Ele lembra que, de um lado, a companhia ganha em receita, por ser produtora e exportadora de petróleo, mas sofre aumento de pressão política e inflacionária relacionada ao combustível.
Já Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master, afirma que o preço nas bombas só terá um aumento expressivo se o barril ultrapassar os US$ 90. Se esse for o caso, avalia ele, haveria uma melhora do lado fiscal, já que governo arrecada mais, mas poderia haver uma piora para a trajetória da inflação no país.
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Professor de MBAs da FGV, Mauro Rochlin vê outra questão: a indefinição sobre a nova política de preços da Petrobras. Há incertezas se os preços continuarão atrelados aos valores negociados no mercado internacional.
O presidente da estatal, Jean Paul Prates, afirmou no começo de março que não haverá intervenção do governo, mas que a política de paridade de importação (PPI) pode mudar.
Em entrevista à GloboNews, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, classificou ontem como exagerada a reação de preços no mercado internacional ao anúncio de redução da oferta de petróleo pela Opep+.
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“Teve um overshooting. Um milhão de barris não é para dar 6% de aumento do preço do barril”, disse ele. “Pode ser que a Opep queira manter o petróleo em um patamar mínimo, para não deixar ocorrer o que aconteceu em outros tempos, quando caiu a US$ 60, US$ 50, US$ 40.”
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