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A Suzano (SUZB3) registrou um lucro de R$ 182 milhões no segundo trimestre de 2022 (2T22), informou a companhia de papel e celulose ontem (27). O resultado representa um recuo de 98% na comparação com o mesmo período do ano passado. No pós-balanço, na sessão desta quinta-feira (28), os ativos SUZB3 chegaram a subir, mas fecharam próximos à estabilidade, com variação positiva de 0,21%, a R$ 46,95.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) da Suzano no 2T22 de R$ 6,3 bilhões ficou em linha com as expectativas do Bradesco BBI, registrando melhorias nos volumes e preços praticados (com mais por vir nos próximos trimestres), enquanto os custos permanecem elevados (embora ligeiramente inferiores no trimestre).
Analistas do BBA também comentam que este resultado é “justificado por maiores volumes de vendas e de preços de celulose somados a menores paradas de manutenção, que mais do que compensaram a apreciação do real no período”.
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A geração de caixa (excluindo os investimentos para o crescimento) foi de R$ 4,5 bilhões, e os níveis de alavancagem permaneceram contidos.
O caixa operacional de R$ 5,5 bilhões ficou significativamente acima da estimativa do Morgan Stanley de R$ 4,6 bilhões por conta de menores necessidades de capital de giro (principalmente maiores contas a pagar).
Olhando para o futuro, a equipe de research do BBI espera que os lucros sigam em alta, “com base em volumes saudáveis e melhoria nos preços da commodity, uma vez que os aumentos de preços continuam a fluir através dos resultados”.
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Sobre o perfil de endividamento, a dívida líquida da Suzano subiu para R$ 54,9 bilhões no período (de R$ 49,7 bilhões no primeiro trimestre), “devido ao impacto negativo da depreciação do real no final do período sobre a dívida dolarizada”, explicam analistas do BBA.
Por outro lado, a alavancagem medida pelo indicador dívida líquida/Ebitda em dólares caiu para 2,3 vezes, ante 2,4 vezes um trimestre antes, devido ao melhor Ebitda acumulado nos últimos doze meses.
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Entre outros pontos, BBA ressalta o anúncio de investimentos de R$ 2,5 bilhões para o ano de 2022 (totalizando R$ 16,1 bilhões) e mais um programa de recompra de aproximadamente 20 milhões de ações. Apesar de pequeno, analistas enxergam o anúncio como positivo, pois sugere que a companhia acredita que a aquisição de suas próprias ações nos níveis atuais pode criar valor para o acionista.
No geral, analistas do BBI continuam achando que os fundamentos da celulose surpreenderão pelo lado positivo (em relação às expectativas) para o restante deste ano e 2023, enquanto o valuation de SUZB3 parece precificar uma forte deterioração dos fundamentos.
Para o segundo semestre, a Eleven também que o cenário atual de oferta restrita de celulose se mantenha, com a companhia se beneficiando dos aumentos de preço de celulose que ainda não foram totalmente contemplados nos resultados.
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“Para o mercado de papel, esperamos que sazonalidade do período possa impulsionar as vendas de embalagens de papel cartão e um aquecimento dos papeis de imprimir e escrever com as eleições”, apontam os analistas. A Eleven possui recomendação de compra para a ação, com preço-alvo de R$ 68, ou potencial de alta de 45% frente o fechamento da véspera.
Para BBI, a ação negocia 4,9 vezes o múltiplo de valor da empresa sobre o Ebitda esperado para 2023, o que considera bastante atrativo e, por conta disso, mantém recomendação de compra e o preço-alvo de R$ 80,00 frente a cotação de fechamento de quarta, ou potencial de valorização de 70,8%.
O Itaú BBA também tem recomendação de compra para Suzano, mas com preço-alvo de R$ 72, o que representa potencial de alta de 53,7%
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Já o Morgan Stanley manteve a recomendação de equal-weight (equivalente à neutro) , com preço-alvo de R$ 57, um potencial de valorização de 21,7%.
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