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SÃO PAULO – No radar InfoMoney desta quinta-feira (28), o destaque fica para a temporada de resultados: a Petrobras reverteu prejuízo e tem 1º resultado positivo anual desde 2013, a Ambev registrou lucro ajustado de R$ 3,724 bilhões, enquanto o Burger King viu lucro subir 283% no 4º trimestre. Mais 9 balanços do 4º trimestre também estão no radar.
Confira esses e mais destaques corporativos de hoje:
Petrobras (PETR3; PETR4)
A Petrobras teve seu primeiro resultado anual positivo desde 2013 e lucrou R$ 25,8 bilhões em 2018. No trimestre, a empresa reverteu o prejuízo de R$ 5,48 bilhões registrou um lucro líquido de R$ 2,10 bilhões entre outubro e dezembro de 2018. Confira a matéria completa neste link.
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No período, a companhia somou um Ebitda (Lucros Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização, na sigla em inglês) de R$ 29,16 bilhões, uma alta de 124,55%. Já a margem Ebitda passou de 17%, para 31%.
“Nós temos uma avaliação levemente positiva dos resultados da Petrobras no 4T18, dado que o EBITDA ajustado da companhia veio em linha com nossa estimativa, mas acima do consenso de mercado. Destacamos também a sólida geração de caixa no trimestre e a redução do endividamento, e notamos que a empresa conseguiu superar a sua meta de redução da relação Dívida Líquida / EBITDA de 2,5x ao final de 2018”, escreve Gabriel Francisco, analista da XP Research.
Ainda no radar da companhia, a Petrobras afirmou não reconhecer responsabilidade sobre as alegações de investidores que entraram com 5 pedidos de arbitragem contra a empresa na Câmara de Arbitragem de Mercado da B3.
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Por outro lado, a Petrobras disse que poderia usar metade do valor já pago por conta do acordo de assunção de compromissos celebrado com o Ministério Público Federal, “para satisfazer eventuais condenações nestas arbitragens”.
Ambev (ABEV3)
A Ambev registrou um lucro líquido de R$ 3,36 bilhões entre outubro e dezembro de 2018. As vendas líquidas somaram R$ 16,02 bilhões, acima da maior estimativa compilada pela Bloomberg, de R$ 15,55 bilhões. Já o Ebitda ajustado ficou em R$ 7,48 bilhões, com margem de 46,7%.
Já o lucro líquido ajustado, que exclui eventos extraordinários do resultado, foi de R$ 3,724 bilhões no quarto trimestre, queda de 17,3% na base anual e totalizando R$ 11,591 bilhões no consolidado do ano.
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No acumulado do ano, a companhia teve lucro de R$ 11,4 bilhões, uma receita líquida de R$ 50,2 bilhões e um Ebitda ajustado de R$ 21,1 bilhões, com margem de 42%.
Segundo a equipe de research da XP Investimentos, os resultados vieram “mistos”, com forte Ebitda, mais fraco lucro. “O lucro líquido normalizado foi 19,5% abaixo de nossas estimativas em R$ 3.725 milhões devido a despesas financeiras mais altas que o esperado (10% abaixo do consenso e 17% abaixo do ano anterior)”, escreve a analista Betina Roxo.
Vale (VALE3)
A agência de classificação de risco Moody’s rebaixou o rating das debêntures de infraestrutura da Vale de ‘Baa3’ para ‘Ba1’ em escala global e para ‘Aaa.br’ em escala nacional. A perspectiva para as notas é negativa.
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De acordo com a Moody’s, o rebaixamento deve-se ao aumento dos riscos de crédito após a tragédia em Brumadinho, assim como as “consideráveis incertezas’ associadas ao impacto total.
Burger King (BKBR3)
O Burger King apurou um lucro líquido de R$ 83,6 milhões no 4º trimestre de 2018, um aumento de 283% em relação ao mesmo período do ano anterior. Segundo a companhia, o resultado é reflexo de um crescimento da receita operacional, alavancagem operacional e ao efeito não recorrente do reconhecimento do imposto de renda deferido ativo no valor de R$ 30 milhões.
A receita líquida da companhia fechou o trimestre em R$ 718,1 milhões (+37,4%), enquanto o Ebitda (Lucros Antes e Juros, Impostos, Depreciação e Amortização, na sigla em inglês) somou R$ 109 milhões no trimestre, alta de 62,7%.
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De acordo com os analistas do Bradesco BBI, os resultados vieram fortes, com lucro acima das expectativas, crescimento robusto de Vendas Mesmas Lojas e aumento de Ebitda. “Apesar do forte desempenho das ações nos últimos seis meses, o Burger King continua sendo um dos nossos nomes favoritos devido ao passo acelerado de sua expansão, forte execução de iniciativas de marketing e sua posição em uma categoria ainda pouco consolidada, que toma uma parte crescente dos gastos do consumidor”, escrevem os analistas.
Marfrig (MRFG3)
A Marfrig apurou um lucro líquido atribuído ao controlador de R$ 2,2 bilhões no último trimestre de 2018. A receita líquida no período foi de R$ 10,4 bilhões, alta de 236% na comparação anual. O Ebitda ajustado, por sua vez, somou R$ 877 milhões (+215%).
Fleury (FLRY3)
O grupo Fleury teve um lucro líquido de R$ 58,2 milhões no 4º trimestre, queda de 10% na comparação anual. No período, a receita líquida somou R$ 654,8 milhões (+12,5%) e o Ebitda ficou em R$ 145,4 milhões (+11,2%), com margem de 22,2%.
Movida (MOVI3)
A Movida reportou um lucro líquido de R$ 52 milhões no 4º trimestre de 2018, alta de 160% em relação ao mesmo período de 2017. A companhia teve uma receita líquida de R$ 713 milhões (+25%) e um Ebitda de R$ 142 milhões (+66%).
“A Movida reportou números saudáveis e levemente acima das expectativas, trazendo mais um trimestre de melhora sequencial nos volumes e nas margens”, escreve a equipe de research da XP Investimentos.
EDP Brasil (ENBR3)
A EDP registrou no 4º trimestre do ano passado um lucro líquido de R$ 524 milhões, crescimento de 161,3%. A receita líquida recuou 16,1%, para R$ 2,97 bilhões, enquanto o Ebitda somou R$ 847,3 milhões (+50,8%), com margem de 28,7%.
No acumulado de 2018, a companhia registrou seu maior lucro da história: R$ 1,27 bilhão, alta de 108% em relação ao resultado de 2017. A receita líquida, excluindo receita de construção, foi de R$ 12,8 bilhões (+9,6%) e o Ebitda ficou em R$ 2,76 bilhões (+26,6%).
Na opinião dos analistas do Itaú BBA, o mercado deve ter uma reação negativa aos resultados da companhia. “Continuamos tendo uma visão construtiva com a tese da companhia e precisaremos de mais ‘cores’ da administração para determinar se precisaremos incorporar estimativas mais conservadoras”, escreve o analista Raul Cavendish.
Gol (GOLL4)
A Gol apurou uma receita líquida de R$ 3,2 bilhões no 4º trimestre de 2018, alta de 10,1% com relação ao mesmo período do ano anterior. A companhia atribui o resultado à maior demanda com otimização na precificação. No período, o lucro operacional foi de R$ 672 milhões e o Ebitda somou R$ 851 milhões (+60,6%).
Time for Fun (SHOW3)
A Time for Fun viu seu lucro líquido afundar 77%, para 10,6 milhões em 2018 na comparação com 2017. No acumulado do ano, a companhia registrou um Ebitda de R$ 37,4 milhões, queda de 50%, com margem de 6,3%.
BRF (BRFS3)
A BRF apurou um prejuízo líquido de R$ 2,1 bilhões no 4º trimestre de 2018, alta de 171% na comparação anual. A receita líquida totalizou R$ 9,5 bilhões (+7,2%) e o Ebitda ajustado foi de R$ 841 milhões (+30,3%), com margem de 8,8%.
No acumulado de 2018, a companhia registrou um prejuízo líquido de R$ 4,5 bilhões, alta de 306,4% em relação ao ano de 2017. A receita líquida ficou em R$ 34,5 bilhões (+3,2%), enquanto o Ebitda ajustado somou R$ 2,6 bilhões, queda de 8,4%, com margem de 7,6%.
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