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A Amazon deu na terça-feira, 3, um passo importante no mercado de assistentes pessoais: a empresa anunciou em Las Vegas, às vésperas da feira de tecnologia CES, uma parceria com a chinesa Lenovo, uma das maiores fabricantes de PCs e smartphones do mundo. O principal produto da aliança entre as duas companhias é o Smart Assistant, uma caixa de som que terá o sistema de inteligência artificial Alexa, da Amazon, e será vendida nos Estados Unidos por US$ 129.
Em formato cilíndrico, o Smart Assistant se parece bastante com o Amazon Echo – um dos grandes sucessos do Natal de 2016 nos EUA, chegando a ficar esgotado por semanas no site da companhia no país. Estimativas dão conta de que a Amazon vendeu 5 milhões de unidades do produto ao longo do ano passado. Nos Estados Unidos, o aparelho custa US$ 180 – ainda não há previsão de lançamento no Brasil para o Echo, nem para o Smart Assistant.
As funções dos dois dispositivos também são semelhantes: será possível usar o Smart Assistant para ler notícias, tocar músicas, definir despertadores e até mesmo pedir um táxi.
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O Smart Assistant também deve funcionar com outros produtos da Lenovo voltados para a área de casa conectada, na chamada internet das coisas – a empresa não detalhou como funcionará a integração, nem quais serão esses serviços. Além disso, não foram divulgados detalhes sobre a parceria das duas empresas – se a Lenovo pagou à Amazon para poder utilizar a Alexa em um dispositivo novo, ou vice-versa.
Oficialmente, o dispositivo da Lenovo tem duas versões – a mais cara delas, vendida a US$ 179, tem alto-falantes da Harmon Kardon, para melhorar a qualidade de áudio, funcionalidade que recebeu muitas críticas no Amazon Echo e no Google Home. Além disso, o Smart Assistant tem oito microfones – contra sete do Amazon Echo.
Disputa. Mais do que apenas um lançamento, o anúncio do Smart Assistant mostra um novo caminho para o sistema de inteligência artificial da Amazon. “Hoje, a Alexa é um líder de mercado em sua categoria, e um anúncio desses é relevante porque a Lenovo é uma empresa global, com um alcance que a Amazon não possui”, diz BrianBlau, analista da consultoria Gartner.
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Para o analista, no entanto, é cedo para dizer que um passo desses faz a Amazon se garantir na liderança. Hoje, o mercado do Amazon Echo também é disputado pelo Google Home, do Google, que custa US$ 130. Além disso, há rumores de que empresas como Microsoft e Apple devem lançar produtos nesse mercado em breve.
“Vai depender de quem tiver o melhor software”, acredita Blau. “É importante lembrar que a Amazon não quer disputar esse mercado para ter o melhor software. Ela criou o Echo para ter vantagens em seu negócio principal, que é vender qualquer produto como um varejista online”, afirma o analista.
De acordo com Blau, também é cedo para dizer que algo mudou na parceria longa entre Google e Lenovo – além de ter comprado a Motorola da gigante de buscas em 2014, a chinesa também usa o Android em seus smartphones e tablets. “A Lenovo está testando o mercado”, diz o analista da Gartner.
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Realidade virtual. A Lenovo divulgou ainda novos dispositivos na terça-feira, 3. Entre as novidades, há uma nova linha de notebooks com configurações avançadas para agradar ao público de fãs de games. A companhia trouxe à tona também um protótipo de seu primeiro óculos de realidade virtual.
Ainda sem nome, o dispositivo usará a plataforma do Windows para a tecnologia – como anunciado no final de 2016 – e deverá custar cerca de US$ 300 nos Estados Unidos, disputando mercado com aparelhos como o Oculus Rift, o PlayStation VR e o HTC Vive. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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