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(ANSA) – Os governos da Alemanha e da Áustria ativaram nesta quarta-feira (30) seus sistemas de “alerta preventivo” dos planos de emergência sobre os estoques de gás natural em seus respectivos países.
Segundo o anúncio do ministro alemão da Economia e do Clima, Robert Habeck, a decisão foi por conta da perspectiva de uma piora no fornecimento de gás natural da Rússia causada pela guerra na Ucrânia.
Mas, o político garantiu que, por enquanto, não há nenhum tipo de problema no setor e que essa foi apenas uma “medida preventiva”.
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Habeck explicou ainda que o plano de emergência do governo tem três fases: o primeiro, de alerta, ativado nesta terça, e que inclui apenas o monitoramento do fornecimento e dos estoques; o segundo é o “alarme”; e o terceiro a emergência em si.
O ministro ainda fez um apelo para que os moradores e as empresas usem o gás de maneira “consciente” porque “cada quilowatt conta agora”.
Com isso, a maior economia da Europa está encarando de maneira real o risco de um racionamento.
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Poucas horas depois do anúncio de Berlim, foi a vez da Áustria anunciar a mesma decisão de maneira preventiva. Os dois países estão entre os mais dependentes do gás natural russo, mas apesar disso, continuam a apoiar as duras sanções econômicas contra Moscou por conta da invasão na Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro.
As decisões também foram adicionadas por outro ponto em particular: como as sanções afetam duramente a moeda russa, o rublo, o Kremlin anunciou que só aceitará pagamentos pelo combustível na moeda nacional e não mais em dólares ou euros.
No entanto, todos os membros do G7 e os países da União Europeia informaram que isso seria uma quebra de contrato e que vão continuar a pagar de forma internacional.
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Com isso, há o temor de que Moscou comece a diminuir ou até cortar seu fornecimento para esses países. Habeck confirmou que a decisão de hoje tem a ver com isso porque acredita “que a Rússia vai fazer uma escalada no setor” para forçar uma diminuição das punições.
“Com essa declaração de alerta, nós também estamos criando uma equipe de crise”, pontuou ainda o alemão.
Antes da guerra, a Rússia enviava 40% de todo o gás usado na Alemanha – seja nas residências ou nas indústrias.
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O governo alemão estima que só conseguirá ser mais independente do gás russo após a metade de 2024.
Scholz e Putin conversam
Horas depois do anúncio de Habeck, o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, conversaram por telefone e debateram o fornecimento o gás russo.
Segundo a Interfax, os dois concordaram em continuar as conversas sobre o tema por meio de seus “respectivos especialistas”.
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Putin ainda detalhou para o líder alemão sobre as conversas de paz e as negociações ocorridas na Turquia um dia antes. (ANSA).
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