AGO da Petrobras (PETR4) aprova dividendos sem reserva de R$ 6,5 bi; total pago sobre 2022 é de R$ 17,06 por ação

Valor total valor inclui os pagamentos realizados ao longo de 2022 e o dividendo complementar a ser pago a partir do dia 19 de maio de 2023.

Equipe InfoMoney

Logo da Petrobras em tela de celular (Shutterstock)
Logo da Petrobras em tela de celular (Shutterstock)

Publicidade

Em comunicado enviado ao mercado na noite de quinta-feira (27), a Petrobras (PETR3;PETR4) confirmou que seus acionistas aprovaram em Assembleia Geral Ordinária (AGO) a remuneração aos acionistas relativa ao Exercício Social de 2022 no valor de R$ 17,06202044 por ação (ordinária ou preferencial) em circulação. Esse valor inclui os pagamentos realizados ao longo de 2022 e o dividendo complementar a ser pago a partir do dia 19 de maio de 2023.

O dividendo complementar equivale a R$ 2,74573369 por ação (ordinária ou preferencial) em circulação. Considerando a atualização monetária pela taxa SELIC de 31 de dezembro de 2022 até hoje, esse valor tem um acréscimo de R$ 0,11382822 por ação. Desta forma, o valor total bruto a ser distribuído aos acionistas, considerando a atualização monetária até hoje, é equivalente a R$ 2,85956192 por ação.

O pagamento do referido dividendo complementar será realizado em três parcelas, sendo:

Continua depois da publicidade

(i) a primeira em 19 de maio de 2023, no valor de R$ 1,42978096 por ação (ordinária ou preferencial) em circulação, para os detentores de ações de emissão da Petrobras negociadas na B3, e, a partir de 26 de maio de 2023 para os detentores de American Depositary Receipts (ADRs) negociadas na New York Stock Exchange (Nyse).

(ii) a segunda em 16 de junho de 2023, no valor de R$ 0,91106456 por ação (ordinária ou preferencial) em circulação, para os detentores de ações de emissão da Petrobras negociadas na B3, e a partir de 23 de junho de 2023, para os detentores de ADRs.

(iii) a terceira em 27 de dezembro de 2023, no valor de R$ 0,51871639 por ação (ordinária ou preferencial) em circulação, para os detentores de ações de emissão da Petrobras negociadas na B3, e, a partir de 04 de janeiro de 2024, para os detentores de ADRs.

Continua depois da publicidade

Os valores das três parcelas continuarão a ser atualizados pela variação da taxa Selic até a data dos efetivos pagamentos.

Sem reserva estatutária

Mais cedo, foi informado que os acionistas da Petrobras tinham aprovado o pagamento de dividendos complementares de R$ 35,8 bilhões anunciados com os resultados do quarto trimestre, sem que houvesse a retenção de valores com outros objetivos.

O conselho da empresa havia sugerido no início de março que os acionistas avaliassem a criação de uma Reserva Estatutária para reter até R$ 6,5 bilhões do resultado do exercício social de 2022, o que não ocorrerá.

Continua depois da publicidade

Os R$ 6,5 bilhões foram propostos considerando que o montante havia ultrapassado a aplicação da fórmula prevista na Política de Remuneração, conforme documentos publicados pela Petrobras em março.

Com isso, a Petrobras pagará em proventos o total, R$ 35,8 bilhões, mas agora em três parcelas: em 19 de maio (R$ 17,9 bilhões); 16 de junho (R$ 11,4 bilhões); e 27 de dezembro (R$ 6,5 bilhões). Esses valores são considerados sem a atualização recente feita pela companhia.

A proposta de destinação dos resultados financeiros foi aprovada com 84,06% dos votos, relativos a 5,9 bilhões ações ordinárias. Isso significa que a aprovação da proposta de retenção para pagamento em três parcelas foi além dos votos da União, majoritária, que correspondem a 50,26% do total.

Continua depois da publicidade

Outros 4,4 milhões de ações foram mobilizadas para votar contra a proposta. As abstenções somaram 15,88% dos votos, relativos a 1,1 bilhão de ações.

O valor da retenção seria direcionado para a criação de uma reserva estatutária voltada a novos investimentos, conforme sugerido pelo Conselho, mas que acabou não sendo criada. Com isso, a União propôs adiar o pagamento deste montante. Na prática, esse adiamento permite à União insistir na criação da reserva à frente, o que poderá ser aprovado em uma nova assembleia.

Considerando o total de dividendos de R$ 35,8 bilhões, a União deve ficar com até R$ 13 bilhões, via Tesouro, Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e seu braço de participações, o BNDESPar. Com relação a 2022, a União deve ficar com cerca de R$ 79 bilhões do total de R$ 215,7 bilhões distribuídos a acionistas.

Continua depois da publicidade

A questão da destinação do resultado de 2022 foi o segundo ponto da pauta da AGO da Petrobras na tarde desta quinta. Antes, os acionistas aprovaram, com margem de 80,74% dos votos, o Relatório de Administração e das Demonstrações Financeiras da Companhia.

(com Reuters e Estadão Conteúdo)

Newsletter

Infomorning

Receba no seu e-mail logo pela manhã as notícias que vão mexer com os mercados, com os seus investimentos e o seu bolso durante o dia

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.