AGE da Usiminas aprova capitalização de R$ 1 bi; Oi em busca de salvação e mais notícias

Confira os destaques corporativos desta segunda-feira

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Os olhos do mercado brasileiro estão voltados para os próximos passos da política após a admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados na véspera. Contudo, o noticiário corporativo segue movimentado. Veja o que se atentar nesta segunda-feira (18):

Usiminas
Na manhã desta data, a Usiminas (USIM5) informou que foi aprovado pela AGE (Assembleia Geral Extraordinária) o aumento de capital social da companhia de R$ 1 bilhão. A companhia vai emitir 200 mil ações a R$ 5,00. A Nippon Steel vai subscrever até R$ 1 bilhão, de acordo com o comunicado. 

A capitalização é a principal exigência do credores da Usiminas para fazer uma rolagem da sua dívida – quase R$ 6 bilhões até o fim de 2018.

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Cetip e BM&FBovespa
Os conselhos de administração da BM&FBovespa (BVMF3) e da Cetip (CTIP3) aprovaram na sexta-feira, dia 15, em reuniões extraordinárias, a fusão entre as companhias, por meio da incorporação de ações da Cetip pela Companhia São José Holding, seguida da incorporação São José pela BM&FBovespa. Além disso, os colegiados das empresas deram aval à convocação de assembleia geral extraordinária (AGE) para que os acionistas de ambas as companhias deliberem sobre o assunto.

O encontro foi agendado para o dia 20 de maio, a partir das 15 horas, na sede da BM&FBovespa, no centro de São Paulo.

Na assembleia, os acionistas discutirão o investimento de R$ 9.257.820.000,00 da BM&FBovespa na subscrição e incorporação das ações da Cetip na São José Holding; o protocolo e justificação da fusão; a ratificação da nomeação da consultoria Apsis como responsável pela elaboração do laudo de avaliação a valor contábil do patrimônio líquido da São José. Além disso, eles vão avaliar o documento formulado pela consultoria e aprovar todos os processos para a efetivação da conclusão do negócio e reorganização societária.

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Oi
A declaração de vencimento antecipado de debêntures não leva a vencimento antecipado das demais dívidas financeiras da Oi (OIBR4), tanto nacionais quanto internacionais (cross-default), pelo valor baixo das debêntures em circulação estimado, disse a companhia em comunicado à CVM na sexta-feira à noite.

O valor estimado em R$ 23 milhões, sendo R$ 1,5 milhão para a 5ª emissão e R$ 21,5 milhões para a 9ª emissão. A Oi disse na própria sexta-feira que pagará R$ 21,5 mi para liquidar debêntures antecipadamente

A Oi também questiona que Aurelius não pode impedir empréstimo na Holanda, de acordo com uma pessoa com conhecimento do assunto ouvida pela Bloomberg. A companhia argumenta que sua unidade holandesa é livre para usar fundos para emprestar à matriz brasileira. Em resposta a uma ação judicial, a Oi disse que credores individuais não têm o direito de questionar o uso do dinheiro que emprestou à unidade holandesa, argumentando que apenas o agente fiduciário das notas é elegível para fazê- lo, de acordo com a fonte. Um fundo afiliado com Aurelius Capital Management, no mês passado, pediu a um juiz holandês para impedir a Oi de tomar empréstimos a partir da subsidiária. Brian Schaffer, um porta-voz para o Aurelius na Prosek Partners, confirmou que a empresa recebeu a resposta da Oi na sexta-feira. Um representante da Oi e suas subsidiárias não quis comentar, diz a agência. Há uma audiência marcada para esta segunda-feira.

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Vale destacar ainda a notícia da Agência Estado. Uma das grandes apostas do governo federal de “campeã nacional”, a operadora de telefonia Oi vive uma crise financeira aguda – a mais grave desde a sua origem, com a privatização da Telebrás, em 1998. Com dívida bruta de R$ 54,9 bilhões e prejuízo de R$ 5,3 bilhões ao fim de 2015, a maior concessionária de telefonia fixa do País está em um tenso processo de reestruturação financeira. Os seus principais credores não se entendem, o que pode comprometer o futuro da empresa, apurou a reportagem.

Na tentativa de fechar, o quanto antes, uma proposta para equalizar a dívida, a Oi acaba de contratar o banco americano Moelis para negociar com os seus credores, dizem fontes próximas à operação. Esta pode ser uma das últimas cartadas da empresa para evitar uma recuperação judicial, considerada cada vez mais factível. Procuradas, a Oi e Moelis não comentaram.

Arteris
A espanhola Abertis disse nesta segunda-feira que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aprovou a solicitação da Partícipes en Brasil para lançar a oferta pública de aquisição de ações (OPA) para cancelar o registro de companhia aberta da empresa de concessões de infraestrutura Arteris (ARTR3) no Brasil.

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A Abertis e a Brookfield Brazil Motorways Holding, unidade da canadense Brookfield Asset Management, detêm conjuntamente 69,26 por cento do capital total da Arteris por meio da Partícipes en Brasil. O preço da oferta, cujo leilão está agendado para 17 de maio, é de 10,15 reais.

Vale
Em resposta a uma solicitação de esclarecimentos da CVM, a Vale (VALE3;VALE5) afirmou que “continua trabalhando no sentido de formar uma parceria estratégica na área de fertilizantes, visando desinvestimento e atração de recursos”.

O comunicado veio em resposta à matéria da Reuters de que empresa estaria preparando um oferta com Apollo por ativos de fertilizantes da Anglo do Brasil. A Vale disse ainda que “não há deliberação do órgão societário sobre o assunto”.

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Sabesp e Transmissão Paulista
O conselho de administração da Sabesp (SBSP3) aprovou nesta sexta-feira, 15, as condições para venda de até 2,221 milhões de ações preferenciais da Transmissão Paulista (TRPL4) de titularidade da companhia. O preço mínimo, por ação, é de R$ 44,50 e a venda será realizada por meio de leilão na BM&FBovespa.

CCR (CCRO3)
A CCR Autoban informou ter celebrado termo aditivo com o estado de São Paulo.

OGPar
A produção de petróleo de março da OGPar (OGXP3) foi de 43.583 barris.

Petro Rio
A PetroRio (PRIO3) informou que vai propor a recompra de até 16,5 milhões de ações em 18 meses, além de propor grupamento de 15 ações para 1 em assembleia.

Brasil Insurance
Marcelo Moojen Epperlein será o diretor financeiro da Brasil Insurance (BRIN3).

(Com Reuters, Agência Estado e Bloomberg)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.