Quanto custa investir em ações? Conheça as taxas e impostos

Existem três tipos de taxas cobradas do investidor de ações: corretagem, custódia e emolumentos

Giovanna Sutto

Se você investe ou pretende investir em ações  não pode esquecer dos custos envolvidos na operação.

Há taxas que precisam ser pagas tanto para as corretoras quanto para a B3. Portanto, para a aplicação ser vantajosa, o investidor precisa sempre avaliar quanto as taxas vão pesar na rentabilidade líquida da aplicação.

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Digamos que você invista R$ 100 em ações e a taxa de corretagem seja de R$ 10. Neste caso, só esta taxa representaria 10% do seu capital. Para compensar, sua rentabilidade teria que ser maior que 10% – o que não é fácil de conseguir, dependendo do prazo da aplicação.

Existem três taxas cobradas ao se investir em ações: taxa de corretagem, custódia e emolumentos. Além disso, dependendo do tipo de operação e do valor negociado no mês, é preciso pagar imposto de renda sobre o lucro.

Taxa de corretagem

A taxa de corretagem é cobrada pelas corretoras por cada transação de compra e venda de ações na Bolsa. É um valor fixo ou uma porcentagem sobre o valor da transação.

Na prática, se você for operar com valores altos, a taxa fixa é mais vantajosa, enquanto se você não for aplicar um montante grande é aconselhável avaliar o custo benefício da cobrança baseada em um percentual da operação.

Mas a melhor opção é não pagar nada. A Clear Corretora, por exemplo, não cobra mais essa taxa, o que é uma enorme vantagem para todos os investidores. Isso quer dizer que, independentemente da quantidade de transações você fizer em um mês, seu custo de corretagem será sempre zero.

Há, ainda o ISS (Imposto Sobre Serviço), que incide sobre a taxa de corretagem com alíquota entre 2% e 5%  – dependendo da cidade. Por exemplo, em uma corretora que cobra R$ 9,00 dessa taxa, o valor do ISS incidido será de no máximo R$ 0,45.

Taxa de custódia

Essa taxa também é cobrada pelas corretoras mensalmente e serve para cobrir gastos da empresa junto à B3. Mas fica a critério da corretora repassar ou não o valor ao investidor. No caso da XP Investimentos, Rico e Clear Corretora, o cliente não paga essa tipo de taxa.

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Emolumentos

Já os emolumentos são taxas fixas cobradas pela B3 por transação. O valor varia de acordo com tipo de operação (normal ou Day Trade), tipo de investidor (pessoa física ou fundos e clube de investimentos) e o valor investido.

Além dos emolumentos, conhecidos também como taxa de negociação, há ainda a taxa de liquidação. Ambos são cobradas sobre o valor financeiro da operação. Ou seja, o investidor deve pagar o total das taxas em cada operação.

Veja as taxas atuais da BM&FBovespa:

Tipo de investidor  Taxa de negociação taxa liquidação  Total 
Pessoas físicas e demais investidores 0,004972% 0,0275% 0,032472%
Fundos e clubes de investimento locais 0,004972 0,0200% 0,024972%

Day trade:

Volume daytrade (R$ milhões) Volume daytrade (R$ milhões)
Pessoa física Pessoa jurídica Negociação Liquidação Total 
Ate 4 (inclusive) Até 20 (incusive) 0,004972%2 0,0200% 0,024972%
De 4 até 12,5 (inclusive) De 20 até 50 (inclusive) 0,0030% 0,0200% 0,0230%
De12,5 até 25 (inclusive) De 50 até 250 (inclusive) 0,0005% 0,0195% 0,0200%
De 25 até 50 (inclusive) DE 250 até 500 (inclusive) 0,0005% 0,0175% 0,0180%
Mais de 50 Mais de 500 0,0005% 0,0155% 0,0160%

Imposto de Renda

O investidor de ações paga Imposto de Renda (IR) apenas quando suas vendas mensais ultrapassam R$ 20 mil. Nesse caso, é preciso pagar 15% sobre o lucro líquido até o último dia útil do mês subsequente. No entanto, é possível abater os prejuízos de outras operações para pagar menos imposto.

Para operações de Day Trade não há isenção – o investidor sempre precisa pagar 20% de IR sobre o lucro, independentemente do valor da operação. Operações de day trade que geraram prejuízos também podem ser utilizadas para abater o imposto devido das operações com lucro.

O pagamento é feito via Darf (Documento de Arrecadação Federal) e o próprio investidor é responsável pelo cálculo dos valores.

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Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.