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SÃO PAULO – Em uma sessão que novamente iniciou morna, mas que piorou durante a tarde, as ações do Magazine Luiza (MGLU3, R$ 22,60, -2,80%) registraram queda de mais de 3% após precificar a oferta de ações em oferta (follow-on) a R$ 22,75. Na operação, na qual serão emitidas 175 milhões de ações, foram levantados R$ 3,981 bilhões.
As ações da Renova Energia (RNEW4, R$ 4,15, +0,97%), por sua vez, tiveram sua terceira sessão seguida de ganhos, após subir 8% na véspera e 7% na quarta-feira. A companhia informou na manhã de quarta que aceitou a proposta do fundo Mubadala para a compra da Brasil PCH, subsidiária do Grupo Renova.
Já as ações da Vale (VALE3, R$ 114,12, -0,51%) teve leves perdas em uma sessão de nova queda para o minério de ferro. O minério de ferro negociado em Dalian registrou nesta sexta-feira a maior queda semanal em 17 meses, à medida que esforços intensificados da China para reduzir a fabricação de aço faz com que usinas comecem a cortar produção para evitar sanções.
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O contrato mais ativo da matéria-prima siderúrgica na bolsa de commodities de Dalian, para setembro DCIOcv1, fechou em queda de 2%, a 1.124 iuanes (US$ 173,60) por tonelada, engatando a quinta sessão consecutiva de perdas. O vencimento recuou cerca de 10% em relação à semana anterior, o que representa sua maior queda semanal desde fevereiro do ano passado, e agora está 17% abaixo do pico atingido em maio.
A Braskem (BRKM5, R$ 58,93, -5,56%) teve forte queda de suas ações, na esteira da divulgação da prévia operacional do segundo trimestre na noite da véspera. De acordo com o Morgan Stanley, a produção e as vendas ficaram um pouco abaixo do esperado pelos analistas do banco, que afirmaram que podem ter subestimado o impacto da manutenção das operações brasileiras, e também devido a uma parada não programada no cracker da Braskem-Idesa.
As plantas de polipropileno nos Estados Unidos e na Europa operaram perto de sua capacidade total, embora as vendas tenham ficado moderadamente abaixo dos números dos analistas. Apesar da queda forte na sessão, a ação segue sendo a maior alta do Ibovespa no acumulado de 2021, com avanço de 150%. A companhia divulgará seus resultados do segundo trimestre no dia 4 de agosto, após o fechamento do mercado.
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Já a Hypera (HYPE3, R$ 36,27, +3,52%) registrou alta antes da divulgação do resultado do segundo trimestre nesta sexta após o fechamento do mercado. Para o Credit Suisse, o destaque deve ficar para a continuação de um sell-out (comercialização direta ao cliente), acima do mercado de varejo e otimizações nas despesas comerciais, que podem ser um catalisador positivo para o papel.
Por fim, as ações de construtoras caíram pressionadas pelo aumento das apostas de altas dos juros após o resultado acima do esperado do IPCA-15 em julho, que avançou 0,72% (veja mais aqui). Com isso, papéis como Eztec (EZTC3, R$ 28,21, -2,52%), MRV (MRVE3, R$ 15,41, -2,41%) e Cyrela (CYRE3, R$ 21,90, -2,19%) recuaram.
Confira os destaques:
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Petrobras (PETR3, R$ 27,40, -1,33%; PETR4, R$ 26,74, -0,59%)
A Petrobras informou que sua produção de petróleo no segundo trimestre somou 2,226 milhões de barris por dia (bpd) no segundo trimestre, queda de 0,8% na comparação com o mesmo período de 2020.
Já na comparação com o primeiro trimestre, a produção da companhia cresceu 1,4%, principalmente devido ao aumento da produção das plataformas novas P-68, no campo de Berbigão, e P-70, no campo de Atapu, ambas do pré-sal da Bacia de Santos, segundo a empresa.
O Itaú BBA destacou que os números foram em linha com as estimativas do mercado.
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A produção do pré-sal subiu 3,4% na comparação trimestral, devido ao desempenho das plataformas já mencionadas e à estabilização de plataformas que passaram por paradas de manutenção no primeiro trimestre.
A produção do pós-sal caiu 2,9% na comparação trimestral devido à conclusão do desinvestimento no campo de Frade, paradas em plataformas nos campos de Tartaruga Verde, Marlim Sul, Albacora e Albacora Leste.
A taxa de utilização nas refinarias foi de 75%, em linha com a expectativa do banco. A empresa informou volume total de vendas no mercado doméstico de 1.759 mil barris por dia (kbpd), alta de 5,5% na comparação trimestral. O BBA diz que o dado consolidado está em linha com sua expectativa, mas diz que seu modelo reflete vendas menores de diesel e gasolina do que aquelas informadas pela Petrobras.
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A empresa atribui o aumento do volume de gasolina a um aumento da demanda relativo ao etanol hidratado, queda nas importações por outras empresas e menor posicionamento de produtos por outros produtores. A alta nos volumes de diesel foi impulsionada por sazonalidade mais forte e a isenção do imposto PIS/Cofins em abril, que teve impacto positivo nas vendas, além da redução na proporção média de biodiesel entre os trimestres.
A geração de energia elétrica subiu no trimestre, o que pode ser atribuído à crise hídrica. O BBA mantém recomendação outperform e preço-alvo para 2021 de R$ 38 para os papéis PETR4.
Braskem (BRKM5, R$ 58,93, -5,56%)
A petroquímica Braskem informou nesta quinta que suas vendas de resinas no Brasil de abril a junho caíram 17% em relação ao primeiro trimestre deste ano, enquanto as dos principais produtos químicos recuaram 10%. Em prévia não auditada de resultados operacionais, a empresa afirmou também que suas vendas nos Estados Unidos e na Europa subiram 10% na passagem do primeiro para o segundo trimestre. Já a produção de eteno da Braskem no Brasil caiu 7% na medição sequencial, mas subiu 9% ante o segundo trimestre de 2020.
Quanto à taxa média de utilização das centrais petroquímicas da companhia, o índice caiu de 82% para 76% do primeiro para o segundo trimestre, mas subiu 93% para 96% na Europa, e ficou estável em 58% no México.
Magazine Luiza (MGLU3, R$ 22,60, -2,80%)
O Magazine Luiza, por sua vez, informou que o preço por ação de sua oferta restrita (follow-on) ficou em R$ 22,75. Na operação, na qual serão emitidas 175 milhões de ações, sendo levantados R$ 3,981 bilhões.
Gafisa (GFSA3, R$ 4,08, -0,73%), Moura Dubeux (MDNE3, R$ 9,34, -0,32%) e Helbor (HBOR3, R$ 8,23, -3,18%)
O Bradesco BBI reiniciou cobertura da Gafisa com recomendação neutra e preço-alvo para 2022 de R$ 5,50, um potencial de alta de 32% em relação ao último fechamento.
Os analistas Bruno Mendonça, Hugo Grassi e Pedro Lobato justificam a recomendação neutra por avaliar que os papéis têm preço relativamente “equilibrado” no momento. Mas reconhecem sinais de evolução rumo às metas da empresa.
O banco diz que, para obter uma reavaliação de seus papéis, a empresa precisaria acelerar lançamentos residenciais, cumprir com sua estratégia de fusões e aquisições e diversificar para propriedades que gerem receita.
O banco diz que outras empresas sob sua cobertura têm tido desempenho similar, como Moura Dubeux, com recomendação outperform (perspectiva de valorização acima da média) e preço-alvo de R$ 16; e Helbor, com recomendação neutra e preço-alvo de R$ 12,5, frente a R$ 8,5 de quinta. O banco diz que favorece histórias mais estáveis, como a da Trisul, para a qual tem avaliação outperform e preço-alvo de R$ 15.
O banco diz que, para que considere que a retomada da Gafisa seja considerada completa, espera o aumento de lançamentos entre 2021 e 2022, considerando a diretriz da empresa de entre R$ 1,5 bilhão e R$ 1,7 bilhão de lançamentos em 2021, e que a companhia atinja margens mais saudáveis.
Queda do minério
O minério de ferro negociado em Dalian registrou nesta sexta-feira a maior queda semanal em 17 meses, à medida que esforços intensificados da China para reduzir a fabricação de aço faz com que usinas comecem a cortar produção para evitar sanções.
O contrato mais ativo da matéria-prima siderúrgica na bolsa de commodities de Dalian, para setembro DCIOcv1, fechou em queda de 2%, a 1.124 iuanes (US$ 173,60) por tonelada, engatando a quinta sessão consecutiva de perdas. O vencimento recuou cerca de 10% em relação à semana anterior, o que representa sua maior queda semanal desde fevereiro do ano passado, e agora está 17% abaixo do pico atingido em maio.
O contrato mais negociado do minério de ferro na bolsa de Cingapura, para agosto, cedeu 0,2%, a US$ 197,25 a tonelada.
A China, maior produtora de aço do mundo, intensificou esforços para diminuir a produção de materiais de construção e manufatura, em linha com suas metas para redução de emissões de carbono. Autoridades pediram que as usinas siderúrgicas garantam que seus níveis de produção neste ano não sejam maiores do que os de 2020, após a fabricação de aço ter avançado 12% no primeiro semestre em comparação anual.
Siderúrgicas
O Credit Suisse comentou as estatísticas divulgadas pelo Instituto Aço Brasil (IABr) relativas a junho de 2021, que incluem vendas domésticas de 1.184 mil toneladas (kt) para chapas de aço, queda de 2% na comparação mensal e alta de 43% na anual; e de 864 kt para aços longos, queda de 1% na comparação mensal e alta de 20% na anual. O banco diz que comparações anuais continuam prejudicadas pelos impactos da pandemia na economia brasileira, que continuavam fortes em junho de 2020.
O banco avalia que o mês foi forte para o setor de aço no Brasil, e que o desempenho sólido do setor de aços longos aumenta a confiança de que a atividade de construção continua resiliente no país, com baixas taxas de juros e confiança do consumidor em alta. O banco diz esperar que a demanda sólida e altas de preços anunciadas no segundo trimestre de 2021 devem dar apoio para um momento forte tanto para chapas de aço quanto aços longos, ao menos até o fim do terceiro trimestre de 2021.
No setor, o Credit diz que dá preferência à CSN principalmente devido aos altos preços do aço, que devem resultar em redução do endividamento para a empresa nos próximos trimestres. Entre a Gerdau e a Usiminas, o banco dá preferência à segunda empresa, por acreditar que a demanda por chapas de aço superará a demanda por aços longos, e que a valoração da Usiminas é mais atrativa.
O Bradesco BBI avalia que os dados divulgados pelo IAB são marginalmente mais fracos em junho, mas se mantêm em níveis saudáveis. O banco diz que a Usiminas é sua top pick (escolha favorita) no setor de aço da América Latina, e que também classifica a Gerdau como outperform.
Burger King Brasil (BKBR3, R$ 11,43, -1,21%)
O Credit Suisse avaliou as vendas internacionais em mesmas lojas (SSS na sigla em inglês) da Domino’s Pizza no mercado internacional, com alta de 13,9% na comparação anual, é positiva. O Burger King Brasil anunciou recentemente a intenção de comprar a Domino’s no Brasil, para a qual o Credit estima um potencial de valor presente líquido de R$ 1,55 bilhão após a sinergia, ou R$ 4,70 por ação.
(com Reuters e Estadão Conteúdo)