Ações de Cemig e Azul sobem mais de 3%; Marfrig avança 3% e Hering cai 4% com recomendações

Confira os destaques da B3 na sessão desta terça-feira (7)

Lara Rizério

(Divulgação/Cemig)
(Divulgação/Cemig)

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SÃO PAULO – Em uma sessão de leve queda para o Ibovespa com os investidores ainda monitorando o desdobramento das tensões entre EUA e Irã, quem ganhou destaque no índice foram papéis que tiveram a recomendação revisada.

Os ativos da Marfrig (MRFG3) avançaram cerca de 3% após serem elevados para compra pelo Santander. Já a Log-in (LOGN3), que abriu em alta após o Itaú BBA iniciar cobertura para os ativos, virou para queda e fechou com queda de 2,80%. Já a Cia. Hering (HGTX3) fechou em forte queda de 4% após o Morgan Stanley iniciar cobertura para as ações com recomendação equivalente à venda.

Já entre as maiores altas do Ibovespa, a Cemig (CMIG4) liderou os ganhos. A estatal negou a decisão de vender a sua fatia na Taesa, conforme noticiado mais cedo no jornal Valor Econômico.

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“A companhia esclarece que está constantemente avaliando seu portfólio de ativos, visando otimizar sua alocação de capital. Nesse sentido, conta com o assessoramento de instituições financeiras para acompanhar cada uma de suas participações. No caso específico dos ativos citados na referida matéria, a Cemig informa que até a data de hoje não foi tomada nenhuma decisão pelos seus órgãos de governança”, afirmou em comunicado.

A Azul (AZUL4), por sua vez, avançou mais de 3% após apresentar os dados operacionais de dezembro, A aérea comunicou que a demanda total por assentos em seus voos em dezembro subiu 27,2% ante mesmo mês de 2018, enquanto a oferta de capacidade subiu 26,5%, com a taxa de ocupação 0,5 ponto percentual, a 83,5%.

Confira os destaques da sessão:

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Maiores altas

Ativo Variação % Valor (R$)
CMIG4 3.66379 14.43
AZUL4 3.30909 56.82
B3SA3 3.22655 44.79
MRFG3 3.07235 10.4
ELET3 2.5675 38.75

Maiores baixas

Ativo Variação % Valor (R$)
HGTX3 -4 32.64
GNDI3 -3.41477 67.6
CIEL3 -2.90909 8.01
HAPV3 -2.74791 65.12
BRKM5 -2.60479 32.53

Petrobras (PETR3;PETR4)

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou ontem (6), após se reunir com o presidente Jair Bolsonaro, que o governo federal estuda formas de compensar uma eventual alta no preço dos combustíveis, caso a crise envolvendo Estados Unidos e Irã impacte com mais força o preço internacional do petróleo.

“Temos que criar, talvez, mecanismos compensatórios que compensem esse aumento sem alterar o equilíbrio econômico do país. Que isso não gere inflação, mas também não frustre expectativa de receitas”, adiantou o ministro em coletiva de imprensa, ao lado do presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, e do diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), Décio Odone.

Uma proposta apresentada pelo próprio presidente da República é a possibilidade do estados reduzirem a alíquota do ICMS sobre combustíveis, um imposto estadual, que tem forte impacto na formação do preço final nos postos.

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O presidente voltou a dizer que não adotará nenhuma política de controle de preços. “Não existe interferência do governo. Não sou intervencionista, e essa política está muito bem conduzida pelo nosso ministro, almirante Bento”.

O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, por sua vez, disse não ter sido pressionado pelo governo para reduzir o preço dos combustíveis.

“No curto prazo, a notícia é positiva para as ações da Petrobras pois representa uma mitigação do risco de interferência do governo na empresa. Ou seja, ela terá aval para repassar o preço maior do petróleo praticado no mercado internacional. Porém, joga contra o grande volume de vendas das ações a ser realizado até o próximo mês, quando o BNDES irá se desfazer das suas participações”, aponta a equipe de análise da Levante.

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Marfrig (MRFG3)

Os analistas do Santander elevaram recomendação para as ações da Marfrig de manutenção para compra, com potencial de valorização de 58% (em relação ao fechamento de segunda-feira) ao também elevar o preço-alvo em 2020 para as ações de R$ 12 para R$ 16. É o maior preço-alvo entre os analistas sell-side acompanhados pela Bloomberg.

Varejistas

O Morgan Stanley iniciou cobertura para varejistas, destacando que a mudança digital está acelerando na América Latina. A recomendação é overweight (exposição acima da média) para Magazine Luiza (MGLU3), Lojas Renner (LREN3), C&A (CEAB3) e Mercado Livre (MELI, negociada na Nasdaq) , destacando que a visão positiva sobre liderança e multicanalidade reforça que há oportunidades ainda não precificadas nos papéis.

No caso de MGLU3 e MELI, a visão é para ganhos no longo prazo, enquanto Lojas Renner a oportunidade com ganhos vem de margem e aumento do retorno sobre o patrimônio líquido (ROE). Já a C&A é vista como uma empresa com crescimento a um preço razoável (GARP). A recomendação para as ações da Cia. Hering (HGTX3), por sua vez, é underweight (exposição abaixo da média do mercado).

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Ultrapar (UGPA3)

A Ultrapar foi elevada a compra pelo Santander, com preço-alvo de R$ 25.

Enauta (ENAT3)

A Enauta divulgou a produção do 4º trimestre de 2019. A produção total foi de 2.508 mil barris de óleo equivalente (boe), ou produção média diária de 27,3 mil boe. Este valor inclui gás e óleo.

Azul (AZUL4)

A aérea Azul comunicou que a demanda total por assentos em seus voos em dezembro subiu 27,2% ante mesmo mês de 2018, enquanto a oferta de capacidade subiu 26,5%, com a taxa de ocupação 0,5 ponto percentual, a 83,5%.

Já com relação aos voos domésticos, a demanda subiu 25,7% no mês passado, ao passo que a oferta evoluiu 24,3%, fazendo o nível de ocupação das aeronaves subir 1 ponto percentual, para 82,3%.

Nas rotas internacionais, a procura por assentos subiu 31,1%, enquanto a oferta teve evolução de 32,8%, fazendo a taxa de ocupação recuar 1,1 ponto percentual, para 86,9%.

MRV (MRVE3)

A construtora e incorporadora MRV informou ao mercado que recebeu uma carta da sua acionista Dynamo Administração de Recursos, do Rio de Janeiro, na qual a empresa manifesta apoio ao plano da MRV para a sua proposta reformulada de investimentos na empresa americana AHS Residential.

A proposta apresentada no ano passado foi rechaçada por alguns acionistas da MRV, que prometeu levar em conta várias sugestões antes de reformulá-la. Agora, a MRV pretende apresentar novamente aos acionistas a proposta para investir nos Estados Unidos, em Assembleia Geral que será realizada no dia 31 de janeiro, na sede da empresa em Belo Horizonte (MG).

Cemig (CMIG4) e Taesa (TAEE11)

A Cemig negou a decisão de vender a sua fatia na Taesa, conforme noticiado mais cedo no jornal Valor Econômico. “A companhia esclarece que está constantemente avaliando seu portfólio de ativos, visando otimizar sua alocação de capital. Nesse sentido, conta com o assessoramento de instituições financeiras para acompanhar cada uma de suas participações. No caso específico dos ativos citados na referida matéria, a Cemig informa que até a data de hoje não foi tomada nenhuma decisão pelos seus órgãos de governança”, afirmou em comunicado.

Segundo informações do Valor, a estatal mineira Cemig teria começado a contratar bancos para dar início a seus processos de desinvestimentos de subsidiárias e participações, começando com a venda da Taesa. A Cemig tem 21,68% da Taesa – na atual cotação, essa participação vale R$ 2,3 bilhões.

Cesp (CESP6)

O Itaú BBA reduziu sua recomendação dos papéis da geradora e distribuidora energética paulista Cesp de outperform para neutra, mas manteve seu preço-alvo de R$ 34,00 para as ações em 2020.

A corretora começou a cobrir a Cesp em outubro do ano passado; atualmente, a alta em direção ao preço-alvo é menor, de 6%. Como fatores positivos, o Itaú  BBA destaca que a CESP tem forte geração de fluxo de caixa e encaminha bem a disputa judicial Três Irmãos, com potencial para anunciar dividendos mais altos aos acionistas no futuro.

Sanepar (SAPR11)

O Bradesco BBI elevou a recomendação das ações da Sanepar, empresa de saneamento e abastecimento de água do Paraná, de neutra para compra.

O BBI prevê um preço-alvo de R$ 124 para a ação da empresa paranaense – atualmente o papel da Sanepar custa R$ 96. Segundo o BBI, com a aprovação do novo marco do saneamento pela Câmara dos Deputados, no final do ano passado, novas perspectivas se abrem para o setor.

“Embora a privatização ainda não esteja no horizonte da Sanepar, nós notamos uma recente redução nos riscos da empresa. O Tribunal de Contas do Estado confirmou o reajuste de 12,1% nas tarifas de 2019, que havia sido bloqueado e foi permitido. O BBI também ressalta o “estrito controle de custos” na empresa e uma margem Ebitda 10% superior para o período 2019/20.

Log-in (LOGN3

O Itaú BBA incluiu as ações da Log-In na sua cobertura com a recomendação “outperform” que recomenda compra, com um preço-alvo de R$ 30 por ação para 2020. Segundo o Itaú BBA, a empresa de logística “reestruturou sua dívida, capitalizou-se e melhorou sua capacidade emissão, começando a melhorar sua operação”. O preço-alvo de R$ 30 implica uma valorização de 22% no papel neste ano.

CCR (CCRO3)

A Controladoria-Geral do Estado do Paraná (CGE/PR) publicou resolução que suspende temporariamente, em caráter cautelar, o direito da Rodonorte, controlada pela CCR, de participar de novas licitações e de celebrar novos contratos com o governo estadual.

Em Fato Relevante, a CCR diz que mesmo com a decisão restrita à Rodonorte e ao Estado do Paraná, a companhia vai adotar as medidas cabíveis.

Cosan (CSAN3)

A Cosan comunicou ontem ao mercado que antecipou o pagamento da sua segunda emissão de debêntures simples, no valor total projetado de R$ 1,73 bilhão. Os papéis poderão ser resgatados em 16 de janeiro – o resgate é facultativo.

PetroRio (PRIO3

A Petro Rio comunicou ontem à CVM que suas ações entraram no índice IBXX, composto pelas cem empresas mais negociadas na B3. Segundo a petrolífera carioca, a empresa agora passa a ser listada em sete índices da Bolsa de Valores de São Paulo, o que aumenta sua visibilidade com os investidores.

Caixa Seguridade

A Caixa Seguridade Participações informou ontem ao mercado que assinou um acordo de associação com a seguradora Tokio Marine para formar uma nova empresa, que explorará, no prazo de 20 anos, seguros residenciais e habitacionais da rede de distribuição da Caixa Econômica Federal. A Caixa informou que terá uma participação de 75% no capital total da nova empresa, com 49,99% das ações ordinárias e 100% das preferenciais. A Tokio terá 50,01% das ações ordinárias, o que representará 255 do capital total. A Tokio subscreverá um aumento de capital de R$ 1,5 bilhão, que será aportado pela Caixa na nova empresa. Segundo a Caixa, a reestruturação de seu setor de seguros faz parte da nova governança do banco estatal.

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(Com Agência Estado e Agência Brasil)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.