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SÃO PAULO – Por mais uma sessão, o noticiário corporativo é bastante movimentado, mas são os dados econômicos e as notícias da política internacional que estão afetando mais o preço dos ativos. Os dados frustrantes da economia global, particularmente da China, geram um movimento de forte aversão ao risco.
A produção industrial do gigante asiático teve o menor crescimento desde 2002, sugerindo que a segunda maior economia do mundo e maior parceiro comercial do Brasil sente o impacto das tarifas impostas pelos EUA, o que leva a uma forte queda de papéis ligados a commodities, como Vale (VALE3, R$ 45,63, -1,87%), CSN (CSNA3, R$ 14,72, -1,74%) e Petrobras (PETR3, R$ 27,47, -1,75%;PETR4, R$ 25,28, -2,02%). Bancos caem mais de 1%, como Banco do Brasil (BBAS3, R$ 46,84, -1,49%), Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 35,36, -1,50%), Santander Brasil (SANB11, R$ 42,72, -2,11%) e Bradesco (BBDC4, R$ 33,51, -1,73%).
Entre as empresas que divulgaram balanços, a Kroton (KROT3, R$ 12,27, -4,88%) vê suas ações registrarem a maior queda do Ibovespa, sendo seguida pela Qualicorp (QUAL3, R$ 27,00, -3,23%), que tem a terceira sessão de baixa seguida após o salto de 36% na última sexta-feira. Já a Embraer (EMBR3, R$ 19,58, +0,41%) opera perto da estabilidade, também influenciada pela alta do dólar, que volta a ser negociado na faixa dos R$ 4. Confira os destaques:
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Embraer (EMBR3)
A Embraer teve um lucro líquido atribuído aos acionistas de R$ 26,1 milhões no segundo trimestre, revertendo perdas de R$ 485,0 milhões do mesmo período do ano passado. Já o resultado ajustado, onde excluem-se impostos diferidos e itens especiais apresentou prejuízo de R$ 57,6 milhões, ante perdas de R$ 21,4 milhões de um ano antes.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) somou R$ 259,6 milhões, representando uma alta de 98%, com margem de 4,8% (+1,9 ponto porcentual). Considerando o Ebtida ajustado, porém, o resultado foi de queda de 55,9%.
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A receita líquida somou R$ 5,402 bilhões, alta de 19,4%. No segundo trimestre, a Embraer entregou 26 aeronaves comerciais e 25 executivas (19 jatos leves e seis grandes) comparado aos 28 jatos comerciais e 20 executivos (15 leves e cinco grandes) entregues no mesmo período do ano passado.
A carteira de pedidos firmes da companhia atingiu US$ 16,9 bilhões no final do segundo trimestre, acima dos US$ 16,0 bilhões reportados ao final do primeiro trimestre. No trimestre, a Embraer atingiu book-to-bill acima de 1X em todas as suas unidades de negócio, liderado pelas vendas no segmento de Aviação Executiva.
A companhia reafirmou ainda todas as suas estimativas financeiras e de entregas para 2019.
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Kroton
A Kroton apresentou um lucro líquido ajustado de R$ 266,696 milhões no segundo trimestre deste ano, representando queda de 44,2% na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo a empresa, o resultado foi impactado, especialmente, por despesas financeiras decorrentes da aquisição da Somos e um maior nível de depreciação derivado de investimentos realizados nos últimos anos.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) recuou 4,3%, para R$ 624,767 milhões, enquanto a margem apresentou retração de 6,9 pontos porcentuais, para 35,9%.
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A receita líquida, por sua vez, avançou 14,2%, somando R$ 1,742 bilhão. A empresa destaca que o ticket médio do ensino superior teve recuperação, com alta anual de 6,7% no presencial e de 5,0% no EAD.
A empresa destacou ainda que, no semestre, a companhia alcançou 49% da receita e 45% do Ebitda esperado para o ano de 2019, “o que demonstra um pleno alinhamento ao Guidance divulgado em maio”.
A Kroton informou ainda irá distribuir R$ 55,075 milhões em dividendos, equivalente a R$ 0,0336 por ação ordinária. O pagamento dos dividendos intercalares será efetuado até o dia 29 de agosto de 2019, com a base de acionistas de 20 de agosto. No dia seguinte, ficam ex-dividendos.
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O Itaú BBA avaliou que, apesar da receita e do Ebitda terem vindo em linha com as expectativas, as projeções eram consideradas “conservadoras”, o que poderia justificar uma reação negativa das ações.
Do lado positivo, as despesas corporativas e de marketing abaixo do esperado. No negativo, o avanço da taxa de evasão para 6,8% e 8,3%, respectivamente, no presencial e EAD.
Randon
A Randon registrou um lucro líquido de R$ 84,538 milhões de abril a junho, desempenho 2,68 vezes acima do reportado no mesmo intervalo do ano passado, de R$ 31,439 milhões.
O Ebitda consolidado totalizou R$ 203,655 milhões, alta de 61,3%, com margem Ebitda de 15,6% – expansão de 3,2 pontos porcentuais.
A receita líquida consolidada cresceu 27,8%, para R$ 1,302 bilhão.
A Randon publicou resultados sólidos no segundo trimestre, com destaque para o avanço da receita líquida no Brasil, com alta de margem bruta e Ebitda, destaca o Bradesco BBI. A recomendação outperform, mas a instituição elevou o preço-alvo de R$ 15 para R$ 16.
Alupar
A Alupar apresentou um lucro líquido de R$ 110,9 milhões no segundo trimestre deste ano no critério societário IFRS, desempenho 12,9% abaixo do registrado no mesmo período do ano passado. No mesmo critério, o Ebitda subiu 59,3%, para R$ 437,4 milhões. A receita liquida, por sua vez, avançou 59,3%, a R$ 817,9 milhões.
A empresa divulgou os resultados no critério “regulatório”, quando reportou um lucro de R$ 77,2 milhões, representando queda de 16,5%. O Ebitda somou R$ 303,4 milhões, retração de 8,7%. A receita líquida recuou 1,4%, para R$ 408,8 milhões.
Para a Alupar, o Itaú BBA considerou o desempenho neutro, com a companhia registrando um Ebitda 11% abaixo das projeções, “impulsionado por sua estratégia de alocação de energia no período, o que deve ser compensada ao longo do ano”. A recomendação da Alupar é de “market perform”, com preço-alvo de R$ 25.
Sanepar
A Sanepar apresentou lucro líquido de R$ 232,6 milhões no segundo trimestre, uma queda de 8,3% na comparação anual. Segundo a empresa, o desempenho foi influenciado, principalmente, pela alta de 13,8% nos custos e nas despesas.
O Ebitda somou R$ 402,2 milhões, aumento de 0,5%. Já a margem Ebitda recuou 2,6 pontos porcentuais, para 36,6%.
A receita operacional bruta cresceu 7,5%, para R$ 1,181 bilhão, influenciada pelos reajustes tarifários de 2018 (5,12%) e deste ano (8,37%), em vigor desde 24 de maio.
A Sanepar informou ainda que houve abstenção de conclusão relativa às informações trimestrais do trimestre findo em 30 de junho por parte da BDO RCS Auditores Independentes.
Segundo a empresa, o parecer da auditoria externa faz referência à ‘Operação Rádio Patrulha’ investigada pelo GAECO, Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado no Estado do Paraná. A Companhia destacou que tomou medidas relativas às providências em relação às investigações relacionadas ao caso.
Os resultados da Sanepar foram considerados neutros para o Itaú BBA. Segundo a avaliação da instituição, os baixos volumes da empresa – queda de 0,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, contra nossa projeção de crescimento de 2,3% no volume – foram compensados por bons número de despesas despesa com vendas, gerais e administrativas. A recomendação do Itaú BBA é “Outperform”, com preço-alvo de R$ 109,00.
Qualicorp
A Qualicorp apresentou um lucro líquido de R$ 110,1 milhões entre abril e junho, um resultado 25% acima do reportado no mesmo intervalo de 2018.
O Ebitda ajustado subiu 14,4%, para R$ 246,7 milhões. A margem Ebitda, por sua vez, subiu 5 pontos porcentuais, para 49,6%.
A receita líquida subiu 3%, atingindo R$ 497,5 milhões.
A Qualicorp apresentou Ebitda em linha com as expectativas, por conta da base de comparação e melhora na inadimplência, destaca o Bradesco BBI. A instituição destaca o patamar de vendas por meio de plataformas digitais, que passou a representar 71% das novas vendas.
“Entretanto, o principal driver para o papel é a entrada da Rede D’or como acionista e potencial melhora na disponibilidade de produto e percepção de governança corporativa”, destacou. A recomendação é de outperform, com preço-alvo de R$ 25.
Unipar
A Unipar Carbocloro reportou um lucro de 416 mil no segundo trimestre, uma queda de 99,4% ante o desempenho do mesmo período do ano passado, de R$ 70,750 milhões.
Segundo a empresa, tais variações no lucro foram decorrentes da redução da receita, do aumento no preço dos insumos e matérias-primas. Em 2018, o resultado foi impactado positivamente pela receita de ajuste de preço de aquisição da Unipar Indupa de R$ 48,9 milhões.
O Lucro Líquido da controladora foi de R$ 10,5 milhões no 2T19 (-85,2%). Neste critério, o lucro líquido foi impactado pelo resultado de equivalência patrimonial negativo de R$ 63,5 milhões proveniente da Unipar Indupa.
O Ebitda recuou 54,8%, para R$ 124,845 milhões. A receita líquida somou R$ 749 milhões, queda de 14,9%.
Centauro
A Centauro apresentou lucro líquido em IFRS 16 de R$ 111,829 milhões no segundo trimestre deste ano, revertendo prejuízo de R$ 2,439 milhões do mesmo período do ano passado.
O Ebitda subiu 244,8%, para R$ 175,549 milhões, com uma margem de 32,2% (+22,4 pontos porcentuais). A receita bruta somou R$ 685,769 milhões, alta de 5,7%.
As vendas mesmas lojas subiram 2,9%, com alta de 17,1% no GMV (vendas digitais), mas queda de 0,3% nas unidades físicas.
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Para o Bradesco BBI, a Centauro reportou resultado em linha com as estimativas, mas o crescimento ficou relativamente baixo devido à base de comparação anual, que teve Copa do Mundo.
“Apesar de base de comparação difícil, vemos o resultado como positivo em um trimestre no qual vários outros varejistas vieram receita e margem abaixo do esperado”, destacou o Bradesco BBI. A recomendação é outperform, com preço-alvo de R$ 22.
Hapvida
A Hapvida reportou um lucro líquido de R$ 227,1 milhões no segundo trimestre, sem IFRS, desempenho 51,4% superior ao reportado no mesmo período do ano passado. Com IFRS, o lucro somou R$ 223,4 milhões.
O Ebitda atingiu R$ 268 milhões, alta de 28,2%. A margem ficou em 21%, aumento de 2,2 p.p.. Com IFRS, o Ebitda somou R$ 293,8 milhões, com margem de 23%.
A receita líquida avançou 14,9%, para R$ 1,276 bilhão.
Movida
A Movida teve lucro líquido de R$ 41,5 milhões no segundo trimestre, aumento de 4%. O Ebitda subiu 31,0%, para R$ 154,9 milhões, com uma margem sobre a receita liquida de serviços de 45,8% (+2,9 p.p.).
A receita líquida subiu 56,8%, para R$ 956,2 milhões. O faturamento líquido de aluguéis de carros avançou 16,7%, enquanto de gestão e terceirização de frota avançou 40,4%. Já a receita de seminovos cresceu 84,8%.
Santos Brasil
A Santos Brasil encerrou o segundo trimestre com um lucro líquido de R$ 6,3 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 4 milhões reportado no mesmo período do ano passado.
O Ebitda somou R$ 58,7 milhões, com margem de 22,2%. O Ebitda pró-forma totalizou R$ 35 milhões, com margem de 13,2%. Em base recorrente, o Ebitda pró-forma foi de R$ 42,6 milhões, com margem de 16,1%;
A receita líquida consolidada cresceu 14,9%, totalizando R$ 264,9 milhões de abril a junho.
CPFL
A CPFL Energia apresentou um lucro líquido de R$ 574 milhões de abril a junho, resultado 27,4% acima do registrado no mesmo período do ano passado.
O Ebitda somou R$ 1,505 bilhão, incremento de 9,9%. A receita operacional líquida atingiu R$ 7,036 bilhões no trimestre, aumento de 1,3%.
O Itaú BBA avaliou como “pouco positivo” o resultado da CPFL Energia. “O crescimento de 11% do Ebitda foi impulsionado, principalmente, pelo sólido desempenho da divisão de distribuição, enquanto os resultados da subsidiária renovável foram os de baixa performance do trimestre”, diz, informando que a recomendação é de “Outperform”, com preço-alvo de R$ 39,00.
Alliar
A Alliar reportou um lucro líquido atribuído aos acionistas de R$ 9,6 milhões, crescimento de 82,1%. O lucro pro-forma somou R$ 11 milhões, o que neste critério representou aumento de 108,4%.
O Ebitda somou R$ 65,3 milhões, aumento de 26,4%, com margem de 24,0% (+5,2 p.p.). O Ebitda ajustado, por sua vez, atingiu R$ 73,1 milhões, um incremento de 23%, com margem 26,9% (+5,3 p.p.).
A receita líquida recuou 1%, para R$ 272,4 milhões, com avanço de 2% em same-store-sales (SSS) de +2,0%, porém impactada pelo fechamento de unidades (principalmente a venda da operação no Hospital São Rafael).
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Klabin (KLBN11)
A Klabin informou que venceu uma licitação de armazém no Porto de Paranaguá para movimentação e armazenamento de carga geral, especialmente papel e celulose. O arrendamento garante acesso a uma área de 27.530 metros quadrados pelo prazo de 25 anos, passível de prorrogação por mais 45 anos, com investimentos totais previstos da ordem de R$ 130 milhões e início de operações programado para janeiro de 2022.
“O interesse da Companhia foi motivado pela grande representatividade do Porto de Paranaguá em seu volume de exportação, visando tanto os volumes atuais quanto os referentes às novas máquinas de papéis do Projeto Puma 2”, destacou.
Segundo a empresa, esta operação trará garantia operacional de longo prazo, permitindo ligação ferroviária direta das operações fabris para o Terminal em zona primária, com alta eficiência no carregamento e preferência de atracação.
“A Klabin, valendo-se da flexibilidade para movimentação e armazenamento de papel e celulose, e da redução do seu custo logístico, otimiza sua inserção nos mercados globais de papéis e celulose por meio de uma estrutura ainda mais ágil e eficiente”, completou.
Petrobras
O jornal Valor Econômico destaca que a Petrobras está decidiu rever as regras de governança adotadas nos últimos anos, em razão dos escândalos de corrupção. Entre as propostas estão a redução do volume de reuniões do conselho, com uma menor apreciação no número de projetos de investimento e de venda de ativos. Segundo a publicação, novas regras são dúbias e poderiam abrir espaço para afrouxamento de governança, o que é negado pela empresa.
Durante reunião de uma comissão do Senado, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, disse que a empresa pretende investir aproximadamente US$ 100 bilhões nos próximos cinco anos. Já os desinvestimento devem somar US$ 35 bilhões no período.
Eletrobras
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sinalizou que a Medida Provisória 879, que prevê um aporte de até R$ 3,5 bilhões, à elétrica, deve caducar. A matéria precisaria ser aprovada pelo Congresso até a próxima quarta-feira (21), mas não deve entrar na pauta. A MP prevê que a União destine recursos para arcar com dívidas que “subiram”, para facilitar a privatização de suas seis distribuidoras no Norte e Nordeste, no ano passado, vendidas por um valor simbólico.
Sobre a privatização da empresa, o presidente da elétrica, Wilson Ferreira Júnior, disse ontem que a empresa pode fazer uma emissão de ações com a consequente diluição da participação da União em fevereiro de 2020, na primeira janela de mercado do próximo ano.
BRF
A BRF nomeou Carlos Alberto Bezerra de Moura para a Vice-Presidência Financeira e de Relações com Investidores, posição que vinha sendo ocupada interinamente pelo Diretor Presidente Executivo Global da Companhia, Lorival Nogueira Luz Junior. A data de posse está prevista para o dia 16 de setembro de 2019.
Entre maio de 2011 até setembro deste ano, Bezerra de Moura atuou como Diretor Executivo e CFO da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM). Anteriormente, ocupou o cargo de Vice-Presidente Corporativo e Diretor Financeiro da Diagnósticos da América S.A. (DASA) de novembro de 2009 a maio de 2011.
Banco Pan
O Banco Pan deverá fazer uma oferta subsequente de ações (follow-on) provavelmente em setembro, numa operação estimada em R$ 2 bilhões, diz o Valor Econômico. A operação poderá ser parte primária, mas também secundária, com a saída parcial da Caixa.
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