Ações de Locaweb e Rede D’Or fecham em alta de 5,5%, enquanto Méliuz avança 4% e WEG sobe 1,9% com recomendações; bancos caem

Confira os destaques da B3 na sessão desta quinta-feira (22)

Lara Rizério

(Reprodução: Instagram)
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SÃO PAULO – A sessão foi morna para o Ibovespa mas, mesmo assim, algumas ações se destacaram no pregão. Algumas empresas de tecnologia figuraram entre os maiores ganhos, com a maior alta do benchmark da Bolsa ficando para a Locaweb (LWSA3, R$ 27,85, +5,49%), revertendo assim as perdas acumuladas no mês. Totvs (TOTS3, R$ 38,10, +2,31%) também registrou ganhos.

Também entre as empresas em alta, estiveram aquelas cujas ações foram citadas de forma favorável por bancos, como foi o caso da WEG (WEGE3, R$ 35,10, +1,89%), cuja recomendação de compra foi reiterada pelo Bank of America (veja mais clicando aqui). Fora do índice, as ações da Méliuz (CASH3, R$ 71,22, +4,12%) subiram forte, após o Bradesco BBI ter reiterado recomendação equivalente à compra para a ação e revisado o preço-alvo de R$ 42 para R$ 90 (veja mais clicando aqui).

Voltando ao Ibovespa, com realização de lucros, o Banco Inter (BIDI11, R$ 82,79, -2,49%) teve uma sessão de realização de ganhos, fechando em queda de quase 2,5%.

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A sessão, vale ressaltar, foi de queda para os bancos em geral, caso de Banco do Brasil (BBAS3, R$ 31,95 -1,48%), Santander (SANB11, R$ 40,10, -1,23%), Itaú (ITUB4, R$ 29,10, -1,02%) e Bradesco (BBDC4, R$ 24,20, -0,78%).

Já as ações de Vale (VALE3, R$ 114,70, +0,26%) e siderúrgicas como CSN (CSNA3, R$ 45,90, +0,75%), Usiminas (USIM5, R$ 19,92, +1,22%) e Gerdau (GGBR4, R$ 30,56, +0,86%) chegaram a cair durante a sessão, mas fecharam com ganhos.

No radar do setor nesta data, os contratos futuros do minério de ferro negociados na China recuaram pela quarta sessão consecutiva nesta quinta-feira, chegando a atingir os menores níveis em quase três semanas, diante de perspectivas de mais importações da matéria-prima siderúrgica e em meio a um arrefecimento da demanda devido à decisão do governo chinês de limitar a produção de aço.

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O contrato mais negociado do minério de ferro na bolsa de commodities de Dalian DCIOcv1, para entrega em setembro, chegou a despencar 7,3% durante a sessão, a 1.115 iuanes (US$ 172,51) por tonelada – menor patamar desde 2 de julho. Fechou em queda de 5,3%, a 1.138 iuanes por tonelada.

Após a disparada de 8,5% da véspera depois dos dados de maio e com a fala de Luiz Barsi Filho ao InfoMoney de que está comprando ações do IRB (IRBR3, R$ 5,91, -1,50%), os ativos IRBR3 tiveram uma sessão de leve correção e caíram 1,5%.

Já as ações do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3, R$ 35,16, -1,95%) caíram cerca de 2%. No radar da companhia, o Grupo Casino, controlador do GPA e do Assaí, anunciou que estendeu o vencimento e melhorou as condições financeiras de sua principal linha de crédito sindicalizado na França o que, a princípio, poderia diminuir as chances de desinvestimentos a serem feitos pelo GPA (veja mais aqui e aqui).

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Por outro lado, a Equatorial (EQTL3, R$ 25,05, +2,29%) subiu mais de 2% após divulgar dados operacionais, apontando que a energia total distribuída pelas quatro concessionárias teve alta no segundo trimestre, para 5.917 gigawatts-hora (GWh). A energia distribuída para consumidores livres avançou 35,1%, a 851 MWh.

A Multilaser (MLAS3, R$ 12,95, +16,67%), por sua vez, estreou na B3 com alta de mais de 16% das ações.

Também fora do índice, após disparar 7,3% na véspera, os ativos da Renova Energia (RNEW4, R$ 4,11, +8,16%) tiveram um novo salto, desta vez de mais de 8%. A companhia informou na manhã de quarta-feira (21) que aceitou a proposta do fundo Mubadala para a compra da Brasil PCH, subsidiária do Grupo Renova.

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Segundo fato relevante, a proposta prevê a aquisição da totalidade das ações ordinárias pelo valor de R$ 1,1 bilhão. A Brasil PCH possui um portfólio de 13 pequenas centrais hidrelétricas (PCH) espalhadas pelos estados de Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro e Espírito Santo.

Também fora do índice, a ação da Rede D’Or (RDOR3, R$ 69,92, + 5,51%) avançou mais de 5%. A companhia informou ter celebrado, por meio de sua afiliada Hospital Esperança, contrato inédito de prestação de serviços com a Vale para a gestão e execução de ações e serviços de saúde no Hospital Yutaka Takeda, localizado na Cidade de Parauapebas, no Estado do Pará, e no Hospital Cinco de Outubro, localizado na Cidade de Canaã dos Carajás, no Estado do Pará, região onde se encontra o maior complexo minerador da história da Vale. Detalhes sobre valores e/ou troca de benefícios não foram informados.

O Bradesco BBI aponta que o novo modelo de parceria abre uma oportunidade para que a Rede D’Or ingresse em um segmento que normalmente tem muitas ineficiências, por conta da falta de expertise das experiências que gerenciam os ativos, o que leva a taxas de perdas médicas acima do normal. “Se a Rede D’Or tiver sucesso em realizar uma mudança substancial nesses ativos, o modelo poderá se tornar replicável para outras parcerias com outras empresas”, destacam os analistas. Veja mais clicando aqui. 

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Confira os destaques:

Petrobras (PETR3, R$ 27,77, +0,14%;PETR4, R$ 26,90, -0,22%)

A Petrobras informou que assinou junto à Fundação Petrobras e Seguridade Social (Petros), um termo de compromisso, referente à sua participação paritária, para pagamento à vista da dívida reconhecida no processo de migração dos Planos PPSP-R e PPSP-NR para o Plano Petros-3 (PP3).

Na data-base de 30 de abril, o valor da dívida da Petrobras era de R$ 1,3 bilhão, de acordo com os critérios contidos nos termos de migração dos planos PPSP-R e PPSP-NR.

O montante final será corrigido pelas metas atuariais dos planos de origem (PPSP-R e PPSP-NR).  A previsão do início de operacionalização do PP3 é 1º de agosto de 2021.

Multilaser (MLAS3, R$ 12,95, +16,67%)

As ações da Multilaser estreiam nesta quinta na Bolsa com o ticker MLAS3. A empresa levantou R$ 2,2 bilhões em oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). A ação foi precificada a R$ 11,10 em IPO.

A Multilaser destaca deter 65% do mercado de pendrives, 39% dos cartões de memória no país e fabrica também smartphones, notebooks e acessórios de computador e para esportes e saúde, além de equipamentos de áudio e vídeo, segurança eletrônica e brinquedos, entre outros.

Rede D´Or (RDOR3, R$ 69,92, + 5,51%)

A Rede D’Or São Luiz celebrou, por meio de sua afiliada Hospital Esperança, contrato de prestação de serviços com a Vale para a gestão e execução de ações e serviços de saúde no Hospital Yutaka Takeda, localizado na Cidade de Parauapebas, no Estado do Pará, e no Hospital Cinco de Outubro, localizado na Cidade de Canaã dos Carajás, no Estado do Pará, região onde se encontra o maior complexo minerador da história da Vale. Detalhes sobre valores e/ou troca de benefícios não foram informados.

Os hospitais, cujos imóveis são de propriedade da Vale, desenvolvem atividades ambulatoriais, pronto-socorro e médico-hospitalares para pacientes adultos e pediátricos. O contrato tem vigência de dez anos.

“Esse contrato inaugura um novo modelo de parceria entre uma autogestão e uma rede hospitalar com objetivo de aumentar a qualidade assistencial e trazer mais sustentabilidade ao setor, beneficiando toda a população atendida pela Vale na região de Carajás”, informou a empresa, em comunicado.

A operação engloba ainda a análise pelas partes de uma possível parceria na construção ou aquisição de uma unidade hospitalar para atendimentos médico-hospitalares de alta complexidade na Cidade de Parauapebas, no Estado do Pará.

O BBI aponta que o novo modelo de parceria abre uma oportunidade para que a Rede D’Or ingresse em um segmento que normalmente tem muitas ineficiências, por conta da falta de expertise das experiências que gerenciam os ativos, o que leva a taxas de perdas médicas acima do normal. Se a Rede D’Or tiver sucesso em realizar uma mudança substancial nos ativos, o modelo poderá se tornar replicável para outras parcerias com outras empresas. O Bradesco mantém recomendação outperform para a Rede D’Or, e preço-alvo de R$ 82.

Magazine Luiza (MGLU3, R$ 23,25, -0,47%)

O Magazine Luiza precifica nesta quinta seu follow-on, ou oferta subsequente de ações na sigla em inglês, de 150 milhões de papéis.

Eletrobras (ELET3, R$ 43,26, +0,19%;ELET6, R$ 43,08, +0,44%)

A Eletrobras informou na quarta-feira que a sua subsidiária Eletronorte celebrou um Instrumento de Confissão de Dívidas com a Amazonas Energia (AmE) no valor de R$ 808,75 milhões, visando a repactuação da dívida detida pela AmE com a controlada da elétrica estatal.

A dívida diz respeito a faturas de Operação, Manutenção e Potência de ativos localizados em Manaus. Segundo fato relevante divulgado pela Eletrobras, essas faturas venceram entre novembro de 2020 e julho deste ano.

Equatorial (EQTL3, R$ 25,05, +2,29%)

A Equatorial divulgou dados operacionais, reportando alta da energia total distribuída em 10,7% no segundo trimestre de 2021, com relação a igual período de 2020.

No semestre, a alta foi de 7,3%, com relação à primeira metade do ano passado.

O maior impacto do resultado veio dos consumidores livres, que consumiram 35,1% a mais no trimestre na comparação anual. No semestre, o grupo consumiu 24,7% a mais do que o mesmo período de 2020.

Jalles Machado (JALL3, R$ 9,97, -0,10 %)

O conselho de administração da produtora de açúcar e etanol Jalles Machado aprovou, em assembleia realizada na terça, investimentos de R$ 517,4 milhões para que a companhia expanda o volume de moagem de cana-de-açúcar em suas duas unidades industriais em 1 milhão de toneladas.

De acordo com fato relevante divulgado pela empresa na quarta os investimentos foram feitos com recursos obtidos por meio de sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). Realizado no início de fevereiro, o IPO movimentou R$ 741,5 milhões.

Log CP (LOGG3, R$ 30,62, +0,43%)

O Bradesco BBI publicou uma avaliação sobre a Log CP. Segundo o banco, a indústria de galpões para logística no Brasil está mais aquecida do que nunca, impulsionada pelo forte crescimento do e-commerce. O banco ressalta que em maio a empresa vendeu seu projeto em Extrema (MG) por R$ 273 milhões, ou R$ 3.546/m2.

O banco avalia que não há sinais de desaceleração no setor, e diz acreditar que a LogCP poderá atingir a menor taxa de vacância de sua história, de 2,2%. O banco diz esperar que o faturamento bruto cresça 6% no segundo trimestre em comparação com o mesmo período do ano anterior, e 1% em comparação com o trimestre imediatamente anterior, a R$ 37 milhões.

Os resultados devem ser impulsionados pelo repasse parcial da inflação medida pelo IGP-M, ainda assim acima do IPCA. O banco diz esperar uma alta média de 13% nos aluguéis, frente a um IPCA de 8% nos últimos 12 meses. Outro fator destacado pelo banco é a entrega que 10 mil m2 de área bruta locável (GLA na sigla em inglês) no trimestre e de 41 mil m2 em 12 meses, o que compensa em parte pela perda de receita dos ativos vendidos.

Além disso, o Ebitda deve atingir R$ 30 milhões, na avaliação do banco, alta de 15% na comparação anual, e o fluxo de caixa proveniente das operações (FFO na sigla em inglês) deverá atingir R$ 27 milhões, alta de 18% na comparação anual.

O banco mantém recomendação outperform para a Log CP, e preço-alvo de R$ 42,00.

BR Properties (BRPR3, R$ 9,03, +0,78%)

A BR Properties firmou acordo com o fundo de investimento imobiliário VBI, administrado pelo banco BTG Pactual, para a construção de dois galpões logísticos em um imóvel da companhia na capital paulista.

Segundo o fato relevante, o Galpão Pirituba corresponde a um terreno de 32.500 m². O acordo prevê que o fundo VBI Logístico desenvolverá um empreendimento com dois galpões logísticos, com área construída total de 8.450 m².

A companhia será proprietária de 40% do empreendimento e não terá desembolso de caixa na operação.

Segundo a Guide, a notícia é positiva. “A BR Properties amplia seu portfolio no segmento de galpões logísticos, após realizar a venda de ativos no segmento de lajes corporativas, seguindo uma tendência de mudança no seu portfolio de ativos. Vemos o movimento como positivo para deixara empresa com uma maior diversificação de ativos”, aponta.

Méliuz (CASH3, R$ 71,22, +4,12%)

O Bradesco BBI atualizou seu modelo para a Méliuz após a conclusão de sua oferta subsequente de ações (follow on em inglês), e antes da divulgação dos resultados relativos ao segundo trimestre de 2021. O banco reiterou sua avaliação outperform (perspectiva de valorização acima da média do mercado), e elevou o preço-alvo de R$ 42 para R$ 90 por ação em 2022, alta de 32% frente à cotação de R$ 68,40 de quarta.

O banco diz que a empresa está bem posicionada para acelerar o crescimento por meio da oferta, que deverá impulsionar a proposição de valor da plataforma, e abrir caminho para a oferta de mais serviços financeiros. O Bradesco também diz enxergar forte potencial de geração de receita, e diz que espera um impacto de curto prazo por conta de custos mais altos, à medida que a Méliuz continua a investir na plataforma para pavimentar caminho para mais crescimento no futuro.

O BBI espera alta de 16% nas receitas no segundo trimestre em comparação com o trimestre imediatamente anterior, e de 143% na comparação anual. O Bradesco BBI espera que o volume bruto de mercadorias (GMV na sigla em inglês) suba 21% na comparação trimestral.

(com Estadão Conteúdo e Reuters)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.