Ação da C&A (CEAB3) fecha longe das máximas após CEO negar venda para Renner (LREN3), mas ainda sobe 11,5%

. “A informação não procede”, disse Paulo Correa, presidente da varejista de moda C&A no Brasil, ao Valor Econômico

Equipe InfoMoney

(Shutterstock)
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As ações da C&A Brasil (CEAB3) registraram uma sessão de forte volatilidade na Bolsa nesta segunda-feira (16).

Os ativos chegaram a saltar até 28,18%, a R$ 3,13, na sessão, com a notícia do fim de semana da coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo, de que a Lojas Renner (LREN3) estaria em negociações preliminares para adquirir a operação da companhia no Brasil. Enquanto isso, LREN3 chegou a uma mínima de queda de 3% e alta máxima de cerca de 3%, mas fechou o pregão de segunda em queda de 2,04%, a R$ 19,73.

Procurada pelo InfoMoney, a assessoria da Renner disse que “não comenta rumores do mercado”; mais cedo, à Reuters, a C&A também havia dito que “não comenta rumores ou especulações de mercado”.

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Contudo, durante o dia, os ativos CEAB3 chegaram a amenizar e a registrar ganhos de menos de 4%. A alta menos expressiva ocorreu após o presidente da varejista de moda no Brasil, Paulo Correa, negar ao Valor Econômico um possível avanço de negociações de venda da operação. “A informação não procede”, disse Correa ao jornal. Contudo, a ação retomou o ânimo na reta final e fechou com alta de 11,52%, a R$ 2,71.

De acordo com informações de mercado, a Renner também teria sinalizado que não está interessada em fazer grandes aquisições no momento.

Já segundo fontes consultadas pelo colunista do jornal O Globo e divulgadas no fim de semana, a possível venda das operações da C&A no Brasil não seria surpresa. A empresa, apesar de não ter formalizado a venda de ativos no país, estaria consultando fundos e grupos estratégicos nos bastidores.

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Cabe destacar que uma possível oferta da Renner pela C&A estava no radar dos investidores e analistas de mercado desde 2021, quando a companhia realizou um aumento de capital bilionário.

Na ocasião, analistas da XP haviam apontado que uma potencial combinação de Lojas Renner e C&A seria positiva estrategicamente.

Em primeiro lugar, porque ambas atenderiam o mesmo público alvo (classes A-/B/C+), o que mitigaria o risco de execução em relação a entender um novo tipo de consumidor.

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Além disso, viam duas grandes fortalezas na C&A: (i) velocidade de lançamentos de coleções e forte atuação em novas tendências, inclusive através de collabs (associação com outras marcas ou nome de personalidades para fornecer diferentes serviços ou produtos para um certo público), que complementariam o portfolio da Lojas Renner; e (ii) atuação no digital, através do marketplace Galeria C&A e do social commerce, um complemento à visão da Renner de se tornar um ecossistema de moda e lifestyle.

Já a principal lacuna em que a C&A tinha trabalhado era a melhora da sua operação logística, o que é uma fortaleza da Lojas Renner e que poderia ser rapidamente endereçada sob a gestão da companhia, afirmaram, mas destacando na época que não havia “nenhuma informação concreta para ter uma opinião melhor fundamentada”.

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