Ações da Brisanet (BRIT3) chegam a saltar 21% com disparada do lucro, mas fecham em alta de “apenas” 3,6%

Desempenho se deve a melhoria de margem decorrente de ações voltadas para redução de custos a partir de abril de 2022 e da redução do ritmo de expansão

Equipe InfoMoney

Brisanet (Foto: Divulgação)
Brisanet (Foto: Divulgação)

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As ações da provedora de serviços de internet Brisanet (BRIT3) chegaram a ter uma sessão de disparada na Bolsa, após a divulgação dos resultados do quarto trimestre de 2022 (4T22). Os ativos chegaram a subir 21,24% (R$ 2,34), mas a alta foi amenizada ao longo do dia. Os papéis fecharam com ganhos de 3,63%, a R$ 2.

A companhia reportou na véspera lucro líquido de R$ 30,5 milhões no quarto trimestre de 2022 (4T22), um crescimento de 1.806,2% em relação ao lucro reportado no mesmo intervalo de 2021. O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado totalizou R$ 143 milhões no 4T22, um crescimento de 108,8% em relação ao 4T21.

De acordo com a Brisanet, o desempenho se deve a melhoria de margem decorrente de ações voltadas para redução de custos a partir de abril de 2022 e da redução do ritmo de expansão o que diminui os custos iniciais de entrada em cidades novas.

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A margem Ebitda ajustada atingiu 52% entre outubro e dezembro, alta de 18 pontos percentuais (p.p.) frente a margem registrada em 4T21.

A XP aponta que a companhia reportou resultados sólidos no 4T22 e superando suas estimativas, especialmente na margem Ebitda e lucro líquido. A receita líquida foi de R$ 277,5 milhões (+36% na base anual e +3% acima da projeção da casa), enquanto o Ebitda ficou 6% acima do esperado.

“O destaque do trimestre foi mais uma vez a forte recuperação da margem Ebitda”, aponta. Já a dívida líquida ficou praticamente estável, resultando em uma relação dívida líquida/Ebitda de 1,7 vez (versus 2 vezes no 3T22).

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O Itaú BBA também avaliou os resultados como fortes e superando suas estimativas em todas as linhas, sendo o grande destaque e a forte expansão de ambas as margens brutas e Ebitda como reflexo de sua estratégia de preservar caixa via contenção de opex (despesas operacionais) com redução de expansão geográfica e de homes passed (pontos de acesso).

Os analistas do BBA destacam ainda que a empresa reforçou que não precisar levantar capital em 2023 para fazer frente ao capex devido perspectiva de crescimento e geração de caixa, o que vê como bastante positivo.

O Bradesco BBI, por sua vez, avaliou que a empresa continua a apresentar melhorias sequenciais de Ebitda e expansão de margem. “Do lado negativo, a leve queima de caixa ainda pode pesar sobre as ações com preocupações de alavancagem, o que deve impedir uma reavaliação significativa no curto prazo”, apontou.

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A XP mantém recomendação neutra para o papel e preço-alvo para o final de 2023 de R$ 4,50 por ação, enquanto o Bradesco BBI tem recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra). O BBA, assim como a XP, tem recomendação equivalente à neutra para os ativos (marketperform, desempenho em linha com a média do mercado), com preço-alvo de R$ 3,10, mas destaca a Brisanet como a sua preferida entre as ISPs (provedoras de serviço de internet).

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