Ação da Natura sobe 5%, enquanto Marfrig cai forte pelo 2º dia seguido; Eucatex ON têm novo salto

Confira os destaques da B3 na sessão desta quinta-feira (19)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O Ibovespa renovou máxima histórica pela terceira sessão seguida, superando os 115 mil pontos. A maior alta do índice ficou com a Natura (NTCO3), que saltou 5,69%. Nesta semana, a companhia anunciou a mudança da estrutura societária aprovada em assembleia em novembro, além da mudança de ticker.

As ações da Gerdau (GGBR4), por sua vez, registram ganhos superiores a 2%. A ação da companhia entrou na carteira estratégica de ações do Itaú BBA. Na outra ponta, estiveram os ativos da Marfrig (MRFG3), com queda de mais de 5%, em forte baixa pela segundo dia seguida após oferta de ações com a saída do BNDES. Já a Cogna (COGN3) teve baixa depois da saída de diretor.

Os ativos da Eucatex (EUCA3;EUCA4), por sua vez, registraram novamente uma sessão de forte alta, sem que ainda se saiba ao certo o motivo de tamanha disparada, principalmente dos ativos ON, que já avançam 1.146% na semana, enquanto os PN sobem 13,29%. Nesta sessão, os papéis EUCA3 subiram 76,32%, enquanto a EUCA4 caiu 8,31%. Veja mais clicando aqui. 

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Outra small cap que salta é a General Shopping (GSHP3), com ganhos de 10,50%. A ação já dispara mais de 300% na semana.

Confira os destaques:

Cogna (COGN3)

A Cogna e sua subsidiária Saber, do segmento de educação básica, anunciaram a renúncia do diretor de relações com investidores, Carlos Alberto Bolina Lazar.

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Lazar estava na Cogna desde 2010 e seguirá no cargo até 10 de janeiro de 2020. Ele será substituído interinamente por Jamil Marques, eleito hoje pelo conselho de administração para a diretoria financeira.

Marques está na Cogna desde 2015 e anteriormente trabalhou na AES Brasil, na consultoria McKinsey e no banco UBS.

Petrobras (PETR3;PETR4)

A Petrobras aprovou ontem a distribuição de lucros aos acionistas, que receberão uma soma bruta de R$ 2,3 bilhões, equivalente a R$ 0,42 por ação em circulação. O pagamento ocorrerá em 7 de fevereiro de 2020, com uma data de corte de 26 de dezembro para os acionistas que têm papéis na B3 e 30 de dezembro para os que possuem ADRs na Bolsa de Nova York. Os acionistas que têm ADRs receberão o pagamento em 17 de fevereiro.

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A companhia ainda informou que aderiu a programas especiais de pagamento de ICMS nos Estados de Amazonas, Alagoas, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Sergipe. O valor atualizado dos débitos, segundo a estatal, é de R$ 3,6 bilhões, e a adesão vai permitir uma economia próxima de 70%, com o desembolso de R$ 1 bilhão pela companhia. Este valor terá impacto nos resultados do quarto trimestre deste ano.

A companhia informa ainda que as pendências são referentes a apropriação de créditos de ICMS sobre aquisição de mercadorias, e cobrança nas vendas interestaduais de gás natural.

Por fim, a empresa confirmou que não chegou a um acordo com a empresa chinesa CNPC para finalizar as obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). A informação já tinha sido antecipada pelo presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, na semana passada, e foi confirmada por meio de nota divulgada na noite de ontem.

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Segundo a nota, as duas empresas concluíram, depois de um estudo de viabilidade econômica, que a finalização da refinaria, localizada em Itaboraí, no Grande Rio, não é atrativa economicamente.

Portanto, o acordo de parceria estratégica com a chinesa foi encerrado em efetivação do negócio. Outros acordos, que envolviam a participação de 20% da chinesa no aglomerado de campos de Marlim (Marlim, Voador, Marlim Sul e Marlim Leste), também foram encerrados.

Por isso, o Conselho de Administração da Petrobras solicitou um levantamento de alternativas para a área do Comperj. Uma delas seria a integração da Refinaria Duque de Caxias (Reduc), com algumas unidades hibernadas do Comperj para a produção de lubrificantes básicos e combustíveis. Os produtos seriam enviados para processamento no Comperj, por meio de dutos.

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A Petrobras explicou, no entanto, que ainda continuará estudando novas parcerias com a CNPC.

A Petrobras também informou que analisou outros projetos. Um deles é a possibilidade de construção de uma termelétrica, em parceria com outros investidores, utilizando gás natural do pré-sal. Outro é a implantação do Projeto Integrado Rota 3, que abrange o gasoduto Rota 3, a unidade de processamento de gás natural (UPGN) e o conjunto de utilidades necessárias para sua operação, que permitirá o escoamento de 21 milhões de metros cúbicos por dia de gás do pré-sal a partir de 2021.

General Shopping (GSHP3)

As ações da General Shopping saltaram mais de 300% nos últimos quatro pregões. Na última semana, a companhia informou a aprovação do grupamento de ações da companhia de 36 unidades para uma ação. Os acionistas terão até o dia 10 de janeiro para ajustar a posição acionária em lotes múltiplos de 36 ações.

Já nesta quarta, a General Shopping informou que a Zenith Asset Management chegou a 3.461.800 ações ordinárias, correspondentes a 4,99% do total desse tipo de ativo.

Gerdau (GGBR4)

A Gerdau entrou na carteira TOP 5 do Itaú BBA. Segundo os estrategistas, ela está em um ponto ideal para se beneficiar da recuperação da economia brasileira, já que o país responde por entre 55% a 60% de sua geração de EBITDA (incluindo as operações de aços especiais). A equipe de macro do Itaú espera que o crescimento do PIB do Brasil melhore para 2,2% em 2020, seu nível mais alto desde 2013.

“Estímulos monetários adicionais poderiam, em nossa opinião, apoiar uma aceleração gradual na produção industrial, no setor imobiliário e nas atividades de infraestrutura em todo o país em 2020”, avalia.

Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11)

A XP Investimentos atualizou as estimativas para os papéis das empresas de celulose Suzano e Klabin, que neste ano tiveram uma performance inferior ao Ibovespa por conta dos preços de celulose.

“Esperamos que os preços da celulose se recuperem gradualmente ao longo de 2020”, informa a análise. A recomendação de compra para as ações da Suzano foi mantida pela XP, com um novo preço-alvo de R$ 45 por papel, a partir do preço-alvo anterior de R$ 40. Já para a Klabin, embora a recomendação tenha permanecido neutra, a estimativa de preço-alvo da ação subiu de R$ 19 para R$ 20,5.

Ainda sobre a Suzano, a companhia informou que construirá uma nova fábrica com capacidade de produção de 30 mil toneladas anuais de papel higiênico e papel toalha, na qual serão investidos R$ 130 milhões; fará uma reforma na planta que já possui em Aracruz, com a substituição de partes da caldeira e instalação de um sistema de cristalização, ao custo de R$ 272 milhões; e desenvolverá uma nova base florestal, com a aquisição de terrenos e plantios, operação estimada em R$ 531 milhões. Os investimentos serão feitos em um prazo de 25 meses após a aprovação das licenças, informou a Suzano.

Vale (VALE3)

A BlackRock aumentou sua participação acionária na Vale para 5,03% dos ativos ON. Desta forma, a gestora passa a deter 208 milhões de ações ordinárias e 57 milhões de ADRs.

CPFL (CPFE3) e CPFL Renováveis (CPRE3)

A CPFL Energia fará OPA por ações ON da CPFL Energia Renováveis. A oferta pública de aquisição de até 291.550 ações ON da CPFL Energia Renováveis será lançada a R$ 16,85 por ação, segundo comunicado.

A OPA tem como objetivo a conversão do registro de companhia aberta categoria ‘A’ para categoria ‘B’ e saída do Novo Mercado. A operação foi aprovada pelo conselho da CPFL Energia e pela diretoria da CPFL Geração.

Marfrig (MRFG3)

A Marfrig Global Foods S.A. comunicou ontem ao mercado que antecipará de 2023 para agora o pagamento das suas notas sênior, com remuneração de 8,000% ao ano. Essas notas foram emitidas pela Marfrig Holdings B.V. na Europa em 2016 e segundo a multinacional representam a principal dívida da companhia, no valor de US$ 446 milhões (R$ 1,8 bilhão). “A liquidação antecipada está alinhada com a redução de custo financeiro e melhor alocação de capital, reforçando seu compromisso com a disciplina financeira”, diz o texto enviado à CVM.

Telecom

A operadora mexicana América Móvil (AMX), dona da Claro no Brasil, informou ontem à CVM que concluiu a compra de toda a Nextel Brasil, pela qual pagou US$ 905 milhões (R$ 3,6 bilhões). Com o fim da transação, a AMX espera se consolidar como uma das principais operadoras de telefonia celular no Brasil, principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro.

Copel (CPLE6)

A Companhia Paranaense de Energia (Copel), estatal geradora e distribuidora de energia elétrica no Estado do Paraná, comunicou ontem à CVM que encerrou no dia 15 seu Programa de Demissão Voluntária (PDV). Segundo a empresa, 395 funcionários solicitaram e tiveram suas demissões efetivadas. A Copel afirma que o montante das indenizações do PDV totalizou R$ 43 milhões; a empresa espera reduzir o custo anual em R$ 93,7 milhões.

Lojas Renner (LREN3)

O Conselho de Administração das Lojas Renner informou ontem aos acionistas que aprovou o pagamento de R$ 61,3 milhões em dividendos, referentes ao exercício de 2019. Segundo o Conselho, o pagamento aos acionistas acontecerá em um prazo de 10 dias após a primeira Assembleia Geral Ordinária de 2020.

Braskem (BRKM5)

A petroquímica Braskem comunicou ontem ao mercado que pagará dividendos o lucro sobre o exercício de 2018 aos seus acionistas no dia 30 de dezembro. A Braskem informou que pagará uma soma total de R$ 667 milhões aos detentores de ações ordinárias e preferenciais, com papéis na B3 e na NYSE. No Brasil o pagamento será efetuado pela Itaú Corretora, enquanto nos Estados Unidos ficará a cargo do Bank of New York Mellon, depositário dos ADRs da empresa.

Restoque (LLIS3)

A Restoque, controladora da rede de lojas de vestuário Le Lis Blanc, informou na noite de ontem à CVM que aumentou o seu capital social em R$ 258 milhões, através de oferta pública de ações. No total, a empresa emitiu 17,2 milhões de ações ordinárias. Segundo a empresa, o objetivo da oferta foi melhorar a liquidez de caixa.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.