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As ações da CVC (CVCB3) ganharam força e passaram a subir forte durante a tarde desta terça-feira (29), por volta das 15h (horário de Brasília).
O movimento aconteceu logo após se tornar público o pedido de recuperação judicial da 123Milhas.
Com a notícia, os ativos CVCB3 fecharam com alta de 6,36%, a R$ 2,34.
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Confira abaixo o desempenho das ações ao longo da sessão:
Em uma análise preliminar, Luan Alves, analista da VG Research, destaca que a 123 Milhas é uma concorrente grande no setor de turismo e, sem atuação da empresa, poderá gerar mais espaço para a CVC.
Guilherme Ammirabile, assessor na iHUB Investimentos, aponta que, no fim do dia, a empresa é uma concorrente. “Os clientes existem, estão querendo viajar, a demanda não diminui só porque uma empresa deixou de operar. Talvez essa demanda ou parte dela migre para CVC. E não só 123Milhas, mas talvez o mercado de venda de pacotes em data futura ficou um pouco balançado. Já o modelo tradicional de agência de viagem pode se sobressair nesse contexto, com uma leitura de que o modelo de negócios da 123Milhas não é sustentável e o modelo de CVC já é mais garantido”, avalia.
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Gustavo Cruz, Estrategista Chefe da RB Investimentos, ressalta que, depois do Hurb, agora a 123Milhas está em dificuldades, fazendo com que a operadora de turismo listada em Bolsa perca dois dos seus principais concorrentes, que contavam com um marketing muito forte.
“CVC ainda tem seu nicho, lojas físicas muito relevantes, espalhadas pelo Brasil, e deve se beneficiar de uma renda maior no ano que vem”, aponta o estrategista, mas ponderando que a empresa sofreu muito nos últimos anos por conta do turismo praticamente estagnado. Cabe destacar que, no acumulado do ano, as ações CVCB3 caem 48%.
Além disso, a CVC já vem de uma situação um pouco delicada financeiramente. Ou seja, o cenário não está extremamente bom para ela adiante.
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“Parece que tem outros players menores que estavam com uma situação financeira boa. Esses sim, com 123 milhas e Hurb fora, vão cada vez mais ganhar protagonismo”, avalia.
Danielle Lopes, sócia e analista de ações da Nord Research, aponta que, apesar da CVC ter passado por momentos bastante ruins de estrutura de capital, ter que fazer emissão e ficar bastante alavancada, a competição era um fator importante nesta equação.
“A CVC tinha bastante dificuldade de operar online, tinha muito mais lojas físicas. Além disso, também com a pandemia, seus custos ficaram muito altos, tendo a partir daí uma mudança significativa de digitalização do setor. Todo mundo foi para online e essas novas empresas de agência de turismo passaram a roubar o mercado da CVC muito mais rápido do que ela conseguiu se digitalizar”, avalia Danielle.
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Na visão da analista, agora passa a haver um movimento contrário, uma vez que a força de uma marca passa a ter muito mais peso do que somente o objetivo de economizar com viagens.
“Antes poderia consultar qualquer um dos novos entrantes ali no setor. Agora o cliente acaba pensando se perderá o seu dinheiro se fizer esse caminho (…) A CVC volta a ser uma marca forte e que já está há muitos anos no mercado, sendo que boa parte dos consumidores em algum momento já utilizaram para fazer as suas viagens”, avalia.
Ela pondera que a CVC precisa saber aproveitar, no sentido de se posicionar digitalmente e ficar disponível para atender essa nova demanda dessa base de clientes.
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