Ação da 3R Petroleum (RRRP3) fecha em alta de 9,33% com avanço do petróleo e BofA vendo potencial de alta acima de 100% para ativos

Analistas do banco americano iniciaram cobertura para papel com recomendação de compra e vendo valuation muito atrativo

Equipe InfoMoney

(Getty Images)
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Com o novo dia de alta para os preços do petróleo em meio à expectativa pela reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados (Opep+) e também com recomendação positiva de analistas, a ação da 3R Petroleum  (RRRP3) foi destaque de alta do Ibovespa. Os papéis saltaram 9,33%, a R$ 41,60, chegando a superar 10% de alta nesta terça-feira (4). A PetroRio (PRIO3) avançou 4,80%, a R$ 30,33, enquanto os ativos da Petrobras (PETR3;PETR4), após a disparada da véspera, fecharam com quedas respectivas de 1,97% e 2,52%.

Os analistas do Bank of America iniciaram a cobertura para as ações da 3R Petroleum com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 90 por ação, o que configura um potencial de valorização de 136,5% frente o fechamento da véspera.

Leonardo Marcondes e Frank McGann, analistas que assinam o relatório, apontam que a visão positiva sobre as ações da petroleira está baseada no (1) potencial da 3R para aumentar a produção de petróleo e gás dos ativos maduros adquiridos nos últimos anos; (2) melhor governança corporativa; (3) melhoria do marco regulatório para empresas independentes de E&P no Brasil; e (4) valuation muito atrativo.

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“A estratégia da 3R Petroleum é baseada nos princípios de ‘Redesenvolver, Revitalizar e Repensar’, que se concentra na maximização da produção/reservas de seus ativos. Após a aquisição de nove ativos no Brasil, acreditamos que o foco da 3R mudou para a revitalização de seu portfólio atual”, avaliam os analistas.

Eles esperam que o risco percebido do mercado para a empresa diminua, uma vez que (1) as plantas de separação água-óleo, atualmente em construção, entrem em operação no cluster de Macau, levando a uma maior produção; e (2) a 3R assuma a operação dos ativos restantes e comece a aumentar a produção desses campos.

“Derivamos nosso preço-alvo de R$ 90 a partir de um fluxo de caixa descontado de 30 anos com custo de capital próprio de 15,0% em termos nominais em dólares. Nossos números pressupõem o desenvolvimento das reservas 2P (provadas e prováveis) da empresa para todos os ativos, exceto Papa-Terra e Areia Branca, para os quais assumimos 1P (provadas) e PDNP [Reservas Provadas, Desenvolvidas e Não Produzindo], respectivamente. Também incluímos a Refinaria Clara Camarão (RPCC) em nosso modelo”, ressaltam.

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Os riscos para a empresa, na avaliação dos analistas, são: (1) preços do petróleo abaixo do esperado; (2) dificuldades técnicas nas operações levando a opex e capex para redesenvolvimento acima do esperado; (3) desempenho do reservatório menos favorável; (4) aquisição de novos campos no curto prazo antes de obter maior produção de ativos já adquiridos; e (5) risco Brasil/emergentes aumentando.

O BofA possui uma projeção para o petróleo de US$ 100 o barril para 2023, US$ 83 para 2024 e US$ 70  para 2025 – a partir de 2025, o preço do Brent é ajustado pela inflação.

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