9 em cada 10 bancos centrais consideram lançar moedas digitais, diz BIS

Pesquisa descobriu que maioria dos bancos centrais está desenvolvendo CBDCs ou fazendo experimentos concretos

CoinDesk

Fonte: iStock/Getty Images
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Nove em cada dez bancos centrais ao redor do mundo estão explorando a possibilidade de lançar moedas digitais de bancos centrais (CBDCs, na sigla em inglês), revela uma pesquisa conduzida pelo Bank for International Settlements (BIS), divulgada nesta sexta-feira (6).

Segundo o relatório, a maioria dos bancos centrais está desenvolvendo ou testando uma CBDC de varejo, ou seja, feita para usuários finais, do que uma CBDC de atacado, feita para bancos.

Mais da metade dos bancos entrevistados está desenvolvendo CBDCs ou “fazendo experimentos concretos”. Cerca de 20% estão desenvolvendo ou testando uma CBDC de varejo, o dobro do número de bancos centrais fazendo uma moeda digital de atacado.

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O estudo ouviu 81 bancos centrais no segundo semestre de 2021, e explorou o nível de engajamento das instituições com as CBDCs, além de suas motivações e intenções para emissão dos ativos digitais. O BIS é uma organização de bancos centrais e pertencente a 63 entidades que representam cerca de 95% do PIB mundial.

Ao redor do mundo, bancos centrais estão explorando ativamente os CBDCs à medida que as economias procuram fortalecer seus pagamentos digitais e infraestruturas bancárias. As CBDCs são consideradas promissoras por trazerem potencial de melhoria da inclusão financeira e aceleração de transferências entre diferentes países.

No entanto, a liderança da China no desenvolvimento e teste de um renminbi digital faz com que alguns governos ao redor do mundo também as vejam como ameaça à soberania monetária de demais nações.

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Em setembro de 2021, o BIS sinalizou que bancos centrais do mundo todo estavam começando a desenvolver moedas digitais de bancos centrais. Segundo o monitor de CBDCs do Atlantic Council, 87 países que representam mais de 90% da economia global estão desenvolvendo essas moedas.

“Em média, quase seis em cada dez bancos centrais que participaram da pesquisa disseram que esse crescimento acelerou seu trabalho em CBDCs”, afirmou o relatório.

As jurisdições representadas pela pesquisa do BIS englobam quase 76% da população mundial, e 56 bancos centrais entrevistados representam economias emergentes ou em desenvolvimento.

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Bancos centrais nas Bahamas, na China e na Nigéria já emitiram ou estão testando uma CBDC de varejo. Segundo a pesquisa, cerca de 68% de outras jurisdições devem seguir o mesmo caminho em um “futuro próximo”. Uma delas é o Brasil, que prevê iniciar os testes do real digital ainda em 2022.

Além das perguntas sobre as CBDCs, a pesquisa questionou os bancos centrais sobre as stablecoins (criptomoedas atreladas ao valor de outros bens ou moedas, como o dólar americano) e as criptomoedas em geral.

“Dependendo do tipo de stablecoin, os bancos centrais têm expectativas diferentes quanto sua capacidade de escalar e serem largamente utilizadas e aceitas como forma de pagamento”, disse o relatório, acrescentando que bancos centrais parecem acreditar que stablecoins lastreadas em uma única moeda têm mais chances de serem aceitas como forma de pagamento do que outras lastreadas em commodities ou outras criptomoedas.

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Cerca de 70% dos bancos centrais estão pesquisando o impacto potencial das stablecoins na estabilidade monetária e financeira, e aproximadamente 25% estão estudando o uso de criptomoedas.

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