3R Petroleum (RRRP3) quer iniciar operação do Polo Potiguar em junho

Após balanço do 1º trimestre, as ações da petroleira júnior dispararam quase 12%

Augusto Diniz

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Não é à toa que a 3R Petrobras (RRRP3) aguarda ansiosa o fechamento da aquisição do Polo Potiguar da Petrobras (PETR4), depois de 16 meses em que a estatal aprovou a venda do ativo. Sua operação irá representar 45% da produção total de petróleo da companhia.

Na teleconferência desta quinta-feira (27), de apresentação dos resultados do 1º trimestre, Rodrigo Pizzarro, CFO da empresa, deu até a data do início provável de operação do polo com 22 campos: 1º de junho.

É que em maio, ao que tudo indica, o closing com a Petrobras finalmente será assinado após incertezas com a nova política da estatal de parar o programa de desinvestimento.

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Após o balanço, as ações da petroleira júnior dispararam quase 12% na sessão desta quinta-feira (27).

3R Petroleum (RRRP3): Última licença

“A companhia se encontra em fase final de cumprimento das obrigações do contrato de aquisição com a Petrobras. Resta apenas a transferência da licença de operação de Ubarana, que será emitida pelo Ibama”, explica Matheus Dias, CEO da 3R.

Uburana é um dos três subpolos do Polo Potiguar – os outros dois são Canto do Amaro e Alto do Rodrigues.

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O CEO explicou que nesta quarta-feira (26) as licenças dos emissários do polo que estavam pendentes foram emitidas pelo Idema, órgão ambiental do Rio Grande do Norte. “Tendo em vista que a transferência da licença de operação de Ubarana é a última, recebemos o último ofício do Ibama”, disse. “Respondemos o ofício junto com a Petrobras e enviamos dia 14″, acrescentou.

Ele disse que não resta nenhuma obrigação específica e concreta tanto do lado da 3R como da Petrobras.

“Simplesmente nos colocamos à disposição para eventuais novos esclarecimentos. Nossa expetativa, é que estamos muito próximos e acredito que, entre uma a duas semanas, devemos conseguir concluir esse processo. Depois, tem a etapa de alguns trâmites burocráticos, até o closing com a Petrobras. A expectativa é que bem próximo do final do mês (maio) conclua essa transação efetivamente”, afirmou a analistas durante a teleconferência. “Estamos ansiosos para assumir o ativo”, complementou.

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Ele lembrou, no entanto, que além da obrigação relacionada ao montante de aquisição do Polo Potiguar, há a necessidade de aquisição pela 3R de um inventário de ferramentas, equipamentos e peças sobressalentes, que são vitais para continuidade fluida da operação, assim como também estoque de produtos.

Imposto de exportação

Sobre o imposto de exportação de petróleo instituída pelo novo governo, Rodrigo Pizzarro comentou que ele praticamente teve efeito zero à 3R.

“Primeiro, porque a boa parte de nossa produção é vendida on shore. O que a gente poderia exportar nesse momento seria o óleo de Papa Terra, mas a gente acaba vendendo por contratos pré-definidos, não tem uma variação da negociação em função dos impostos de exportação”, disse o CFO.

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“Se ele perdura por quatro meses (termina no final de junho), o efeito é praticamente nulo. Por outro lado, se esse imposto acaba se perpetuando, que não é nossa expetativa, aí sim tem o efeito em toda a cadeia”, acrescentou.