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O volume de crédito do Sistema Financeiro Nacional somou R$ 5,3 trilhões em fevereiro, o que representou uma retração de 0,1% no mês. O volume de crédito para o segmento empresarial diminuiu 0,7% no mês, para R$ 2,1 trilhões, enquanto para o segmento de pessoas físicas houve incremento mensal de 0,4%, somando R$ 3,2 trilhões. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (29) pelo Banco Central.
Na comparação interanual, o volume do crédito total cresceu 12,6% em fevereiro, ante 13,8% registrado em mês anterior. Por segmento, considerando a mesma base de comparação, tanto o crédito para as pessoas jurídicas quanto para as pessoas físicas desaceleraram em fevereiro, para 5,9% (8,0% em janeiro) e 17,4% (17,9% em janeiro), respectivamente.
Segundo o BC, o volume de crédito com recursos livres para empresas totalizou R$ 1,3 trilhão em fevereiro, o que significou uma redução de 1,2% na comparação mensal, mas um incremento de 4,9% em doze meses (8,2% em janeiro).
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Esse resultado decorreu da redução das carteiras de desconto de duplicatas, 7,7%, capital de giro total, 1,3%, e de antecipação de faturas de cartão de crédito, 5,9%.
Já o volume de crédito com recursos livres às famílias atingiu R$ 1,8 trilhão em fevereiro, assinalando estabilidade no mês e crescimento de 17,0% comparativamente ao mesmo período do ano anterior (17,7% em janeiro).
Por modalidades, as operações de cartão de crédito rotativo, crédito pessoal consignado para trabalhadores do setor público e para aposentados e pensionistas do INSS apresentaram crescimentos de 4,6%, 1,0% e 1,1%, respectivamente, enquanto as operações de cartão de crédito à vista declinaram 3,6% no mês.
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O volume de crédito direcionado alcançou R$ 2,2 trilhões em fevereiro, com avanços de 0,6% no mês e de 14,3% em doze meses (14,2% em janeiro). O saldo do crédito direcionado às empresas expandiu 0,1% no mês e 7,7% em doze meses, atingindo R$ 737,3 bilhões, enquanto o saldo do crédito direcionado às famílias somou R$ 1,4 trilhão, com altas de 0,8% no mês e de 17,9% na comparação interanual.
As concessões nominais de crédito somaram R$ 421,9 bilhões em fevereiro. Nas séries com ajuste sazonal, o fluxo de novas contratações diminuiu 2,2% no mês, evidenciando retração de 4,4% para pessoas jurídicas e elevação de 0,8% para pessoas físicas.
Na comparação interanual, as concessões nominais aumentaram 17,0% em fevereiro, com expansão de 14,9% nas contratações com pessoas jurídicas e 18,9% com pessoas físicas. As concessões médias diárias cresceram 10,6% no mês.
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Crédito ampliado
Em fevereiro, o saldo do crédito ampliado ao setor não financeiro alcançou R$ 14,9 trilhões (147,5% do PIB), crescendo 0,9% no mês, devido principalmente à alta dos títulos de dívida pública, 1,4%, bem como à elevação dos empréstimos externos, 2,3%, impactada pela depreciação cambial de 2,1%. Na comparação interanual, o crédito ampliado cresceu 9,0%, prevalecendo as elevações da carteira de empréstimos do SFN, 12,8%, dos títulos de dívida privados, 36,7%, e dos empréstimos externos, 8,3%.
O crédito ampliado a empresas atingiu R$ 5,2 trilhões (51,9% do PIB), com alta de 1,0% no mês, influenciada pela elevação na dívida externa, 2,4%. Em relação a fevereiro de 2022, a expansão de 13,4% do crédito ampliado a empresas refletiu principalmente os aumentos de 33,8% em títulos de dívida e de 7,0% na carteira de empréstimos e financiamentos do SFN.
O crédito ampliado às famílias permaneceu estável em R$3,5 trilhões (34,6% do PIB) em fevereiro, com variação de 17,1% em doze meses, em função do incremento nos empréstimos do SFN.
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Taxa média
A taxa média de juros das novas concessões realizadas em fevereiro atingiu 31,2% ao ano, mantendo-se estável no mês, mais mostrando crescimento de 5,2 pontos porcentuais comparativamente a fevereiro do ano anterior.
O spread bancário das novas concessões elevou-se 0,4 p.p. no mês e 3,8 p.p. em doze meses, alcançando 20,9 p.p.
No crédito com recursos livres, a taxa média de juros alcançou 44,2% a.a. em fevereiro, com incrementos de 0,7 p.p. no mês e de 7,7 p.p. na comparação interanual. Nas concessões pactuadas com as empresas, a taxa média de juros situou-se em 24,2% a.a. (-1,1 p.p. no mês e +2,7 p.p. em doze meses), enquanto nas realizadas com as famílias, a taxa média de juros alcançou 58,3% a.a. (+1,7 p.p. no mês e + 10,2 p.p. em doze meses).
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Custo do crédito e inadimplência
O Indicador de Custo do Crédito (ICC), que mede o custo médio de todo o crédito do SFN, atingiu 22,3% anuais em fevereiro, elevando-se 0,3 p.p. no mês e 2,9 p.p. em 12 meses.
A inadimplência da carteira de crédito do SFN atingiu 3,3% em fevereiro, um acréscimo de 0,1 p.p. no mês e de 0,8 p.p. em doze meses. Esse movimento refletiu o aumento de 0,3 p.p. nas operações com recursos direcionados, que atingiu 1,6%, e a estabilidade nas operações com recursos livres, que se manteve em 4,5% em fevereiro.
Endividamento
O endividamento das famílias com o SFN alcançou 48,8% em janeiro, o que representou decréscimo de 0,2 p.p. no mês e de 1,0 p.p. em 12 meses.
Nas mesmas bases de comparação, o comprometimento de renda registrou retração de 0,2 p.p. no mês e elevação de 0,5 p.p. em 12 meses, situando-se em 27,1%.