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O saldo do crédito ampliado ao setor não financeiro cresceu 0,9% em outubro e atingiu R$ 15,6 trilhões, o equivalente a 147,3% do PIB, informou nesta terça-feira (5) o Banco Central do Brasil.
Segundo o BC, o principal fator desse avanço foram os títulos de dívida (+1,3%), bem como a dívida externa (+0,6%). Em 12 meses, o crédito ampliado cresceu 7,7%, impulsionado pelos títulos de dívida (+9,8%) assim como pelos empréstimos do SFN (+7,4%).
O crédito ampliado às empresas chegou a R$ 5,5 trilhões (51,6% do PIB), com acréscimo de 0,3% no mês. Houve crescimento de 2,3% no saldo dos títulos de dívida securitizados. Em 12 meses, a variação de 8,1% decorreu do crescimento de 25,8% em títulos de dívida.
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Já o crédito ampliado às famílias alcançou R$ 3,7 trilhões (34,7% do PIB) em outubro, com expansões de 0,8% no mês e de 9,6% em doze meses – ante 0,6% e 10,4% em setembro, nas mesmas bases de comparação -, com destaque para o incremento nos empréstimos do SFN.
Volume no SFN
O volume total da operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional cresceu 0,1% em outubro ante setembro e alcançou R$ 5,6 trilhões, informou o Banco Central.
Segundo o BC, esse resultado decorreu de movimentos distintos, com redução mensal de 0,8% na carteira de pessoas jurídicas, para um total de R$ 2,2 trilhões, em contraposição ao aumento mensal de 0,8% na carteira de crédito para pessoas físicas, num total de R$ 3,4 trilhões.
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Em relação a igual período do ano passado, o volume das operações de crédito do SFN se manteve em desaceleração, com crescimento de 7,3% em outubro, ante os 8,2% observados em setembro deste ano.
Por segmento, os volumes de crédito contratados com empresas e famílias também registraram menor ritmo de crescimento, com expansões de 3,8% ante 4,5% no mês anterior e de 9,6% ante 10,8%, respectivamente.
O volume das operações de crédito com recursos livres totalizou R$ 3,3 trilhões, com redução de 0,4% no mês e avanço de 5,0% em doze meses. O volume do crédito livre às empresas atingiu R$1,4 trilhão em outubro, com queda mensal de 1,8% e incremento de 1,1% comparativamente a outubro do ano anterior.
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Contribuíram para este movimento a diminuição das carteiras de desconto de duplicatas e outros recebíveis (-7,9%), após aumento sazonal ocorrido em setembro, adiantamentos de contratos de câmbio – ACC (-4,6%), outros créditos livres (-1,6%) e cartão de crédito rotativo (-22,5%).
Já o volume do crédito livre às famílias registrou expansão de 0,7% no mês e 8,0% comparativamente a outubro do ano anterior. Esse resultado decorreu, principalmente, da expansão das carteiras de cartão de crédito à vista (+1,6%), financiamento para aquisição de veículos (+1,3%), crédito pessoal não consignado (+1,1%) e crédito pessoal consignado para aposentados e pensionistas do INSS (+1,2%).
O volume de crédito direcionado, por sua vez, totalizou R$ 2,3 trilhões em outubro, com avanços de 0,9% no mês e de 10,7% em doze meses. Por segmento, o crédito direcionado às pessoas jurídicas somou R$ 788,6 bilhões, com incremento mensal de 0,9% no mês e de 9,1% em doze meses, enquanto o crédito direcionado às pessoas físicas assinalou avanços de 0,8% e 11,6%, na ordem, alcançando R$ 1,5 trilhão.
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Custo do crédito e inadimplência
O Indicador de Custo do Crédito (ICC), que mede o custo médio de todo o crédito do SFN,- diminuiu 0,3 pontos percentuais em outubro, para 22,1% anuais. Em 12 meses, houve alta de 0,5 p.p.
A inadimplência do crédito total do SFN em outubro recuou 0,1 p.p. no mês, alcançando 3,4%. As carteiras de crédito às pessoas jurídicas e às pessoas físicas registraram diminuição de 0,1 p.p., situando-se, respectivamente, em 2,6% e 3,9%.
No crédito livre, a inadimplência cresceu 0,1 p.p. ao atingir 4,9%. Esse movimento resultou, basicamente, do avanço de 0,1 p.p. na inadimplência da carteira de crédito às pessoas jurídicas (3,5%) e estabilidade na carteira de pessoas físicas (5,9%).
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O endividamento das famílias situou-se em 47,7% em setembro, uma variação negativa de 0,3 p.p. na comparação com o mês anterior, atingindo o nível mais baixo desde setembro de 2021 (47,5%).
A queda no período de 12 meses alcançou 1,8 p.p. O comprometimento de renda caiu 0,1 p.p., terceira queda seguida, atingindo 27,4% em setembro. Em 12 meses, a queda é de 0,4 p.p.