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O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira (28) que o teto de gastos impediu o crescimento econômico do governo. Segundo ele, as afirmações que a regra fiscal foi desrespeitada são fake news.
“Disseram que furamos o teto. Isso é fake news. O teto era pra governo não crescer e não estávamos crescendo”, afirmou durante participação no programa Pânico.
Segundo Guedes, o teto de gastos era uma obra inacabada, uma casa sem paredes, com o chão comprimindo o teto com o aumento de despesas.
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O ministro da Economia também argumentou que o Congresso precisa reassumir o Orçamento público. “Fizemos em tempos de guerra o que os políticos não fazem em períodos de paz. A classe política mantém 96% do orçamento carimbado e briga por 4%”, disse.
Apesar das críticas, Guedes declarou que nunca recebeu qualquer proposta indecorosa. “Não vi nenhuma proposta indecente no governo, se acontece no subterrâneo é outra conversa”, declarou.
Crítica aos governos de Lula
O ministro da Economia afirmou também que o crescimento econômico dos dois mandatos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ocorreu na esteira da estabilização atingida pelo País por meio do Plano Real.
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Segundo ele, Lula teve seus méritos por incluir os mais necessitados no Orçamento, por meio do Bolsa Família, mas a gestão Bolsonaro aumentou o gasto com benefícios sociais de 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) para 1,5%.
“Lula conseguiu crescer na esteira da estabilização anterior, mas logo acabou o gás”, disse Guedes.
O ministro também criticou decisões judiciais, matérias jornalísticas e decisões de políticas que, segundo ele, são tomadas fora das quatro linhas. “Quando juiz do STF sai das quatro linhas, descredencia o Supremo. Eu também, de vez em quando, dou uma escorregada. O barulho da política abafou a realidade econômica”, declarou.
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Guedes também voltou a afirmar que o Banco Central (BC) aumentou os juros corretamente para combater a inflação, mas a taxa deve cair no próximo ano.
Questionamento das leis e pesquisas
O ministro da Economia ainda questionou se as leis funcionam ou não no Brasil, diante do ex-presidente ser candidato à Presidência da República em 2022.
Questionado sobre a possibilidade de uma pessoa que foi presa ser candidata, Guedes afirmou que o sistema precisa ser mudado. “Prender e ser elegível, o direito funciona ou não funciona? Não condeno pessoalmente A, B ou C, temos que mudar o sistema”, disse.
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Ele voltou a afirmar que o nível de corrupção “desabou” durante o governo Jair Bolsonaro. Segundo ele, se casos de corrupção existem, ocorrem nos porões de Brasília. “Se tiver corrupção em 20% do orçamento secreto é R$ 3 bi. A corrupção sistêmica desabou”, disse.
O chefe da equipe econômica também questionou alguns parâmetros usados em pesquisas eleitorais, como o Censo de 2010. “Nas pesquisas existem parâmetros. Usam o Censo de 2010. Muda parâmetro, dá vitória pra outro lado”, disse.
Guedes ainda declarou que para tirar o Brasil da rota de crescimento é preciso que o próximo presidente faça muita besteira. “Se houvesse bomba fiscal, que não há, reserva de liquidez é o dobro”, declarou.
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Ideologias
O ministro da Economia afirmou também que a guerra de ideologias divide os povos. Segundo ele, o ideal é que existisse tolerância entre os pensamentos divergentes. “Não gosto de ditadura, sou democrata, fui parar no Chile para dar aula. A ideologia divide os povos e o ideal é que tivéssemos tolerância uns com os outros”, disse.
Guedes ainda afirmou que governo é vítima de narrativas políticas “totalmente falsificadas”. Segundo ele, uma delas é a de que o Brasil não cresceu durante o governo atual. “O Brasil cresce menos do que a média do mundo há 30 anos, não é agora”, disse.
Segundo o ministro, o Brasil deve cresce mais que a China em 2022, algo que não ocorre há 42 anos.