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A cidade de Tel Aviv, capital de Israel, foi eleita a mais cara do mundo para se viver, segundo um estudo da revista britânica The Economist chamado “O Custo de Vida Mundial”, em tradução livre, feito pela unidade de pesquisa da empresa, a The Economist Intelligence Unit (EIU).
Entre os motivos que levaram a cidade ao primeiro lugar do ranking, subindo quatro posições desde a última edição em 2020, estão: a valorização recente da moeda local shekel em relação ao dólar e o aumento dos preços do álcool, mantimentos e transporte.
O ranking é resultado de um índice que atribui uma nota final a cada cidade. Essa nota considera a comparação dos custos em dólares americanos com os preços de mais de 200 produtos e serviços divididos em dez categorias em 173 cidades ao redor do mundo. Entre as categorias estão: preços de comida, bebida, roupas, itens de higiene pessoal, transporte, contas de serviços públicos, escolas particulares, entre outros.
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“A valorização do shekel tornou os custos locais mais caros quando convertidos em dólares americanos. A ascensão da cidade reflete principalmente a alta da moeda, impulsionada em relação ao dólar pelo sucesso da vacina contra a Covid-19. O forte superávit, a atratividade para investidores estrangeiros em tecnologia e os fundamentos sólidos mantêm o shekel forte”, na avaliação da pesquisa.
Vale lembrar que Israel foi exemplo de agilidade na vacinação no início deste ano.
Paris, que dividiu o primeiro lugar com Hong Kong e Zurique em 2020, ficou em segundo lugar empatada com Cingapura. Além das citadas, cidades como Hong Kong e Nova York também aparecem na lista.
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“Nosso índice continua sensível às mudanças provocadas pela pandemia de Covid-19, que aumentou o custo de vida nas principais cidades do mundo. Embora a maioria das economias estejam se recuperando conforme o avanço da vacinação, as principais cidades do mundo ainda experimentam surtos de casos, levando a novas restrições de circulação. Em muitas cidades, isso interrompeu o fornecimento de bens e produtos, levando à escassez e preços mais altos”, diz a pesquisa.
Os dados da pesquisa, publicada nesta terça-feira (30), foram coletados entre 16 de agosto e 12 de setembro de 2021.
De acordo com o estudo houve um aumento geral no custo de vida global, devido entre outras coisas à variação na demanda do consumidor diante da pandemia e à flutuação da confiança do investidor, que impactou as moedas ao redor do mundo.
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“Em média, nas cidades para as quais temos dados comparáveis (e excluindo quatro cidades que sofrem de hiperinflação ou inflação muito alta: Caracas, Damasco, Buenos Aires e Teerã) os preços de bens e serviços cobertos pelo estudo aumentaram 3,5% na comparação com o ano passado, enquanto em 2020 o aumento foi de 1,9% na comparação com o ano anterior”, diz o estudo.
Entre as categorias analisadas, transporte teve os maiores aumentos de preços, com pontuações subindo em média 3,8 pontos. O custo médio de um litro de gasolina, por exemplo, que é o principal componente da categoria, aumentou 21% na média.
Top 10 mais caras
Confira as dez cidades mais caras para se viver:
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Cidade, País | Nota no índice The Economist |
1.Tel Aviv, Israel | 106 pontos |
2. Paris, França | 104 pontos |
2. Cingapura, Cingapura | 104 pontos |
4. Zurique, Suíça | 103 pontos |
5. Hong Kong, China | 101 pontos |
6. Nova York, EUA | 100 pontos |
7. Genebra, Suíça | 99 pontos |
8. Copenhague, Dinamarca | 97 pontos |
9. Los Angeles, EUA | 96 pontos |
10. Osaka, Japão | 94 pontos |
Tel Aviv lidera o ranking pela primeira vez. “Tel Aviv ficará cada vez mais cara, assim como todo o país”, disse Ron Huldai, prefeito da cidade, em entrevista ao jornal local Haaretz, acrescentando que a cidade caminha para uma “explosão de preços”.
O estudo também destacou que a cidade passa por uma alta nos preços de imóveis residenciais – mesmo esse critério não sendo avaliado dentro das categorias consideradas.
Vale mencionar que, diante da desvalorização do real frente ao dólar, cidades brasileiras ficaram em posições de menor destaque. São Paulo e Rio de Janeiro ficaram em 150º lugar e Manaus em 160º.
Outro destaque foi para Roma, na Itália, que caiu da 32ª para a 48ª posição, maior queda observada no ranking, “especialmente devido à queda da cesta de compras e da categoria de roupas”.
Os preços também aumentaram fortemente nas categorias de recreação, fumo e cuidados pessoais. O custo de um o maço de cigarros de marca cresceu 6,7% em média no mundo, por exemplo. Os aumentos nos preços dos alimentos têm sido mais moderado, enquanto o custo de uma garrafa de cerveja quase não subiu, em média, desde 2020.
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A média a pontuação do índice para roupas caiu desde a nossa última pesquisa – a única categoria para a qual isso é verdade. No entanto, isso reflete em grande parte aumentos nos preços das roupas em Nova York (nossa cidade-base), ao invés de declina em outros lugares.
Top 10 mais baratas
A pesquisa também destacou as dez cidades mais baratas, na outra ponta do ranking. De forma geral, são cidades que ficam localizadas no Oriente Médio, na África e nas partes mais pobres da Ásia.
No entanto, a análise ressalta que diante das incertezas do ano passado com a chegada da pandemia não há um padrão regional definido para os movimentos do ranking deste ano.
Veja a lista:
Cidade, País | Nota no índice The Economist |
1. Damasco, Síria | 12 pontos |
2. Trípoli, Líbia | 23 pontos |
3. Tasquente, Usbequistão | 30 pontos |
4. Tunes, Tunísia | 33 pontos |
5. Almati, Cazaquistão | 35 pontos |
6. Carachi, Paquistão | 36 pontos |
7. Amedabade, Índia | 37 pontos |
8. Argel, Argélia | 38 pontos |
9. Buenos Aires, Argentina | 39 pontos |
9. Lusaca, Zâmbia | 39 pontos |
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