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A taxa média de desemprego no Brasil manteve a tendência de queda no trimestre encerrado em julho e caiu para 7,9%, ou 0,6 ponto percentual abaixo da observada no trimestre entre fevereiro e abril e 1,2 p.p. menor que a do mesmo trimestre móvel de 2022, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta quinta-feira (31) pelo IBGE.
Essa foi a menor taxa de desocupação desde o trimestre móvel terminado em fevereiro de 2015. Também foi a menor taxa para um trimestre encerrado em julho desde 2014, quando atingiu 6,7%.
O consenso de analistas projetava uma taxa de 7,9% em julho, portanto em linha com os dados divulgados.
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Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílio do IBGE, esse recuo no trimestre encerrado em julho ocorreu principalmente pela expansão do número de pessoas trabalhando.
A população desocupada ficou em 8,5 milhões no trimestre, recuou 6,3% ante o trimestre anterior (menos 573 mil pessoas) e 13,8% (menos 1,36 milhão de pessoas) no ano. Foi o menor contingente de desocupados desde o trimestre móvel terminado em junho de 2015.
Já a população ocupada atingiu 99,3 milhões e cresceu 1,3% no trimestre (mais 1,3 milhão de pessoas) e 0,7% (mais 669 mil pessoas) no ano.
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O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi estimado em 56,8%, crescendo 0,6 p.p. frente ao trimestre de fevereiro a abril (56,2%) e ficando estável no ano.
“Após a pandemia, tivemos um período de recuperação da população ocupada onde registramos aumentos intensos disseminados pelas atividades. À medida que esse processo de recuperação se consolida, os acréscimos voltam a ser mais influenciados pelas características econômicas e sazonais de cada atividade. Com isso, na perspectiva anual, o crescimento passa a ser menos intenso”, analisou Adriana, em nota do IBGE.
Na comparação trimestral, o aumento da ocupação foi puxado pelo grupamento de Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (mais 593 mil pessoas), Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (mais 296 mil pessoas). Estes também foram os principais aumentos no panorama anual.
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“No grupo da Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais o que puxou no trimestre foi o aumento em educação e saúde, tanto no setor público como no privado”, detalhou a coordenadora.
Segundo ele, na comparação anual, a maior influência veio da área da saúde. “Já o grupamento de Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas foi influenciado, no trimestre, pelo segmento de tecnologias da informação e, no ano, pelas atividades administrativas, profissionais e financeiras”, destacou.
Ela citou como destaque também a alta em Serviços domésticos, que cresceu 3,1% no trimestre, representando um aumento de 178 mil pessoas. “Esse grupamento vinha de uma queda de 3,3% no trimestre encerrado em abril e reverteu o movimento”, comentou.
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Em julho, vários segmentos interromperam movimentos de queda, como é o caso de Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, Construção, Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas e Outros serviços.
Subutilização cai
A taxa composta de subutilização (17,8%) caiu nas duas comparações: 0,7 p.p. no trimestre e 3,1 p.p. no ano, totalizando 20,3 milhões de pessoas subutilizadas.
O IBGE observou, ainda, estabilidade na população desalentada, que ficou em 3,7 milhões de pessoas. Na comparação anual, houve queda de 13,4% (menos 568 mil pessoas). Com isso, o percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada (3,3%) ficou estável frente ao trimestre anterior e caiu 0,5 p.p. frente ao mesmo trimestre do ano anterior.
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A coordenadora destaca ainda a queda no trimestre da população fora da força, que apresentou uma redução de -349 mil pessoas (-0,5%). “Essa população vinha crescendo há alguns trimestres e ficou estável no trimestre encerrado em junho. Neste trimestre encerrado em julho, ela reverte o sinal e vêm em queda”, ressalta.
Rendimento estável
Em relação ao rendimento real habitual, que ficou em R$ 2.935, houve estabilidade ante o trimestre anterior e crescimento de 5,1% no ano. A massa de rendimento real habitual (R$ 286,9 bilhões) cresceu 2,0% frente ao trimestre anterior e 6,2% na comparação anual.
“Apesar do rendimento ter ficado estável, com o aumento no contingente de pessoas ocupadas, a massa de rendimento cresceu”, observou Adriana.
Por atividade econômicas e entre as categorias do emprego, o cenário foi de estabilidade no trimestre.