Seria prematuro “especular” sobre quando política monetária poderá ser relaxada, diz Powell

Presidente do Fed disse que dados de inflação recentes são "bem-vindos", mas lembrou que o núcleo ainda está bem acima da meta

Estadão Conteúdo

(Photo by Samuel Corum/Getty Images)

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O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, afirmou nesta sexta-feira (1), que seria “prematuro” concluir definitivamente que a política monetária atingiu nível suficientemente restritivo. Em discurso na Spelman College, ele argumentou também que ainda é cedo para “especular” sobre quando a instituição poderá começar a cortar os juros.

Powell reforçou ainda que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) está preparado para subir mais a taxa básica caso as circunstâncias macroeconômicas exijam.

“Estamos tomando decisões reunião a reunião, com base na totalidade dos dados que chegam e nas suas implicações para as perspectivas de atividade econômicas de inflação, bem como no equilíbrio de riscos”, disse o presidente do Fed.

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Powell garantiu que a instituição está comprometida a retornar inflação à meta de 2% e a manter a política monetária em nível restritivo até ter a confiança de que os índices de preços estão a caminho de retornar a esse objetivo.

Segundo ele, o Fomc está em posição para agir de maneira mais cautelosa daqui para frente, após a rápida escalada de juros a partir de 2022. Para o líder do Fed, os riscos entre aperto exagerado e um arrocho insuficiente estão “mais equilibrados”.

Powell acrescentou que as leituras recentes mais baixa de inflação são “bem-vindas”, mas lembrou que o núcleo ainda está em 3,5%, bem acima da meta. “Fizemos progressos consideráveis na redução da inflação elevada, mantendo ao mesmo tempo um mercado de trabalho forte, com muitas oportunidades para os recém-graduados”, disse.

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O banqueiro central ressaltou que a taxa de desempregou subiu um pouco nos últimos meses, mas ainda está em níveis historicamente baixos. De acordo com ele, as condições de emprego permanecem fortes. “A economia está voltando a um melhor equilíbrio entre a demanda e a oferta de trabalhadores”, comentou.