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SÃO PAULO – O Ministério da Saúde pediu ao Instituto Butantan, nesta sexta-feira (15), por meio de um ofício, a entrega “imediata” de 6 milhões de doses importadas da CoronaVac, vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.
“Solicitamos os bons préstimos para disponibilizar a entrega imediata das 6 milhões de doses importadas e que foram objeto do pedido de autorização de uso emergencial perante a Anvisa”, diz o documento assinado por Roberto Ferreira Dias, diretor do Departamento de Logística em Saúde, e endereçado a Dimas Covas, diretor do Butantan. As informações são do portal G1, que teve acesso ao documento.
“Ressaltamos a urgência na imediata entrega do quantitativo contratado e acima mencionado, tendo em vista que este ministério precisa fazer o devido loteamento para iniciar a logística de distribuição para todos os estados da federação de maneira simultânea e equitativa, conforme cronograma previsto no Plano Nacional de Operacionalização da vacinação contra a Covid-19”, acrescenta o ministério.
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O governo de São Paulo, no entanto, deve recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para reverter a medida, como fez no caso das seringas, de acordo com a apuração de Ricardo Kotscho, colunista do protal Uol.
O InfoMoney entrou em contato com o Butatan, que enviou um comunicado confirmando que “recebeu o ofício do Ministério da Saúde e já enviou resposta perguntando à pasta federal qual quantitativo será destinado ao Estado de São Paulo”.
O Ministério da Saúde também foi contatado, mas até a publicação desta matéria, o InfoMoney não obteve retorno.
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Doria disse que enviaria 4,5 milhões de doses ao Ministério da Saúde
Antes da manifestação do Ministério da Saúde, também nesta sexta-feira, durante coletiva de imprensa sobre a reclassificação do Plano São Paulo, João Doria, governador do estado deu mais detalhes sobre a distribuição da CoronaVac. Segundo ele, do total de 6 milhões de doses que estão prontas para aplicação imediata, 4,5 milhões seriam enviadas ainda hoje para o Centro de Distribuição Logística do Ministério da Saúde, localizado na cidade de Guarulhos.
“As doses entregues ao Ministério da Saúde serão destinadas a todos os estados brasileiros, incluindo o Distrito Federal”, disse Doria. O governador ainda explicou que o 1,5 milhão de doses restantes ficará em São Paulo para serem distribuídas à população paulista.
“6 milhões de doses estão prontas e disponíveis para vacinação. São Paulo tem direito a uma parcela de 20% a 25% dessas doses, que é a parcela que cabe proporcionalmente à população de São Paulo em relação ao Brasil”, explicou o governador. “São doses da vacina que cabem à população de São Paulo”, reforçou.
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Na comunicado enviado, o Butantan explicou também que para todas as vacinas destinadas pelo instituto ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), “é praxe que uma parte das doses permaneça em São Paulo, estado mais populoso do Brasil”.
“Isso acontece, por exemplo, com a vacina contra o vírus influenza, causador da gripe. Portanto, o instituto aguarda manifestação do Ministério também em relação às doses da vacina contra o novo coronavírus”, diz o instituto em nota.
Anvisa deve dar resposta no domingo
Neste domingo (17), a Anvisa analisará os pedidos de uso emergencial de duas vacinas. Com uma reunião marcada para às 10h, a diretoria colegiada da agência vai discutir a aprovação ou não das vacinas do Butatan e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com a AstraZeneca e a Universidade de Oxford.
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A expectativa é de que ambas sejam aprovadas, mas nada está confirmado, por enquanto. A Fiocruz enviou todos os documentos solicitados pela Anvisa, 49,45% deles seguem em análise.
Por parte do Butantan, ainda faltam cerca de 11% das informações a serem entregues à Anvisa e outros 44,2% dos dados estão em análise. Entre as informações faltantes, estão o relatório de imunogenecidade e os dados de eficácia e de segurança por subgrupos e por faixa etária dos participantes do estudo.
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