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SÃO PAULO – Na manhã desta segunda-feira (4), o Reino Unido iniciou a aplicação da vacina contra Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica americana AstraZeneca. O país começou a aplicação do imunizante após seis dias da aprovação do uso emergencial.
Segundo um comunicado divulgado pelo National Health Service (NHS), serviço de saúde pública do Reino Unido, o país dispõe de 520 mil doses da vacina para serem distribuídas ao longo das próximas semanas.
O Reino Unido, que iniciou a aplicação da vacina desenvolvida pelos laboratórios Pfizer e BioNTech ainda no começo de dezembro e também foi o primeiro país a aprovar esse imunizante, enfrenta uma nova onda de contágios desde a descoberta em dezembro de uma nova cepa do coronavírus muito mais transmissível que as anteriores.
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Ainda de acordo com o comunicado divulgado pelo NHS, o primeiro cidadão britânico a receber a segunda vacina aprovada no Reino Unido foi Brian Pinker, um aposentado de 82 anos. A aplicação ocorreu no Hospital Churchill, dentro da Universidade de Oxford.
“Estou muito feliz de receber hoje esta vacina de Covid-19, e muito orgulhoso que tenha sido desenvolvida em Oxford”, afirmou Pinker.
Ao contrário de outros países, o Reino Unido agora planeja vacinar as pessoas com a segunda dose de ambas as vacinas – tanto AstraZeneza/Oxford como da Pfizer/BioNTech – 12 semanas após a primeira injeção, em vez dos 21 dias recomendados, para poder imunizar o maior número de pessoas no menor tempo possível.
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Além do Reino Unido, a Argentina também autorizou o uso emergencial da vacina de Oxford (e já está aplicando a vacina russa Sputnik V desde a semana passada na população).
Matt Hancock, secretário da saúde do Reino Unido, afirmou que está muito satisfeito com o início da aplicação no Reino Unido de uma vacina produzida nacionalmente, embora o país passe por um momento difícil. “É um passo vital em nossa luta contra a pandemia”, escreveu o secretário em sua conta no Twitter.
Em entrevista para o canal de notícias BBC, Boris Johnson, primeiro ministro do Reino Unido, disse que quase um milhão de britânicos já foram imunizados e que espera vacinar “dezenas de milhões” nos próximos meses.
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A vacina da AstraZeneca/Oxford no Brasil
A vacina da AstraZeneca/Oxford é considerada vital para países em desenvolvimento e para regiões de clima quente por ser mais barata, de transporte mais fácil e por poder ser armazenada por longos períodos em temperaturas normais de refrigeração.
O Brasil fechou acordo com a AstraZeneca para comprar doses da vacina e para obter transferência da tecnologia, com posterior produção nacional do imunizante pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Dados de estudos avançados da AstraZeneca no Reino Unido e no Brasil, publicados no início de dezembro, mostraram que a vacina tinha eficácia de 62% para participantes do estudo que receberam duas doses completas e de 90% para um subgrupo menor, que recebeu metade de uma dose e depois uma dose inteira.
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A vacinação contra a Covid-19 pode começar no dia 20 de janeiro, segundo o Ministério da Saúde. Se não for possível, em um cenário “médio”, a imunização poderia ter início entre esta data e 10 de fevereiro. Em um cenário menos favorável, a vacinação no Brasil poderá ocorrer a partir de 10 de fevereiro.
As primeiras doses da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, finalizadas no Brasil, estarão disponíveis na semana do dia 8 de fevereiro de 2021.
Nísia Trindade, presidente da Fiocruz, disse em audiência na Câmara dos Deputados que, na semana de 8 a 12 de fevereiro e na semana de 15 a 19 de fevereiro, serão entregues 1 milhão de doses. A partir da terceira semana, de 22 a 26 de fevereiro, serão 700 mil doses da vacina por dia útil, totalizando 3,5 milhões de doses por semana.
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Essa programação, no entanto, dependerá do registro dos imunizantes pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Sem uma aprovação emergencial ou registro do imunizante perante a Anvisa, a campanha de vacinação não pode começar no país.
Ainda não há pedido de registro ou de autorização para uso emergencial da vacina AstraZeneca/Oxford junto à agência brasileira. Na última sexta-feira (1), a Anvisa disse que terminou a análise dos documentos já apresentados pela AstraZeneca sobre a vacina. Na prática, isso quer dizer que a agência já analisou todos os documentos que foram apresentados até agora e aguarda novos dados para aprovar o imunizante.
Mesmo assim, a Anvisa informou ter aprovado no último domingo (3) um pedido de importação excepcional de 2 milhões de doses da vacina. Segundo a agência, essa importação excepcional tem o objetivo de antecipar o início da vacinação, assim que o produto for aprovado.
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