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SÃO PAULO – O Reino Unido aprovou nesta quarta-feira (30) o uso emergencial da vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pela farmacêutica britânica AstraZeneca e pela Universidade de Oxford. A região já começou a vacinar sua população com outro imunizante, produzido pelos laboratórios Pfizer e BioNTech.
Matt Hancock, secretário de Saúde do Reino Unido, afirmou que a população começará a ser vacinada com o imunizante AstraZeneca/Oxford na próxima semana, de acordo com o New York Times. O jornal americano também afirma que essa vacina é a grande aposta do Reino Unido – o país teria pedido 100 milhões de doses, 40 milhões delas com entrega prevista até março de 2021.
Também segundo o New York Times, o Reino Unido está adotando a estratégia de dar ao maior número possível de pessoas a primeira dose de imunizantes contra a Covid-19, no lugar de assegurar estoques para uma segunda dose. Todo imunizante contra o novo coronavírus até agora pede duas aplicações, com um intervalo recomendado de três semanas entre as doses.
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De acordo com o jornal americano, autoridades britânicas afirmam que essa espera pela segunda aplicação pode ser de até 12 semanas. A medida vale para as vacinas Pfizer/BioNTech e AstraZeneca/Oxford.
De acordo com um mapa em tempo real da Universidade Johns Hopkins, apenas a Inglaterra tem mais de 2 milhões de casos de Covid-19 e 62.379 mortes até o momento.
A vacina da AstraZenca/Oxford no Brasil
A vacina da AstraZeneca/Oxford é considerada vital para países em desenvolvimento e para regiões de clima quente por ser mais barata, de transporte mais fácil e por poder ser armazenada por longos períodos em temperaturas normais de refrigeração.
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O Brasil fechou acordo com a AstraZeneca para comprar doses da vacina e para obter transferência da tecnologia, com posterior produção nacional do imunizante pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Dados de estudos avançados da AstraZeneca no Reino Unido e no Brasil, publicados no início de dezembro, mostraram que a vacina tinha eficácia de 62% para participantes do estudo que receberam duas doses completas e de 90% para um subgrupo menor, que recebeu metade de uma dose e depois uma dose inteira.
A vacinação contra a Covid-19 pode começar no dia 20 de janeiro, segundo o Ministério da Saúde. Se não for possível, em um cenário “médio”, a imunização poderia ter início entre esta data e 10 de fevereiro. Em um cenário menos favorável, a vacinação no Brasil poderá ocorrer a partir de 10 de fevereiro.
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As primeiras doses da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, finalizadas no Brasil, estarão disponíveis na semana do dia 8 de fevereiro de 2021.
Nísia Trindade, presidente da FioCruz, disse em audiência na Câmara dos Deputados que, na semana de 8 a 12 de fevereiro e na semana de 15 a 19 de fevereiro, serão entregues 1 milhão de doses. A partir da terceira semana, de 22 a 26 de fevereiro, serão 700 mil doses da vacina por dia útil, totalizando 3,5 milhões de doses por semana.
Essa programação, no entanto, dependerá do registro dos imunizantes pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ainda não há pedido de registro da vacina ou de autorização para uso emergencial junto à agência brasileira.
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