Rei da Suécia diz “nós falhamos” diante de Covid-19 enquanto mortes aumentam

A Suécia já registrou mais de 7.800 fatalidades, um índice per capita muito mais elevado do que seu vizinhos nórdicos, mas menor que Reino Unido

Reuters

Enfermeiros preparam o Hospital de Verduno, na Itália, para receber os pacientes infectados com o coronavírus (covid-19) (MARCO ALPOZZI/DIA ESPORTIVO/ESTADÃO CONTEÚDO)
Enfermeiros preparam o Hospital de Verduno, na Itália, para receber os pacientes infectados com o coronavírus (covid-19) (MARCO ALPOZZI/DIA ESPORTIVO/ESTADÃO CONTEÚDO)

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ESTOCOLMO (Reuters) – O rei da Suécia disse que seu país falhou na maneira como enfrenta a Covid-19, uma crítica dura a uma abordagem de combate à pandemia à qual se atribui parte da responsabilidade pelo número alto de mortes entre os idosos.

Carl XVI Gustav, cujos filho e nora foram diagnosticados com o novo coronavírus no mês passado, usou um especial de televisão natalino para ressaltar o impacto crescente do vírus, uma intervenção rara de um monarca cujas funções são essencialmente simbólicas.

A Suécia destoa da maioria dos países desdenhando lockdowns e máscaras, mantendo a maioria das escolas, restaurantes e negócios abertos e contando principalmente com o distanciamento social voluntário e recomendações de higiene para conter o surto.

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Na terça-feira, uma comissão especial disse que deficiências sistêmicas nos cuidados de idosos, somadas às medidas inadequadas do governo e de agências, contribuíram para a taxa de mortalidade particularmente alta nas casas de repouso suecas.

“Acredito que falhamos”, disse o rei em um trecho do programa transmitido pela SVT na quarta-feira – a íntegra irá ao ar no dia 21 de dezembro.

“Tivemos um número grande de mortes, e isto é terrível. Isto é algo que traz sofrimento a todos nós.”

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A Suécia já registrou mais de 7.800 fatalidades, um índice per capita muito mais elevado do que seu vizinhos nórdicos, mas menor do que aqueles do Reino Unido, Itália, Espanha e França, que adotaram lockdowns.

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